Vale anuncia projeto para reter detritos de barragem que rompeu
Segundo a empresa, foram instalados 45 pontos de monitoramento ao longo do Rio Paraopeba, com realização de coletas diárias de água e de sedimentos para análises
Texto: Yuri Soares
Segundo a empresa, foram instalados 45 pontos de monitoramento ao longo do Rio Paraopeba, com realização de coletas diárias de água e de sedimentos para análises
Plano reparte área afetada em três trechos, que receberão diferentes medidas de recuperação (Créditos: divulgação/ Ministério da Saúde)
05/02/2019 | 11:20 - A Vale anunciou o projeto para reter os rejeitos de minério dispersados da Barragem I, da Mina de Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), que se rompeu no dia 25 de janeiro. Conforme o plano, a área afetada foi repartida em três trechos, que receberão medidas de recuperação diferentes.
O primeiro trecho possui dez quilômetros de extensão e abrange o entorno da barragem. Para que esta área seja reabilitada, serão construídos diques, que irão reter os rejeitos grossos e pesados. Com cerca de 30 quilômetros de extensão, o trecho 2 fica localizado no Rio Paraopeba, entre Brumadinho e a cidade de Juatuba. Nesta região está concentrado o material fino, composto por silte e argila, que será dragado e embalado para destinação adequada.
Já o trecho 3, situado entre Juatuba e a Usina de Retiro Baixo, possui 170 quilômetros. Neste local, onde se concentram os sedimentos ultrafinos, serão feitas ações levando em conta as características do curso d'água e o do material presente no rio. Os técnicos implantaram barreiras de retenção ao longo desse trecho do Rio Paraopeba. Existe, ainda, a possibilidade de aplicação de floculantes, utilizados para aglutinar os finos e facilitar a retirada do material do rio, mas a ação passa pelo aval dos órgãos ambientais.
O sistema de captação de água de Pará de Minas, que está situado a 115 quilômetros da barragem no rio Paraopeba, será protegido por três barreiras de retenção.
A Vale informou, ainda, que foram instalados 45 pontos de monitoramento ao longo do Rio Paraopeba, com realização de coletas diárias de água e de sedimentos para análises químicas. Em outros quatro pontos, a análise é feita de turbidez a cada hora.
(Com informações da Agência Brasil)
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