11 arenas e locais que receberão as Olimpíadas de Tóquio
De estádios a ginásios, as instalações montadas para os Jogos Olímpicos unem tradição e modernidade, com assinatura de grandes arquitetos – como Kengo Kuma
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Após o adiamento, as Olimpíadas acontecem a partir de julho de 2021 (Foto: Chaay_Tee/Shutterstock)
Adiados em um ano devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), os Jogos Olímpicos de 2020 estão agendados para o período entre julho e agosto de 2021. Para receber as competições, a cidade de Tóquio preparou 43 instalações esportivas: 25 já existiam, 10 serão temporárias e oito foram construídas “do zero”.
A seguir, conheça 11 arenas e locais que receberão as Olimpíadas de Tóquio.
1. Tokyo Olympic Stadium
O principal palco dos Jogos Olímpicos será o Tokyo Olympic Stadium, que receberá algumas partidas de futebol (incluindo a final da modalidade feminina) e as nobres provas de atletismo, além das cerimônias de abertura e de encerramento. O complexo de 68 mil lugares foi construído no mesmo local do estádio que sediou parte dos eventos das Olimpíadas de 1964, que também aconteceram na capital japonesa. A antiga estrutura foi completamente demolida para dar lugar à nova arena, inaugurada oficialmente em dezembro de 2019.
O projeto é assinado pelo arquiteto Kengo Kuma, que se inspirou em técnicas tradicionais de construção do Japão, especialmente no uso da madeira. As obras consumiram cerca de 2 mil m3 de cedros, utilizados na execução de formas que homenageiam o templo de Horyu-ji (considerado a construção de madeira mais antiga do mundo e patrimônio da humanidade). Já os assentos das arquibancadas têm cinco cores distintas, com distribuição aleatória para simular o visual de um bosque.
O estádio, que teve investimento acima de US$ 1,25 bilhão, será usado em eventos esportivos e culturais após as Olimpíadas.
O Tokyo Olympic Stadium receberá as cerimônias de abertura e de encerramento (Foto: ebico/Shutterstock)
2. Yoyogi National Gymnasium
O Yoyogi National Gymnasium foi construído para receber as competições aquáticas das Olimpíadas de 1964 e, até hoje, é um dos projetos arquitetônicos mais queridos de Tóquio. Com assinatura do arquiteto Kenzo Tange (vencedor do Pritzker de 1987), a edificação era vista como uma maravilha da indústria na época de sua inauguração — que aconteceu 39 dias antes de a Pira Olímpica ser acesa e anunciar o início dos Jogos.
Por suas contribuições, Tange foi homenageado pelo então presidente do Comitê Olímpico Internacional, Avery Brundage.
Em 2021, será a casa do handebol e sediará, também, as disputas de rúgbi em cadeira de rodas e badminton dos Jogos Paralímpicos.
O Yoyogi National Gymnasium foi construído para os Jogos de 1964 (Foto: show999/Shutterstock)
3. Nippon Budokan
Outro ginásio originalmente construído para os Jogos de 1964, o Nippon Budokan foi o primeiro palco do judô nas Olimpíadas — modalidade que entrou para o programa olímpico justamente naquele ano. Coincidentemente, a arena receberá, em 2021, a estreia de outro esporte: o caratê. O complexo passou por uma reforma que durou quase dois anos.
Conhecido como o lar das artes marciais japonesas, o Nippon Budokan também já sediou shows musicais, como os das bandas Red Hot Chili Peppers, Iron Maiden, KISS e até dos Beatles.
O Nippon Budokan verá a estreia do caratê nos Jogos Olímpicos de 2021 (Foto: Osugi/Shutterstock)
4. Kokugikan Arena
A Kokugikan Arena é o principal centro do sumô no Japão (abriga um museu da tradicional luta e sedia metade dos torneios anuais que acontecem no país). Seu interior foi projetado na forma de uma tigela para permitir que os espectadores assistam as competições no centro do auditório sem impedimentos, independentemente de onde estão sentados. Na vizinhança do ginásio existem muitos restaurantes especializados no Chankonabe, prato supernutritivo que é um dos favoritos dos lutadores de sumô para manter o peso.
Nos Jogos Olímpicos deste ano, a Kokugikan Arena receberá as competições de boxe.
A Kokugikan Arena dará uma pausa no sumô para receber o boxe (Foto: Ned Snowman/Shutterstock)
5. Tokyo Aquatics Centre
Inaugurado em fevereiro de 2020, o Tokyo Aquatics Centre é uma das oito arenas construídas para as Olimpíadas. A piscina principal conta com tecnologia de última geração e seu comprimento e largura são ajustáveis.
