Como comprar fitas de LED?
É preciso definir se o material será instalado em áreas internas ou externas e conhecer a temperatura ideal da iluminação para cada ambiente. Confira dicas para fazer uma boa aquisição!
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
(Foto: Shutterstock)
Profissionais da área de iluminação privilegiam as fitas de LED porque elas substituem com vantagens as populares lâmpadas tubulares. “São mais econômicas, diminuem a manutenção e têm maior vida útil. Além disso, são bem mais maleáveis em instalações de projetos arquitetônicos mais complexos, podendo ser aplicadas em áreas externas”, explica a arquiteta e lighting designer Rubia Chedid.
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Onde usar
Internamente, são usadas em sancas e rasgos luminosos, inseridas em perfis de LED, em espelhos luminosos, pendentes decorativos, corrimãos e degraus. “Podemos utilizá-las em qualquer lugar, no teto, paredes e mobiliário, desde que se saiba calcular corretamente sua potência para ficar adequada a cada ambiente”, ensina, lembrando que a escolha depende dos efeitos desejados, de iluminação direta ou indireta.
Na iluminação direta, elas são ideais para destacar algum objeto decorativo ou paredes. “Mas, também, as áreas que necessitam de uma boa iluminação, como bancadas de trabalho e de cozinhas”, explica. Quando a intenção é dar ao ambiente um cenário a meia luz e mais intimista, como o de livings, sala de jantar, recepção e dormitórios, a fita de LED resulta numa iluminação indireta.
Nas fachadas e piscinas
O índice de proteção (IP) do material é fundamental para diferenciar sua instalação em áreas internas ou externas. Refere-se à proteção contra resíduos e água. Assim, o IP 20 é suficiente para instalação dentro de casa, enquanto as áreas externas, como fachadas e piscinas, exigem IP 67 e 68.
Nas piscinas, as fitas de LED são instaladas em todo o perímetro das bordas. Chedid alerta que a iluminação pode apresentar alguns riscos de segurança se não for instalada corretamente. “Por exemplo, risco de choque elétrico se ocorrer vazamento de corrente elétrica na água”, diz.
Além disso, se não for bem projetada, pode haver reflexos na água que dificultam a visibilidade dos nadadores e causar acidentes.
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Modelos disponíveis
Além dos diferentes tipos de proteção (IP 20 / IP67 / IP68), os modelos variam também com as diferentes potências. Entre elas, destacam-se as fitas de LED de 5W/m, 10W/m, 15W/m, 19W/m, 22W/m e 26W/m, entre outras.
As fitas de LED são mais econômicas, diminuem a manutenção e têm maior vida útilRubia Chedid
As temperaturas de cor também são quesitos da especificação e compra: 2700k, 3000k, 4000k e 6500k. Os modelos coloridos incluem azul, verde e vermelho. “O RGB é o que oferece todas as cores, que podem ser alteradas através de apps de celulares”, fala.
Cores mais indicadas
Fitas de LED de temperaturas mais quentes (2700k e 3000k) são indicadas para áreas sociais e de circulação e dormitórios, pois produzem mais aconchego. Os escritórios, cozinhas e áreas de trabalho pedem iluminação com temperaturas neutras (4000k). E, nas áreas hospitalares, a recomendação é instalar LED de 6500k.
Rubia Chedid ressalta que é preciso tomar bastante cuidado com as coloridas. “Para evitar que fique ‘brega’, tosco”, afirma, acrescentando que cores em ambientes residenciais não funcionam. “As cores são mais utilizadas em ambientes corporativos de eventos, festas ou em consultórios. Nas salas de massagem e yoga, utilizamos com a função de cromoterapia”, diz.
As cores são mais utilizadas em ambientes corporativos de eventos, festas ou em consultórios. Nas salas de massagem e yoga, utilizamos com a função de cromoterapiaRubia Chedid
Energia e consumo mensal
Em qualquer projeto de instalação de fita de LED, devem ser previstos pontos de luz tanto no teto, como na parede, espelhos, mobiliários. E, ainda, calcular um driver com a potência correta, para converter sua voltagem em 127V ou 220V. Lembrando que o material é comercializado com 12V, 24V ou bivolt.
“O consumo médio mensal depende da voltagem e da extensão da fita. Por exemplo, se temos dois perfis de LED com comprimento de 2 m com potência de 10W/m em uma sala comercial, o consumo será de cerca de 6.400W/mês”, diz.
Para dimensionar quanto será preciso comprar de fita, basta medir o perímetro linear das áreas onde será instalada.
Vida útil
A fita de LED é prevista para uma vida útil de, em média, 50 mil horas, contando que seja de boa qualidade, afinal não existem recursos para prolongar sua durabilidade. “Daí a importância da escolha de fornecedores que entregam uma boa qualidade em luminosidade (quantidade de lumens), qualidade no IRC (reprodução de cor dos objetos que serão iluminados), garantia e durabilidade da fita”, orienta.
Colaboração técnica
- Rubia Chedid – É Arquiteta e Urbanista e Lighting Designer, formada pelo Centro Universitário de Belas Artes de São Paulo (2005). Especializada em projetos luminotécnicos e produtos de iluminação, trabalhou em empresas e escritórios da área, até abrir sua própria empresa, a In Lucce, em 2016.