Bombas hidráulicas submersíveis: como escolher o modelo ideal?
Equipamentos servem para o bombeamento contínuo de água limpa para abastecimento ou para transportar água contaminada em locais de construção e escavações imersas. Entenda
As bombas hidráulicas submersíveis são acionadas, geralmente, por um motor hidráulico integrado a um eixo de transmissão e contam com sistema de vedação e rolamentos especiais. (Crédito: Divulgação / Itubombas)
Com uma ampla gama de aplicações, as bombas elétricas submersíveis são bastante utilizadas na drenagem de águas subterrâneas em obras de construção, mineração e saneamento.
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Esses equipamentos, que se caracterizam por poder trabalhar submersos no líquido a ser bombeado, estão presentes em projetos de esgotamento de cavas, dragagem de sólidos com concentração de até 70%, captação de água, rebaixamento de lençol freático, drenagem de subsolo de edifícios e construção de estações elevatórias de esgoto. Bombas submersíveis também são bastante úteis para a limpeza de tanques e, ainda, para a remoção de lamas.
DIFERENCIAIS TÉCNICOS
Geralmente as bombas hidráulicas submersíveis são acionadas por um motor hidráulico integrado a um eixo de transmissão e contam com sistema de vedação e rolamentos especiais.
Grau de confiabilidade e capacidade de bombeamento (vazão em l/s) são alguns aspectos que diferenciam os modelos disponíveis no mercado. Alguns equipamentos são produzidos em ferro fundido, outros em aço inoxidável, mais adequado para o transporte de líquidos corrosivos e abrasivos. Também é possível encontrar versões mais compactas e adaptáveis a espaços confinados ou a aplicações que demandam manuseio facilitado.
O engenheiro Eric Tomin, especialista da Atlas Copco, destaca, no entanto, que o mais importante é entender que há modelos de bombas específicos para drenagem de água limpa e modelos próprios para drenagem de lodo e lama, esses últimos produzidos com recursos para evitar entupimentos.
COMO ESCOLHER?
Ao escolher o modelo mais adequado de bomba hidráulica submersível, é necessário, em primeiro lugar, definir qual a vazão, pressão, regime de trabalho e demais características do fluido que será bombeadoRoberto Horii
“Ao escolher o modelo mais adequado de bomba hidráulica submersível, é necessário, em primeiro lugar, definir qual a vazão, pressão, regime de trabalho e demais características do fluido que será bombeado”, afirma Roberto Horii, engenheiro da Itubombas.
Também é fundamental levar em conta aspectos como comprimento, tipo e diâmetro da tubulação utilizada, além da altura manométrica total. Essa última é calculada a partir da soma da altura de sucção, altura de recalque e perdas de carga.
O dimensionamento do equipamento deve ser preciso. “O superdimensionamento pode gerar impactos como extravasamento, alagamento, alto consumo de energia etc.”, comenta Horii.
Outra consequência de falhas de dimensionamento das bombas hidráulicas é a cavitação, provocada pela ação da hélice na água. “Esse fenômeno gera espaços de vácuo que causam uma redução no rendimento da ação propulsora e o aparecimento de fortes vibrações quando a velocidade da rotação da hélice ultrapassa certo limite, diminuindo a vida útil do equipamento”, explica Tomin.
A cavitação gera espaços de vácuo que causam uma redução no rendimento da ação propulsora e o aparecimento de fortes vibrações quando a velocidade da rotação da hélice ultrapassa certo limite, diminuindo a vida útil do equipamentoEric Tomin
CUIDADOS NA OPERAÇÃO
Características como desempenho e segurança das bombas hidráulicas submersíveis estão diretamente relacionadas a boas práticas na utilização desses equipamentos.
Assim, um primeiro cuidado é seguir as orientações do fabricante e não utilizar a bomba em outros fluidos que não o inicialmente projetado. “Esse tipo de ação demandará propulsão excedente e o equipamento poderá não suportar”, alerta Eric Tomim.
Roberto Horii cita também outras quatro recomendações importantes:
• Não ligar o equipamento fora da água, exceto por alguns instantes, para que o operador verifique o sentido de giro do motor.
• Não ligar o equipamento em uma voltagem incorreta. Isso pode queimar o motor.
• Assegurar que o equipamento seja utilizado na aplicação para a qual ele foi dimensionado.
• Não movimentar o equipamento pelos cabos elétricos.
Com relação à manutenção, o sistema de vedação da bomba pode facilitar a manutenção em maior ou menor grau. Alguns modelos, inclusive, chegam a dispensar manutenções periódicas. As intervenções, nesses casos, ocorrem apenas em caso de avaria.
Por fim, vale privilegiar a aquisição de equipamentos produzidos por empresas com boa reputação no mercado.
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Colaboração técnica
- Roberto Horii – Formado em Engenharia de Produção, é responsável pela área comercial da Itubombas
- Eric Tomin– Engenheiro eletricista pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho. É especialista em geração de energia e drenagem de fluídos nos mercados da indústria, mineração e construção da Atlas Copco