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Caminhão dumper é versátil e melhora a produtividade da obra

Ainda pouco conhecido no Brasil, o caminhão dumper possui modelos com chassi rígido ou articulado e pode ser até 15 vezes mais ágil que um carrinho de mão

Publicado em: 12/02/2015Atualizado em: 16/08/2019

Texto: Redação PE


Há pouco tempo no mercado brasileiro, os dumpers têm conquistado terreno nas obras devido à versatilidade de aplicação. De acordo com especialistas, as vendas desse tipo de tecnologia ainda são relativamente baixas no Brasil devido a uma tradição operacional nos canteiros que muda aos poucos. Equipamentos auxiliares como os dumpers, por exemplo,substituem os carrinhos de mão para dar muito mais produtividade em diversos tipos de operação.


Os dumpers se distinguem dos caminhões comuns por serem normalmente abertos, ou seja, a carga fica a frente do motorista, além do volante girar as rodas traseiras, e não as dianteiras. São utilizados basicamente em obras da construção civil, agricultura, indústria e mineração, para transporte interno de material, inclusive de concreto, entulho e material reciclável.


Os principais modelos de caminhões dumpers disponíveis no Brasil têm tração adequada para todos os tipos de terreno. Esse atributo técnico qualifica o equipamento a enfrentar subidas íngremes, além de facilitar as manobras em declives. Algumas empresas atuam com modelos de chassi rígido, outras preferem os articulados.


Chassi rígido x articulado


Rafael Gillen, especialista em equipamentos da AESA Empilhadeiras, revendedora de dumpers da marca espanhola AUSA, explica as diferenças técnicas entre essas duas configurações. Segundo ele, o chassi rígido oferece um raio de giro maior que o articulado. “Por esse motivo, permite melhor estabilidade na operação com carga total, além de ser um pouco melhor que o articulado em manobras nos declives e terrenos acidentados”.


Por outro lado, os dumpers de chassi articulado têm transmissão hidrostática, ou seja, se superam em durabilidade. “No chassi articulado, o método hidrostático atua com pressão de óleo, o que garante baixa manutenção por não atuar com engrenagem mecânica”, destaca Rafael Gillen.


Produtividade no transporte de material


Além da mobilidade em locais restritos nos canteiros de obras, os caminhões dumpers garantem também rendimento e agilidade operacional. Roberto Fonseca, gerente de marketing da Machbert, empresa que comercializa equipamentos da italiana Dieci, diz que uma única “viagem” do dumper proporciona 15 vezes mais rapidez em comparação com um carrinho de mão convencional.


“Em uma única etapa, eles são muito mais produtivos que um carrinho de mão devido à maior agilidade, baixo consumo e menor esforço dos operários. Além disso, movimenta-se em até 23 km/h, ou seja, duas vezes a velocidade de um ser humano”. Rafael Gillen concorda com Roberto no quesito produtividade e economia de mão de obra e cita uma situação típica que presenciou.


“Num canteiro comum, operários transportavam blocos de concreto e sacos de cimento em um carrinho de mão. Fizemos uma demonstração utilizando o nosso dumper para comprovar a agilidade no canteiro. Resultado? Fizemos em duas horas e apenas com duas pessoas o serviço que eles levam um dia inteiro para realizar”.


Para cada tipo de atividade, as marcas recomendam um tipo de dumper. Por exemplo, para construção civil, o mais completo da AUSA é o modelo D600A, que suporta cargas de 6 mil quilos , considerado ideal para trabalhos em terrenos de difícil acesso e operações severas. O equipamento possui motor Kubota turbinado a diesel e transmissão automática com quatro velocidades à frente e à ré. Os comandos do dumper são feitos por joystick e sua caçamba é giratória.


Para atuação na mineração, a AUSA recomenda o D1000A, que possui as mesmas caraterísticas do modelo para construção civil, mas a capacidade de carga suporta até 10 mil quilos, além de motor turbinado a diesel de 99 cavalos-vapor de potência.



Colaboraram para esta matéria



 

Rafael Gillen– especialista em equipamentos da empresa AESA Empilhadeiras

 

 

Roberto Fonseca– gerente de marketing da Machbert