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Aplicação de piso epóxi demanda cuidados específicos. Conheça

Indicados para novas construções e reformas, procedimentos dependem do tipo de matéria-prima usada — resina epóxi ou de poliuretano. Veja, a seguir, a diferença entre as duas soluções

Publicado em: 05/07/2018Atualizado em: 27/03/2023

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Porcelanato líquido pode ser aplicado sobre diversos revestimentos (Bannafarsai_Stock/ shutterstock)

Também chamado de porcelanato líquido, o piso epóxi é um revestimento indicado tanto para novas construções quanto para reformas, podendo ser aplicado sobre diferentes tipos de revestimento. Assim, dispensa a etapa de retirada do acabamento pré-existente e consequente geração de resíduos. Comparado aos produtos convencionais, que exigem recorte de peças para ajustá-las ao tamanho do ambiente, com o epóxi não há desperdício de materiais.

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Depois de pronto, resulta numa estrutura monolítica, ou seja, sem rejuntes e juntas, reduzindo a proliferação de microrganismos. “É alternativa interessante para as salas limpas de hospitais”, indica Felippe Gomes Mamud, proprietário da Epoxitintas. “Também oferece alta resistência a impactos, é totalmente impermeável após a cura e é fácil de limpar”, complementa Everton Ceciliato, profissional do departamento de Marketing da Polipox.

Depois de pronto [o piso com resina epóxi], o prazo é de 48 horas para que se possa pisar sobre a superfície e de quatro dias para colocação dos móveis
Everton Ceciliato

No mercado, há dois tipos de produto: com resina epóxi ou com resina de poliuretano. As diferenças entre ambos começam pelo método de execução. Enquanto a resina epóxi é despejada sobre o piso e espalhada com uma espécie de rodo, a resina de poliuretano é aplicada com um rolo, em procedimento parecido com a pintura. Além disso, essa segunda opção pede maior tratamento da superfície.

As duas alternativas também se distinguem pelo local de utilização. O piso com resina epóxi só deve ser aplicado em áreas internas, enquanto o com resina de poliuretano costuma ser usado em ambientes externos. “Isso porque o produto com poliuretano apresenta proteção UV, que o protege contra danos causados pela ação do sol”, explica Mamud. A resistência a riscos é maior com poliuretano, tornando-o ideal para locais com tráfego intenso de pessoas.

O material com resina epóxi leva vantagem sobre o de poliuretano quando comparadas as possibilidades de acabamento. Enquanto o primeiro oferece enorme gama de cores e desenhos, a outra opção fica restrita aos tons de branco, bege ou cinza. “O produto com resina epóxi pode ainda ser transparente, alternativa indicada para aplicação sobre adesivos”, diz Mamud.

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APLICAÇÃO DO PISO COM RESINA EPÓXI

A aplicação do piso com resina epóxi pode ser realizada sobre revestimentos cerâmicos ou porcelanato convencional. “Não é preciso remover o acabamento anterior. Porém, deve-se verificar se não há peças soltas, contaminações ou umidade. O procedimento de execução começa com o tratamento do substrato”, detalha o publicitário Everton Ceciliato. A correção das irregularidades existentes nas juntas é feita com rejunte epóxi, que deve ser aplicado e lixado depois da cura.

Para execução sobre concreto pintado, é preciso remover toda a tinta com uma espátula ou equipamento para lixamento. Quando o procedimento for realizado sobre contrapiso de concreto, deve-se aguardar pelo menos 28 dias para garantir que a cura, de fato, ocorreu. “Na sequência, o contrapiso tem de ser lixado manualmente ou com máquinas, no intuito de se obter uma superfície lisa e uniforme”, observa Ceciliato.

A solução não deve ser aplicada diretamente sobre madeira ou carpete. “Nesses casos, o profissional tem de remover o revestimento e preparar o substrato antes de iniciar a aplicação”, adverte Ceciliato. Todo o processo de execução do piso epóxi pode ser feito por pessoas sem experiência. No entanto, contar com equipe treinada ajuda a atingir um resultado mais satisfatório.

É preciso muito cuidado na escolha de adesivos, pois no passado, os fabricantes não os produziam para receber epóxi e quem fabricava epóxi não o fazia para ser aplicado sobre adesivo. Porém, hoje, há muitos adesivos compatíveis com a solução
Felippe Gomes Mamud

Com o substrato preparado, é aplicado o primer sobre a superfície — produto que tem a função de garantir a correta adesão entre os elementos. O procedimento é executado com auxílio de uma desempenadeira metálica lisa, criando camadas de 0,5 mm de espessura, aproximadamente. Em seguida, é preciso aguardar 24 horas e realizar o lixamento de toda a superfície para criação de ranhuras, que auxiliarão na ancoragem da camada do piso epóxi.

