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Borracha líquida impermeabilizante é de fácil aplicação em laje

O produto pode ser utilizado em laje de concreto e em grande número de superfícies, inclusive áreas submersas. Conheça os principais cuidados que devem ser tomados na sua execução

Publicado em: 23/08/2022Atualizado em: 06/11/2023

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Pessoa com pincel na mão pintando chão
(Foto: Shutterstock)

A impermeabilização de lajes e de outras superfícies com borracha líquida tem vida útil superior a 20 anos, de acordo com fabricantes do material. “Essa durabilidade é atingida desde que sejam respeitados os cronogramas de manutenção preventiva e utilização correta da área”, aconselha o engenheiro Gustavo Leite Brito, gerente de Produção, Qualidade e Técnica da Imperlast.

O químico Jair Ferreira, diretor-fundador da Supershield Brasil, orienta que é preciso respeitar a aplicação do produto com reforço estrutural e consumo de 1,5 kg/m². Ele detalha onde o material pode ser empregado: “Desde alvenarias, lajes, cortinas, baldrames e alicerces até áreas molhadas, marquise, muro de arrimo, telhados em concreto, metálicos e de fibrocimento, entre outros”.

O administrador Ricardo Marques, CEO da Imperlast, comenta que a borracha líquida da empresa possui nanotecnologia e aditivos para potencializar a resistência contra os raios UV, tornando-a apta para aplicação em diversas superfícies. Além das lajes e demais superfícies de concreto, ele indica a aplicação em pisos revestidos, telhados de vários materiais, superfícies verticais em geral e estruturas metálicas, entre outras.

Marques destaca que a empresa é “a única fabricante de borracha líquida que possui tecnologia exclusiva para áreas que ficarão constantemente submersas, como piscinas e caixa d’água, sem se deformar, perder resistência ou encardir”.

Borracha líquida proporciona impermeabilização elástica e sem emendas

Vantagens da borracha líquida em lajes

A borracha líquida impermeabilizante é caracterizada pela formação de uma membrana monolítica, sem emendas, moldada in loco, permitindo a estruturação de telas de poliéster e de fibra de vidro.

Extremamente versátil, o material é resistente às intempéries. Fácil de aplicar, pode ser moldado em superfícies com bastante recortes. “Mesmo se surgir algum vazamento ao longo de sua vida útil, a manutenção é simples e prática, podendo ser reparada pontualmente, sem a necessidade de refazer a aplicação em toda a área, como acontece com as tecnologias convencionais”, informa Brito, acrescentando que o diferencial do produto é sua resistência de aderência e de rasgo, superando o exigido pela norma de impermeabilização ABNT NBR 15885:2010. 

Mesmo se surgir algum vazamento ao longo de sua vida útil, a manutenção é simples e prática, podendo ser reparada pontualmente, sem a necessidade de refazer a aplicação em toda a área, como acontece com as tecnologias convencionais
Gustavo Leite Brito

“Para se ter uma ideia da resistência e força da borracha líquida, ela resiste a uma pressão de coluna d’água de 25 metros de altura, o que é bastante coisa”, diz Marques, que complementa: “A tecnologia Imperlast pode ser aplicada diretamente sobre a superfície com problema, dispensando proteção mecânica e evitando a geração de entulho por demolição. O resultado é a redução de custos e uma construção mais sustentável”.

Como aplicar na laje

Ferreira ensina que a aplicação deve ser feita sobre laje de concreto curado, seco e isento de poeira, graxa, óleo ou outros contaminantes. De acordo com Marques, é preciso ainda que a laje esteja regularizada, com inclinação mínima de 2%, sem imperfeições, buracos e protuberâncias. “Se houver presença de trincas e evidências de falha estrutural, o problema deve ser solucionado antes da aplicação”, informa. Detalhes podem ser encontradas na literatura técnica da empresa.

Para se ter uma ideia da resistência e força da borracha líquida, ela resiste a uma pressão de coluna d’água de 25 metros de altura, o que é bastante coisa
Ricardo Marques

A aplicação da borracha líquida impermeabilizante em lajes pode ser mecanizada, com a utilização de equipamento airless para uma execução mais rápida, o que exige mão de obra especializada. Ou, manual, através de rolos de lã e trincha (pincel). “Jamais utilizar rolos de espuma e/ou brocha com nosso produto”, alerta Brito, comentando que qualquer pessoa com cuidado e atenção ao método pode aplicar a borracha líquida e obter sucesso. “No entanto, recomendamos que o serviço seja feito por mão de obra técnica sempre que possível, sobretudo em grandes áreas e locais em que a superfície exija mais atenção”, diz.

Cuidados na execução

O roteiro de cuidados para aplicação em lajes é comum à maioria das borrachas líquidas. Em áreas externas, o profissional deve se certificar que não haverá tempo nublado e chuvoso. “Pois, em hipótese alguma pode ser aplicada em superfícies sujas e úmidas e nem deve ser diluída em água, correndo o risco de perder a sua eficácia”, adverte Jair Ferreira, lembrando que é imprescindível esperar pelo menos duas horas entre cada demão e 72 horas para a secagem completa.

Em hipótese alguma pode ser aplicada em superfícies sujas e úmidas e nem deve ser diluída em água, correndo o risco de perder a sua eficácia
Jair Ferreira

Brito e Marques chamam a atenção para a importância de:
• utilizar o ferramental adequado;
• seguir as instruções sobre manuseio e aplicação do véu de poliéster;
• utilizar o consumo recomendado e sempre aplicar, no mínimo, de três a quatro demãos, evitando demãos muito carregadas de uma só vez;
• respeitar o tempo de cura do material, de maneira que ele atinja sua resistência máxima;
• preparar corretamente o substrato para receber a impermeabilização.

De acordo com os especialistas, em caso de substratos com problemas estruturais, deve-se fazer a correta análise das causas de trincas, movimentações, entre outras patologias.

Colaboração técnica

 
Jair Ferreira – É formado em Química pela Faculdade Fernão Dias Paes (1986) e cursou engenharia civil na Faculdade Anhanguera, não concluindo. Atuou como analista químico, técnico de processos e supervisor de processos RCA Eletronic e supervisor de processos industriais na Sharp do Brasil Eletrônicos. Em 2009, identificando a deficiência no mercado nacional de serviços e produtos no segmento de impermeabilizantes, selantes e isolantes térmicos para telhados, investiu em sua própria empresa, a Supershield Brasil localizada em Nova Odessa (SP).
 
Gustavo Leite Brito – Engenheiro Civil com pós-graduação em Engenharia da Qualidade. Está há três anos à frente do Departamento Técnico da Imperlast, sendo responsável pela elaboração da literatura técnica, gestão de assistências técnicas, controle de qualidade dos produtos, manutenção do Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9001) e suporte à Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos.
 
Ricardo Marques Decorte – Administrador em Comércio Exterior com especializações em Marketing e Mercados e Finanças. Tem 10 anos de experiência na área de Inteligência de Negócio em Multinacionais. É diretor-fundador da Imperlast há quatro anos.