Confiança do consumidor ajuda a retomar o crescimento do setor no ABC
Bom desempenho da indústria trará segurança para os consumidores sobre a manutenção do emprego
Bom desempenho da indústria trará segurança para os consumidores sobre a manutenção do emprego
O setor da construção civil na região do ABC paulista só irá deixar de fechar postos de trabalho com a retomada do crescimento da indústria. Isso daria confiança ao consumidor para poder assumir um financiamento imobiliário. A avaliação é da diretora da Regional do SindusCon-SP em Santo André, Rosana Carnevalli.
Rosana lembra que apesar de o déficit habitacional na região ainda ser grande, as famílias que ainda não têm casa própria só vão se sentir mais confiantes para contrair dívidas a partir da adoção de medidas governamentais que garantam estabilidade no trabalho. “As pessoas só vão entrar em um financiamento se tiverem segurança quanto à manutenção de seus empregos, ” complementou Rosana.
Nesta quinta-feira (1), durante o anúncio do balanço de 2016 e perspectivas para 2017, o SindusCon-SP apresentou à imprensa a estimativa de queda 5,30% no Produto Interno Bruto (PIB) da construção para este ano.
A estimativa é 0,3% acima da anterior, realizada no início do ano e foi modificada após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre do PIB nacional pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta é a terceira queda consecutiva do PIB da construção (-2,14% em 2014 e -6,52% em 2015), perfazendo um total de – 13,4% de 2014 a 2016.
Para 2017 o SindusCon-SP estima alta de 0,5%. Segundo o presidente do sindicato, José Romeu Ferraz Neto, a projeção de alta não se refere a uma melhoria das condições do setor, mas há uma base deprimida. “Esta é uma projeção que só vai acontecer se houver a aprovação de medidas macroeconômicas, como a PEC dos gastos, a reforma da previdência e a reforma trabalhista”.
Segundo análise do sindicato, a perspectiva para 2017 é de redução lenta da taxa de juros, mercado de trabalho e renda ainda em queda, baixa taxa de investimento e consumo das famílias fraco. “A melhora da confiança empresarial deve começar a se refletir nas decisões de investir a partir do segundo semestre”, complementa o vice-presidente de Economia, Eduardo Zaidan.
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Fonte: SindusCon-SP