Torneiras e misturadores

Já faz algum tempo que torneiras e misturadores para cozinhas, banheiros e lavabos deixaram de ser itens meramente funcionais. Hoje, eles precisam atender a requisitos estéticos e estar em harmonia com o restante do projeto. Assim, além dos modelos tradicionais, os fornecedores têm colocado no mercado tipos com design diferenciado (quadrado, cilíndrico etc.), materiais diversos, formatos, cores e acabamentos ao gosto do cliente.

Torneira ou misturador?

Para quem for usar apenas água fria, a torneira é o ideal. A necessidade do misturador precisa ser avaliada. No lavabo, por exemplo, que costuma ser pouco usado, não faz sentido tê-lo. No banheiro, ele pode ser útil, mas é preciso analisar se será realmente utilizado. Trata-se de uma peça que aciona a água quente e a fria separadamente ou mistura as duas a uma temperatura adequada para a atividade realizada. Ele precisa ser conectado a um sistema de aquecimento central a gás ou solar ou a um aquecedor elétrico instalado sob a pia.

O misturador pode ser duplo comando, quando cada temperatura (quente e fria) é acionada por uma alavanca, ou monocomando, quando a mesma alavanca controla a saída de água quente e fria, além da pressão. Este último é mais prático e bastante usado em chuveiros e banheiras. No boxe do banheiro, deve ser instalado próximo à porta e não debaixo da ducha ou do chuveiro, para que a pessoa não tenha que entrar no boxe para acioná-lo e, consequentemente, se molhar.

Modelos variados de torneiras e misturadores

Existe uma infinidade de modelos de torneiras e misturadores disponíveis no mercado. A escolha deve levar em consideração o estilo do ambiente e, claro, o preço. Outro ponto que deve receber atenção na hora da escolha é a altura da torneira em relação à cuba e o comprimento da bica. Na cozinha, para que a tarefa de lavar louça e alimentos seja feita com conforto, a distância entre o bico da torneira e o ralo deve ser de no mínimo 30 cm. No banheiro, o tamanho da peça deve ser proporcional ao da cuba, e o jato de água deve ser direcionado para o ralo.

A torneira pode ser convencional, com um único registro que controla a saída de água, ou com temporizador ou sensor de movimento, versão sustentável ideal para banheiros corporativos, comerciais e púbicos, pois desliga automaticamente após determinado tempo, economizando água. Outra forma de economizar é escolher uma torneira com arejador. Esse dispositivo fica na ponta da bica e adiciona ar à água, reduzindo o volume. Se a torneira não tiver o arejador acoplado, é possível comprá-lo separadamente, lembrando-se de ver se ele é compatível com o bocal.

Hoje, a vedação das torneiras é feita com cartuchos cerâmicos no lugar dos antigos"courinhos" ou"borrachinhas", que estragavam com facilidade, exigindo trocas constantes. A torneira com o cartucho abre e fecha com ½ volta ou ¼ de volta, o que também proporciona economia de água, já que não é preciso abri-la totalmente para acioná-la.

A torneira pode ser ainda de parede ou de mesa. A primeira é indicada para cubas de apoio, que ficam na bancada. Para não ter de quebrar os azulejos e refazer a tubulação para criar o ponto de água, é fundamental prevê-la no projeto e colocar a saída da água de 10 cm a 15 cm da borda da cuba. Para cubas de apoio também são indicadas torneiras com bica alta. Já as versões de mesa e de bica baixa são recomendadas para cubas de embutir. A de mesa pode ser instalada em cubas de apoio desde que tenha bica alta.

Quanto aos materiais, as peças podem ter o miolo de metal (latão, cobre, zinco ou aço inoxidável) ou de plástico ABS. O latão é mais resistente à corrosão. Por fora, o acabamento mais usual é o cromado. O de níquel, por exemplo, tende a descascar menos. As torneiras de ABS são mais baratas, mas também menos duráveis. Podem ser brancas, coloridas ou imitar a aparência das cromadas.