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5 dicas para auxiliar a escolha de revestimentos para cozinhas

Especificação de materiais para paredes, pisos e bancadas deve conciliar atendimento a aspectos técnicos e estéticos. Entenda

Publicado em: 21/01/2020Atualizado em: 22/01/2020

Texto: Juliana Nakamura

saiba como escolher revestimentos para cozinhas
Os revestimentos para cozinhas estão disponíveis em diversas opções (foto: divulgação/Ana Johns Arquitetura)

A busca pelo melhor revestimento para cozinha nem sempre é uma tarefa fácil. Primeiro porque estes ambientes estão constantemente expostos à umidade e à gordura e precisam de materiais duráveis e de fácil higienização. Além disso, a quantidade e a variedade de soluções disponíveis é enorme, tornando a tomada de decisão ainda mais complicada.

Atender as necessidades estéticas, sobretudo em projetos com limitação de orçamento, é um desafio extra, ainda mais porque, nos últimos anos, as cozinhas mudaram de status, deixando de ser um local restrito à preparação de refeições para se transformar em um ambiente social.

A seguir, você pode conferir algumas boas práticas que podem apoiar a busca pelo material mais adequado para pisos, paredes e bancadas de cozinhas.

Tábuas em bruto

Granito

Pisos e revestimentos de porcelanato

Dica 1 - Busque a harmonia estética

Um dos primeiros pontos a considerar na hora de escolher um revestimento para cozinha é o design do restante da casa ou apartamento. “Se o local tem um estilo moderno, boas opções para a cozinha são os revestimentos claros como o porcelanato, que visualmente adicionam amplitude e sensação de limpeza. Já em ambientes rústicos, revestimentos como o ladrilho hidráulico podem agregar beleza e aconchego", comenta a arquiteta Paula Carvalho.

Ao contrário do que muitos pensam, revestimentos para pisos e paredes não precisam ser iguais, sob o risco de tornar o ambiente monótono. No entanto, eles devem dialogar entre si, criando uma atmosfera harmoniosa para a cozinha.

Dica 2 - Observe os critérios técnicos na escolha de revestimentos cerâmicos

Para cozinhas, são recomendados revestimentos com PEI igual a 3, ou seja, com resistência de média a alta
Paula Carvalho

Em especial no caso das cerâmicas, duas propriedades importantes a se observar são a resistência à abrasão (PEI) e o nível de absorção de água. “Para cozinhas, são recomendados revestimentos com PEI igual a 3, ou seja, com resistência de média a alta. Além disso, quanto mais poroso for o revestimento, maior será a absorção de água. Por isso, revestimentos com níveis de absorção maiores do que 10% só devem ser utilizados em paredes”, afirma Carvalho.

Para garantir fácil limpeza, a especificação deve recair sobre revestimentos lisos e mais impermeáveis, em detrimento àqueles que têm superfície texturizada e são mais porosos.

revestimentos em cozinhas
Revestimentos lisos se destacam pela fácil limpeza (foto: divulgação/Ana Johns Arquitetura)

Pisos e revestimentos de cerâmica esmaltada

Azulejos de aço inox

Pastilhas cerâmicas

Azulejos

Dica 3 - Tenha em mãos um projeto detalhado

De pouco adianta contar com um material top de linha sem dispor de um projeto consistente e racional para sua utilização. Um dos pontos mais importantes, nesse sentido, é o projeto de paginação, que definirá como o revestimento será aplicado (se reto ou na diagonal). “O ideal é que a paginação seja pensada em consonância com o mobiliário, para que tudo fique equilibrado”, recomenda a arquiteta Ana Johns. Segundo ela, não se pode prescindir de uma paginação cuidadosa e detalhada.

“Uma estratégia de projeto para quem quer gastar menos é colocar o revestimento mais caro e bonito nos locais onde ele fica mais aparente e usar um revestimento mais em conta nos locais onde ele ficará escondido”, revela Johns.

Uma estratégia de projeto para quem quer gastar menos é colocar o revestimento mais caro e bonito nos locais onde ele fica mais aparente e usar um revestimento mais em conta nos locais onde ele ficará escondido
Ana Johns

Dica 4 - Busque mão de obra qualificada para o assentamento e a execução de juntas

A execução das juntas em cerâmicas e porcelanatos é um ponto crítico no assentamento destes revestimentos. “O dimensionamento das juntas está relacionado à dimensão das peças e às movimentações da alvenaria e da própria argamassa de assentamento. Por isso, é necessário consultar os catálogos dos fabricantes, que indicam a espessura apropriada para a largura das juntas, bem como usar espaçadores adequadamente”, orienta Paula Carvalho.

Dica 5 - Escolha o material mais adequado para bancadas de cozinha

Nos dias atuais, há muitas opções para compor bancadas, desde rochas naturais como mármores e granitos, aos materiais sintéticos, como o Corian® e Silestone®. Antes de optar por um ou outro material, é necessário atentar-se a quesitos de resistência, praticidade, funcionalidade e durabilidade, além da estética e do custo. “Também é possível utilizar porcelanatos em bancadas. Neste caso é importante analisar o tamanho da bancada em relação ao tamanho do porcelanato, uma vez que a emenda entre as peças vai aparecer”, salienta a arquiteta Ana Johns.

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Colaboração técnica

Ana Johns – Arquiteta e urbanista formada pela Universidade Positivo, é mestre em Sustentabilidade e Arquitetura Nórdica pela Universidade de Aalborg, na Dinamarca. Atualmente, dirige escritório que leva o seu nome em Curitiba (PR), onde desenvolve projetos residenciais e comerciais.
arquiteta e urbanista paula carvalho
Paula Carvalho – Arquiteta e urbanista especializada em design de interiores e em gerenciamento e marketing de projetos. Administra escritório próprio, onde desenvolve projetos residenciais e comerciais.