6 erros comuns na pintura de madeira e de metais: saiba evitar
Preparo da superfície e escolha da tinta apropriada às condições de aplicação são aspectos que merecem atenção redobrada
O resultado satisfatório da pintura está ligado a cuidados anteriores à aplicação de esmaltes e vernizes (foto: Vrijestijl/shutterstock)
A pintura sobre madeira e metais é uma solução recorrente para renovar uma série de elementos arquitetônicos, de portas e portões, a esquadrias e móveis. No entanto, para que o resultado seja o esperado, são necessários cuidados anteriores à aplicação de esmaltes e vernizes. Conheça a seguir os erros mais comuns relacionados à pintura dessas superfícies, bem como boas práticas para garantir um serviço de qualidade.
Erro 1 - Não preparar a base adequadamente
Muitas vezes negligenciada, a preparação da superfície a ser pintada é uma etapa fundamental. Além de assegurar a adesão da tinta, “esse preparo é importante para garantir que as superfícies sofram menos com a ação do tempo e reforçar a qualidade do acabamento”, destaca Henrique Ramos, executivo de marketing, produto e inovação na Suvinil/Basf.
Antes de serem pintadas, as superfícies precisam estar firmes, coesas, limpas, secas, sem poeira, gordura, graxa ou mofo. Em especial no caso das madeiras, é necessário eliminar tudo o que estiver solto, lixando no sentido dos veios da madeira, raspando ou escovando. Diante de manchas de gordura ou de graxa, deve-se lavar a superfície com água e detergente. Em caso de madeira nova, recomenda-se o uso de estopa molhada com aguarrás ou thinner.
Erro 2 - Esquecer de usar fundo preparador antes da repintura de metais
Antes de pintar metais ferrosos, é recomendável a aplicação de uma demão de fundo anticorrosivo e eliminar pontos de ferrugem quando existentes. Já no caso da repintura de metais não ferrosos, como o alumínio, deve-se utilizar uma lixa grana mínima 360 para tirar o brilho e depois remover o pó. Em seguida, de acordo com o tipo de esmalte que será utilizado, é recomendável a aplicação de um fundo fosfatizante ou de um fundo promotor de aderência.
Erro 3 - Desprezar as condições climáticas antes de começar o serviço
Outro cuidado importante antes de iniciar uma pintura é atentar para condições climáticas ambientais. Deve-se evitar realizar o serviço em dias chuvosos ou com ventos fortes. Também não se recomenda a pintura em locais com temperaturas inferiores a 10°C e umidade relativa do ar superior a 90%.
Erro 4 - Escolher uma tinta inadequada
Na hora de selecionar uma tinta é importante conferir se o produto tem indicação para uso interno ou externo, e qual é o acabamento final desejado: alto brilho, brilhante, semibrilho, acetinado ou fosco. Também é necessário comparar os produtos com relação ao rendimento.
Wagner Sander, gerente técnico na Anjo Tintas, conta que o mercado oferece uma ampla gama de soluções para atender diferentes níveis de exigência. “O usuário final tem a opção de escolher, de acordo com sua capacidade de investimento, uma tinta que irá resistir por um período curto de tempo até produtos que resistem de cinco a dez anos”, diz ele, lembrando que as tintas se distinguem entre premiums, standards e econômicas, e apresentam desempenhos distintos com relação à resistência ao envelhecimento, deterioração e repelência à água. “A escolha da cor também deve ser considerada, já que ela pode interferir na resistência da pintura ao longo do tempo”, continua Sander.
Erro 5 - Não observar as orientações do fornecedor
Os fabricantes disponibilizam nas embalagens de seus produtos uma série de recomendações para o melhor uso de tintas e complementos. Entre elas destaca-se o tempo para a secagem entre as demãos e final. Por causa da pressa para conclusão do serviço, é muito comum os pintores ignorarem essas orientações. Mas vale ressaltar que o tempo insuficiente de secagem entre demãos pode ser causa de problemas de acabamento sérios em metais e madeiras.
Erro 6 - Descuidar de boas práticas de pintura
Também há uma série de problemas que podem surgir nas superfícies recém-pintadas e que têm como causa falhas de execução. Em metais, por exemplo, uma situação indesejada é o efeito rugoso na superfície, como o de uma casca de laranja. Isso pode ser motivado por pressão excessiva de ar na pistola de projeção e pelo uso de diluente inadequado.
Colaboração técnica
- Wagner Sander – Bacharel em química pela Universidade Metodista de Piracicaba, é gerente técnico na Anjo Tintas (Unidade Revenda).
- Henrique Ramos – Químico industrial com MBA em marketing e especialização em gestão, é responsável pela área de marketing, produto e inovação na Suvinil/Basf.