No momento de aplicar a solução, é fundamental que a mistura esteja homogênea. “Caso contrário, o resultado final será uma película flexível e sem propriedades mecânicas. Além de má formação e trechos que não reagem, ficando permanentemente pegajosos ou com marcas e pontos irregulares”, alerta Ceciliato. O produto pronto é despejado sobre a superfície e espalhado uniformemente com rodo dentado regulado para camada de 2 mm.

Por fim, deve-se utilizar um rolo quebra bolhas para eliminar concentrações de ar formadas na homogeneização ou aplicação. “Essa etapa ocorre sempre em movimentos verticais, como se estivesse pintando”, compara Ceciliato, lembrando que durante toda a execução é preciso deixar o local fechado para evitar a entrada de insetos e poeira. “Depois de pronto, o prazo é de 48 horas para que se possa pisar sobre a superfície e de quatro dias para colocação dos móveis”, informa.

APLICAÇÃO DO PISO COM RESINA POLIURETANO

Os cuidados prévios à aplicação do piso com resina de poliuretano não são tão diferentes dos cuidados para pisos com resina epóxi. A superfície precisa estar totalmente seca e livre de qualquer impureza. Por isso, em caso de chuva ou qualquer outro contato com a água, é preciso aguardar 48 horas. “Não pode haver absolutamente nenhum contaminante na superfície antes do início da aplicação”, destaca Mamud.

O primeiro passo é utilizar o rejunte epóxi para nivelamento, deixando todo o substrato uniforme. Depois da primeira aplicação, deve-se utilizar pano úmido ou esponja para retirar o excesso do material, fazendo com que as juntas fiquem lisas e no nível mais próximo possível do piso. Na sequência, é aplicado o primer, sendo que o ideal é começar com uso de pincel nas regiões de recortes e rodapés. Utilizando rolo de pintura comum, o primer é espalhado pelo restante da área, em única demão. Com a superfície pronta, é necessário esperar entre quatro e seis horas para avançar para a próxima etapa, que é a aplicação do piso. Para esse trabalho, tem de ser usado rolo de pintura resistente a solventes. Por fim, depois de aguardar entre oito e 12 horas, executa-se a segunda demão.

Para que o resultado final atinja o nível desejado, não devem ser usados rolos de pintura que tenham sido utilizados em outras situações. Também precisa ser evitada a aplicação parcial dentro de um mesmo ambiente. “É preciso estar atento às informações do fabricante sobre a liberação do tráfego, já que pisar na superfície antes que ela esteja pronta pode causar danos como riscos e perda de brilho”, afirma Mamud.

MANUTENÇÃO

Para manter o aspecto e a qualidade do piso epóxi, são necessários alguns cuidados. A superfície tem de ser encerada frequentemente com cera automotiva e é recomendado o uso de feltros sob os pés de cadeiras, mesas, sofás, entre outros móveis. Também é preciso evitar a queda de objetos pontiagudos sobre o revestimento. Toda atenção é essencial, pois a solução não aceita reparos em caso de problemas.

Riscos superficiais podem ser resolvidos com polimento mecânico (politriz e cera automotiva). No entanto, se a imperfeição for muito profunda, não há como remediar. Já a limpeza deve ser feita com pano umedecido com água, sabão neutro e água sanitária diluída ou pura. Sempre enxaguando o ambiente na sequência para não deixar resíduos.

Efeito 3D

Um acabamento visual possível com o piso epóxi é o efeito em 3D. A técnica consiste de um adesivo colado no substrato e revestimento incolor aplicado por cima. “É um sistema epóxi leitoso que, quando aplicado em película, torna-se transparente. Foi especialmente desenvolvido para aplicação em pisos adesivados com vinil, utilizado em ambientes residenciais e comerciais”, explica Everton Ceciliato.

“No entanto, é preciso muito cuidado na escolha do adesivo, pois não é qualquer um que pode ser utilizado. No passado, os fabricantes não os produziam para receber epóxi e quem fabricava epóxi não o fazia para ser aplicado sobre adesivo. Demorou um tempo para que um mercado conhecesse o outro. Porém, hoje, há muitas empresas comercializando adesivos compatíveis com a solução”, finaliza Felippe Gomes Mamud.

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Compras de materiais e serviços devem atender às normas técnicas

Colaboração técnica

Felippe Gomes Mamud – Titular da Epoxitintas.
Everton Ceciliato – — Formado em Publicidade e Propaganda pela Faculdades Integradas de Itapetininga (FKB), com especializações em Marketing Digital, Mídias Sociais e Direção de Arte, trabalha no departamento de Marketing da Polipox.