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Como comprar rodapés?

Na hora de comprar rodapés, é importante levar em conta fatores como material adequado para cada ambiente, altura do produto e forma de instalação. A seguir, arquitetas dão dicas para você fazer uma boa escolha!

Publicado em: 12/04/2023Atualizado em: 13/04/2023

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

foto de uma pessoa segurando uma espátula e uma tabua com argamassa líquida em cima
(Foto: Verin/Shutterstock)

A compra de rodapés envolve algumas decisões, principalmente em relação ao material, ao tipo de instalação e à altura. Em geral, acompanham o material instalado no piso e estão disponíveis no mercado em madeira, porcelanato, EVA (Etileno Acetato de Vinila), MDF, poliestireno expandido (EPS) e pedras, como granito e mármore.

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Vantagens e desvantagens

Cada produto tem suas vantagens e desvantagens. A arquiteta Marina Carvalho, do escritório que leva seu nome, avalia em seus projetos o material que oferece melhor custo-benefício. “O rodapé em poliestireno expandido vai durar mais tempo sem manutenção”, exemplifica.

O rodapé em poliestireno expandido vai durar mais tempo sem manutenção
Marina Carvalho

A seguir, ela apresenta as vantagens e desvantagens de cada solução:

MaterialVantagemDesvantagem
MDF PreçoDurabilidade 
MadeiraEstéticaPreço
EPSDurabilidadeInstalação
PorcelanatoColocaçãoEstética

Tipos de instalação

A arquiteta Selma Tammaro, titular do escritório Tammaro Arquitetura e Engenharia, fala que o rodapé pode ser instalado de modo convencional ou sobreposto, embutido ou flutuante.

“Como o próprio nome diz, o rodapé convencional é assentado com parafuso e cavilha ou espuma, no caso da madeira. Ou, ainda, pregado. Já os rodapés em EPS e em EVA são colados com cola própria ou argamassa. Quando a escolha for pelas pedras de qualquer tipo, o assentamento se faz com argamassa ou cola própria”, explica Tammaro.

Para instalação do embutido, é preciso descascar a parede para deixar o rodapé faceando. “No caso de residência nova, esse acerto é feito no reboco e emboçamento, já prevendo a espessura necessária para deixar o rodapé embutido”, diz Tammaro. De acordo com Carvalho, é usada cola e fixação com pregos. “A parede em cima tem que estar com enchimento para ficar nivelada com o rodapé”, diz.

O rodapé flutuante ou invertido é aquele que fica para “dentro da parede”. O efeito é de que a parede está flutuando. “Normalmente é feito em alumínio ou na própria massa, ou em madeira. Tem formato de U e a instalação utiliza argamassa”, explica Tammaro.

Como escolher para cada ambiente

Selma Tammaro é categórica: em áreas molhadas é proibido usar rodapés em MDF. “Esse é um material que não aceita umidade de forma nenhuma. A própria madeira também não deve ser usada nesses ambientes.”

Para as áreas externas, vale a escolha de rodapés em pedra, mármore, granito, cimento e todos os materiais que sejam resistente à água. O EVA e o EPS, embora apresentem essa resistência, não devem ser assentados com qualquer tipo de produto que não seja à prova d’água.

Nos ambientes internos e secos, Tammaro defende que qualquer tipo de rodapé é bem aceito.

Altura do rodapé

O rodapé pode variar de altura a critério do profissional contratado. “Porém, não deve ultrapassar os 50 cm, porque aí deixa de ser rodapé para ser definido como rodameio”, diz Tammaro.

A altura não deve ultrapassar os 50 cm, porque aí deixa de ser rodapé para ser definido como rodameio
Selma Tammaro

Se os rodapés serão mais altos ou não, vai depender do estilo da decoração. Para Carvalho, “quanto mais clássico o projeto, mais alto o rodapé”. Tammaro concorda e acrescenta que, em geral, rodapés mais altos são empregados em decoração mais requintada, em ambientes com pé-direito alto. “Isso é opinião minha, porque o cliente pode gostar de rodapés mais altos em decorações minimalistas, por exemplo. Isso é bem relativo”, diz.

Dica:
Na hora da compra, os rodapés devem ser calculados por metro linear, considerando o perímetro do ambiente. A arquiteta Marina Carvalho sugere comprar 10% a mais, para cobrir eventuais perdas.

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Colaboração técnica

Marina Carvalho  – Graduada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, com MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Projetos na Fundação Getúlio Vargas. Acumula cursos complementares como o de técnico de Design de Interiores do Senac. Iniciou sua carreira no Estúdio Penha, e, posteriormente, trabalhou com Arthur Casas, onde ocupou por muitos anos um cargo de coordenadora em uma das maiores incorporadoras da América Latina. Atualmente, a arquiteta trabalha no escritório que leva o seu nome, Marina Carvalho Arquitetura.
Selma Tammaro – É graduada em Arquitetura e Urbanismo, tendo vários cursos de extensão nas áreas de Paisagismo, Edificação e Design de Interiores. Após 40 anos de arquitetura e mais de 500 projetos assinados, é reconhecida por seu estilo leve e contemporâneo, pleno de ousadias que fazem da cor uma extensão natural e harmoniosa dos ambientes. Embora sua demanda maior esteja em São Paulo, Tammaro tem em seu portfólio trabalhos em vários.