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Comboios suprem lubrificação dos equipamentos, em longa distância

Se a frota não puder ir até a oficina do canteiro, os comboios vão até as máquinas para atender às suas necessidades de lubrificação e de abastecimento e para garantir a produtividade

Publicado em: 02/09/2014Atualizado em: 13/04/2015

Texto: Redação PE

Os comboios de lubrificação de equipamentos desempenham um papel único em grandes canteiros de obras, em lavras de minério e nas lavouras. Eliminam as distâncias em benefício da manutenção, pois vão até o local onde os equipamentos off road trabalham para suprir as suas necessidades rotineiras de lubrificação e desempenham também a função de verdadeiras oficinas volantes para o abastecimento e a higienização das máquinas, concentrando os componentes essenciais para uma manutenção bem feita.

No Brasil, os comboios de lubrificação, popularmente conhecidos como “melosas”, transportam itens como óleos, graxas, combustíveis, água, compressor de ar e ferramentas de manutenção. Há décadas, eles são tão essenciais nos canteiros quanto os equipamentos que atuam nas obras, já que, sem a correta lubrificação, a frota tem seu desempenho comprometido.

“Trabalhamos para atender às necessidades operacionais e às condições diversas de terrenos para cada segmento, uma vez que, dependendo do local onde está o equipamento a ser lubrificado, são feitos os ajustes devidos para que o comboio consiga chegar com segurança”, informa Rafael Perez, do departamento de marketing da Bozza.

De acordo Perez, os fatores ambientais e físicos propícios de canteiros e lavouras interferem na configuração dos comboios, que variam entre abertos, semiabertos e fechados. “O fator ambiental é um ponto extremamente importante. Os comboios devem ser protegidos de ações climáticas como ventos fortes, chuvas, e da contínua exposição ao sol, uma vez que possuem equipamentos eletrônicos. Também é preciso mantê-los livres dos agentes poluidores/ contaminantes”, diz ele, informando que a Bozza trabalha com máquinas configuradas em diferentes modelos – abertos, semiabertos e fechados.

Nos segmentos da construção, sucroalcooleiro, e nas áreas mineradoras, os comboios blindados, ou fechados, têm maior utilização, por evitar a entrada de agentes contaminantes nos lubrificantes e combustíveis.

Para a Impacto Implementos Rodoviários, os comboios fechados são regra. De acordo com o diretor da empresa, Marco Aurélio de Oliveira, isso acontece por questões de segurança e por ações ambientais. “Desse modo, a empresa se concentra nos modelos fechados e aposta nos diferenciais dos equipamentos, como o tanque central de diesel totalmente independente do restante da estrutura, o que possibilita sua remoção e confere maior flexibilidade ao layout do comboio”, diz.

Acessórios dos comboios e procedimentos com óleo usado

"O fator ambiental é um ponto extremamente importante. Os comboios devem ser protegidos de ações climáticas como ventos fortes, chuvas, e da contínua exposição ao sol, uma vez que possuem equipamentos eletrônicos"

Os acessórios dos comboios de lubrificação desempenham um papel tão importante quando o do layout. As mangueiras e os carretéis de abastecimento, por exemplo, merecem destaque. Há modelos em que os carretéis retráteis são empregados para a vazão tanto de lubrificante quanto de graxa, combustível e água.

As tecnologias de sucção de lubrificantes nos trabalhos de abastecimento do comboio ou na remoção do óleo usado dos equipamentos também chamam atenção. Em algumas marcas, o excedente de ar gerado pela frenagem do caminhão é aproveitado para a sucção do óleo lubrificante, que é fornecido a granel ou em tambor. Trata-se de uma maneira de o comboio se autoabastecer de forma eficiente e com pouco risco de contaminação do lubrificante.

Para a sucção e a transferência de óleo usado, devem ser utilizadas as bombas pneumáticas, mesmo nos modelos de comboios pressurizados. Isso é necessário porque o óleo usado tem uma viscosidade irregular, que limita a ação de pressurização do escoamento.

De acordo com Rafael Perez, da Bozza, existem algumas variáveis conforme as operações de abastecimento e lubrificação na atividade de cada cliente. Geralmente, a necessidade é identificada e, em seguida, é projetada a distribuição dos pontos de abastecimento e dos componentes que precisam de manutenção preventiva ou corretiva.

“O que sempre avaliamos e consideramos são os números de manobras do veículo para chegar ao equipamento a ser abastecido ou lubrificado e o posicionamento das máquinas na operação, a fim de sempre exercê-la no menor tempo possível”, explica ele.

O dimensionamento correto dos comboios otimiza a lubrificação

O engenheiro Júlio César Bachiega de Oliveira, também diretor da Impacto Implementos Rodoviários, ressalta a função da lubrificação. “Efetuada com correção, ela proporciona o acréscimo de 6% no rendimento dos equipamentos, o aumento de 30% na sua vida útil e a diminuição em 56% na necessidade de manutenção. Por si só, esses números comprovam que a lubrificação não pode ser considerada um simples detalhe.”

Ele enfatiza que, para seu correto dimensionamento, os comboios devem ser tidos como unidades móveis para atuação em campo e contemplar diversas possibilidades de movimentação dos fluidos, o que caracteriza os acessórios a serem escolhidos. “Dessa forma, a movimentação pode ser feita por bombas centrífugas, com acionamento pela tomada de força hidráulica do caminhão, com polia e correia dos motores estacionários”, diz Oliveira.

Rafael Perez acrescenta que o dimensionamento precisa ser realizado de acordo com o fluxo operacional do local onde a frota atua e o número de equipamentos a ser abastecidos/ lubrificados em cada frente de trabalho, seja qual for o segmento.

 

Colaboraram para esta matéria

 
Marco Aurélio de Oliveira – diretor da Impacto Implementos Rodoviários
 
 
Rafael Perez – departamento de marketing da Bozza
 
 
Júlio César Bachiega de Oliveira – engenheiro e diretor da Impacto Implementos Rodoviários