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Argamassas poliméricas são fáceis de aplicar e versáteis

Nas versões rígida e flexível, os impermeabilizantes são ideais para várias aplicações – de piscinas e reservatórios a varandas e áreas molhadas

Publicado em: 16/12/2021

Texto: Juliana Nakamura

argamassas poliméricas
A argamassa polimérica deve ser aplicada sempre em camadas regulares (Foto: Divulgação/Saint-Gobain)

As argamassas poliméricas estão entre os sistemas de impermeabilização mais utilizados nas obras brasileiras. Os motivos para tal popularidade passam por fatores como: facilidade de aplicação, custo competitivo em comparação a outras soluções e alto desempenho.

Produzida industrialmente, na maior parte das vezes na versão bicomponente, a argamassa polimérica é formada por cimento, agregados minerais inertes, polímeros acrílicos e aditivos. Uma vez misturados e devidamente aplicados com auxílio de brocha, esses componentes formam um revestimento durável com propriedades impermeabilizantes, que promovem uma cristalização superficial no substrato, impedindo a passagem de fluidos.

MÚLTIPLAS APLICAÇÕES

As argamassas para impermeabilização contemplam uma vasta gama de produtos que podem apresentar comportamento rígido ou flexível.

No primeiro grupo estão os sistemas que devem atender à ABNT NBR 11.905 — Argamassa polimérica industrializada para impermeabilização, para aplicação em estruturas sujeitas a pouca ou a nenhuma movimentação. “Estamos falando de subsolos, cortinas, poços de elevadores, muros de arrimo, baldrames, paredes internas e externas, pisos frios em contato com o solo, reservatórios de água potável não elevados, piscinas de concreto enterradas e estruturas sujeitas a infiltração do lençol freático”, comenta o engenheiro Marcos Storte, diretor técnico da A2S Engenharia e Perícia.

Um bom projeto evita problemas de compatibilidade com outros tipos de instalações (elétrica, hidráulica, dados etc.), causa frequente de infiltrações e vazamentos
José Morgado

Já as argamassas poliméricas flexíveis devem atender à norma ABNT NBR 15.885 — Membrana de polímero acrílico com ou sem cimento, para impermeabilização. Elas são indicadas para uso em reservatórios de concreto de água potável elevados ou apoiados, piscinas de concreto, além de áreas frias como banheiros, cozinhas e lavanderias.

Segundo Storte, quando em contato com água potável, ambos impermeabilizantes (rígidos ou flexíveis) devem atender à ABNT NBR 12170 — Potabilidade da água aplicável em sistema de impermeabilização — Método de ensaio.

As argamassas poliméricas encontram uma aplicação importante, ainda, em áreas confinadas. Isso porque os produtos são aplicados a frio em camadas em forma de pintura, facilitando a execução do serviço nesses locais de difícil acesso.

BOAS PRÁTICAS DE EXECUÇÃO

Como ocorre com outros sistemas de impermeabilização, a elaboração de um projeto seguindo as diretrizes da ABNT NBR 9.575:2010 — Impermeabilização — Seleção e Projeto é fundamental para garantir o desempenho das argamassas poliméricas. “Um bom projeto evita problemas de compatibilidade com outros tipos de instalações (elétrica, hidráulica, dados etc.), causa frequente de infiltrações e vazamentos”, diz José Morgado, diretor-executivo do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI).

Também é imprescindível atenção ao substrato, como determina a ABNT NBR 9.574 — Execução de Impermeabilização. A estrutura a ser impermeabilizada precisa estar limpa, sem partes soltas ou desagregadas. Também deve estar úmida, para facilitar a aderência da argamassa. Eventuais trincas e fissuras precisam ser tratadas previamente. Além disso, quando necessário, recomenda-se executar a regularização com caimento mínimo de 1%, para aplicações externas, e 0,5%, para áreas internas, em direção aos pontos de escoamento de água.

A argamassa polimérica deve ser aplicada sempre em camadas regulares. A quantidade de demãos é definida no projeto de impermeabilização. No momento da execução, é fundamental que o intervalo entre demãos para a cura do produto seja respeitado.

O tripé composto por projeto de impermeabilização, mão de obra qualificada e produto devidamente especificado é o que garante uma impermeabilização segura e durável
Marcos Storte

Em áreas críticas, como no entorno de ralos, cantos, arestas e passagem de tubulações, é imperativa a introdução de tela de poliéster entre camadas de argamassa. Para áreas acima de 25 m², a tela estruturante deve ser aplicada em toda a área da impermeabilização.

“O tripé composto por projeto de impermeabilização, mão de obra qualificada e produto devidamente especificado é o que garante uma impermeabilização segura e durável. Se faltar um desses três elementos, certamente a impermeabilização não atenderá aos objetivos de sustentabilidade e durabilidade”, salienta Marcos Storte.

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Colaboração técnica

 
Marcos Storte — Engenheiro civil com mestrado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). Membro do Instituto Brasileiro do Concreto (Ibracon), é consultor nas áreas de patologia e impermeabilização nas construções e diretor técnico da A2S Engenharia e Perícia.
 
José Miguel Farinha Morgado — Engenheiro civil com MBA em negócios e inovação pela Barry University e pela University of Nevada. É diretor-executivo do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI).