5 recomendações para uma limpeza pós-obra eficiente
Etapa preliminar à vistoria das obras, limpeza requer planejamento, profissionais especializados e técnicas específicas para evitar danos

A limpeza pós-obra tem conexão estreita com o controle de qualidade (Foto: Siarhei Kuranets/Shutterstock)
Entre a conclusão da obra e a entrega do empreendimento para o cliente, há algumas etapas importantes sob responsabilidade das construtoras. A limpeza pós-obra é uma delas. Embora seja uma atividade trivial, a limpeza tem conexão estreita com o controle de qualidade, em especial com a vistoria, realizada para identificar eventuais defeitos de construção, itens quebrados ou mal-acabados, antes da entrega das chaves.
Confira a seguir algumas boas práticas para a condução desse serviço com sucesso:
1) Recorra à mão de obra especializada
Um erro muito comum é a construtora não contratar empresa especializada para a limpeza pós-obraRobson Artélite dos Santos
“Um erro muito comum é a construtora não contratar empresa especializada para a limpeza pós-obra”, afirma o engenheiro Robson Artélite dos Santos, gerente de obras na Trisul. Ele recomenda não utilizar os serventes da obra para este serviço. Afinal, são necessários cuidados especiais e delicados, como limpeza de cerâmicas, porcelanatos, vidros e alumínio. Ao contratar uma empresa especializada em limpeza, vale conferir o portfólio e, se possível, visitar uma obra em que ela esteja prestando serviço. “Também é muito prudente buscar referências em, pelo menos, três outras construtoras”, destaca Santos.
2) Realize limpezas periódicas
Toda boa construtora sabe que manter um canteiro de obras limpo e organizado é fundamental para garantir segurança e produtividade. Evitar o acúmulo excessivo de sujeira é essencial para uma limpeza pós-obra mais rápida e com melhores resultados. A orientação é retirar as sujeiras mais pesadas e superficiais no momento em que elas são geradas, principalmente resquícios de argamassa e concreto que são mais difíceis de limpar após secos.
3) Limpeza pós-obra e defeitos de construção
A limpeza pós-obra pode auxiliar na detecção de problemas construtivosRobson Artélite dos Santos
“A limpeza pós-obra pode auxiliar na detecção de problemas construtivos. É nesse momento em que as peças cerâmicas, janelas, portas, louças, entre outros acabamentos vão ficando limpos e qualquer desvio ou manifestação patológica aparece com maior facilidade”, explica o gerente de obras da Trisul. Segundo Robson Santos, os profissionais encarregados pela limpeza não precisam ter conhecimentos sobre construção civil. Mas é fundamental que tenham domínio sobre quais produtos e equipamentos devem ser utilizados para deixar o ambiente totalmente limpo e sem danos.
4) Sequenciamento e planejamento
Para obter bons resultados, a limpeza pós-obra deve ser executada com planejamento e por etapas. De modo geral, o trabalho começa com a preparação do ambiente para garantir que o espaço esteja o mais livre possível.
A limpeza deve começar pelas áreas mais afastadas da entrada do empreendimento e ser realizada sempre de cima para baixo, ou seja, do teto para o piso. Na sequência, há a remoção da poeira e a retirada de respingos de tinta, de gesso e de cimento em pisos frios e vidros. O trabalho continua com a limpeza de janelas, caixilhos, portas e batentes para remover sujeira e qualquer resquício de obra. Por fim, é realizada a lavagem e desinfecção dos sanitários.
A programação das atividades de limpeza é fundamental para garantir maior agilidade. Cuidado especial deve ser dado aos equipamentos que precisam estar à disposição das equipes de limpeza, como escadas, aspirador e lavadora de alta pressão.
5) Atenção a EPIs e a técnicas adequadas
A limpeza pós-obra é um serviço pesado que pode demandar o uso de produtos químicos específicos. Por isso, não se pode prescindir de equipamentos de proteção individual adequados, como luvas, máscaras e óculos. Também é importante o uso de uma bota impermeável de PVC para evitar o contato dos colaboradores com produtos corrosivos, além de diminuir a probabilidade de derrapagens.
Além disso, os profissionais precisam estar atentos ao uso do produto ou solvente apropriado para cada sujidade e superfície. Produtos de base ácida, usados para retirar resíduos como areia, terra, gesso e cimento, têm alto poder de danificar as superfícies. Por isso mesmo, precisam ser usados com moderação. A mesma recomendação vale para o uso de abrasivos como palha de aço e buchas abrasivas, que jamais devem ser utilizadas sobre porcelanatos e alumínio.
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Colaboração técnica
- Robson Artélite dos Santos — Engenheiro civil com MBA em gerenciamento de canteiro de obras e pós-graduação em engenharia de avaliações e perícias. Com 18 anos de experiência em grandes construtoras, é gerente de obras na Trisul.