Os assentos do público foram planejados de maneira que ficassem o mais próximo possível da água, isso porque a delegação japonesa costuma ganhar a maior parte de suas medalhas na natação. A ideia é que a torcida da casa empurre seus atletas na direção das vitórias (o que ainda é uma incógnita devido às incertezas da presença do público por conta dos protocolos de saúde).
Os atletas que já tiveram a oportunidade de nadar no local elogiaram o curso bastante rápido e acreditam que muitos recordes mundiais poderão ser quebrados nos Jogos.
O Tokyo Aquatics Centre foi construído para os Jogos de 2020 (Foto: Ryosei Watanabe/Shutterstock)
6. Ariake Arena
A Ariake Arena sediará as competições de vôlei e foi uma das últimas instalações esportivas a ficar pronta. Totalmente acessível, tem capacidade para receber 15 mil pessoas e se destaca pela cobertura côncava, que reduz o espaço interno e diminui o consumo de energia com os sistemas de iluminação e de ar-condicionado. Possui, ainda, painéis solares e equipamentos de aquecimento geotérmico.
Após os Jogos, deve se tornar um novo centro esportivo e cultural.
A Ariake Arena conta com soluções sustentáveis (Foto: lininha/Shutterstock)
7. Ariake Gymnastics Centre
O Ariake Gymnastics Centre, cujo nome significa “barco de madeira flutuando na área da baía”, foi planejado para funcionar em duas etapas. Na primeira, será a arena que receberá as provas de ginástica durante as Olimpíadas. Depois que os Jogos forem encerrados, as arquibancadas serão removidas e o local será transformado em um salão de exposições.
De acordo com o comitê organizador, trata-se de um dos maiores telhados de madeira do mundo, com uma estrutura de 30 metros de largura. A inspiração para o projeto, executado na baía de Tóquio, é o antigo deposito de armazenamento de madeira que funcionava no local.
O Ariake Gymnastics Centre será transformado em um salão de exposições depois dos Jogos (Foto: Purna Lal Chakma/Shutterstock)
8. Tokyo International Forum
O Tokyo International Forum é um famoso centro de exposições que se destaca por sua arquitetura. Tem o formato de um barco alongado, composto por uma combinação de vidro e extensas treliças de aço. Construído no local onde ficava a antiga prefeitura de Tóquio, conta com oito salões principais, centros culturais e outras instalações. Durante as Olimpíadas, será o palco das competições de levantamento de peso.
O Tokyo International Forum receberá as provas de levantamento de peso (Foto: Sean Pavone/Shutterstock)
9. Saitama Super Arena
A Saitama Super Arena combina a tecnologia japonesa com o design americano. Inaugurada em 2000, tem uma cúpula conversível para que o complexo seja transformado em: uma arena de 20 mil lugares e compatível com os padrões da National Basketball Association (NBA), um estádio com 35 mil assentos ou uma sala de shows — tudo isso em apenas 20 minutos. Nas Olimpíadas deste ano será o palco dos jogos de basquete, tanto masculino quanto feminino.
A Saitama Super Arena receberá os jogos de basquete (Foto: Osugi/Shutterstock)
10. Tokyo Metropolitan Gymnasium
O Tokyo Metropolitan Gymnasium foi construído em 1954 para o campeonato mundial de luta livre. Uma década depois recebeu os eventos de ginástica das Olimpíadas. A tradicional instalação esportiva passou por uma reforma no início da década de 1990 e ganhou um design futurista, projetado pelo arquiteto Fumihiko Maki (vencedor do Pritzker de 1993). Composto por diferentes espaços (arena principal e secundária, além de piscina interna), sediará o torneio de tênis de mesa nos Jogos deste ano.
O Tokyo Metropolitan Gymnasium receberá o tênis de mesa nas Olimpíadas (Foto: Daniel De Petro/Shutterstock)
11. Musashino Forest Sport Plaza
O Musashino Forest Sport Plaza foi a primeira instalação a ficar pronta, entre as oito projetadas com foco nos Jogos de 2020. Inaugurada em 2017, demorou três anos e meio para ser concluída e custou mais de US$ 300 milhões. Conta com uma arena principal com capacidade para 10 mil pessoas, além de piscinas, academias, estúdios fitness e áreas poliesportivas — todas abertas ao público.
Durante as Olimpíadas, receberá o badminton e o pentatlo moderno.