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Como instalar placas cimentícias? Confira passo a passo e cuidados

Apesar de simples e rápido, o procedimento demanda cálculos precisos, mão de obra especializada, atenção a ângulos e distâncias nas fixações

Publicado em: 16/02/2018Atualizado em: 16/11/2022

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

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A placa cimentícia pode ser usada como fechamento de estrutura metálica, shaft, parede-diafragma ou detalhe decorativo (Foto: divulgação/Brasilit)

As placas cimentícias podem cumprir variadas funções. Bastante versátil, a solução é utilizada tanto como elemento de fechamento de estruturas metálicas, quanto como detalhe decorativo. “Há também a possibilidade de aplicações técnicas, como shafts e paredes-diafragma”, comenta o arquiteto Gabriel Pontes, gerente de Marketing e Divisão Técnica da Eternit.

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“O produto é indicado para empreendimentos residenciais, comerciais e industriais, sendo muito utilizado, inclusive, em obras de ampliações e reformas”, completa o arquiteto Thiago Dorlhac Kaschny, gerente de Produtos da Brasilit.

A escolha pelo material deve acontecer ainda na etapa de projeto, sendo especificado em conjunto com sistema construtivo que atenda a todas as necessidades da edificação.

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SISTEMAS CONSTRUTIVOS

As placas cimentícias são bastante comuns em obras com Light Steel Framing, solução que não utiliza concreto ou alvenaria. “Ela é composta por perfis leves de aço galvanizado, que, quando integrados, formam a estrutura da edificação”, explica Kaschny. Outra maneira de empregar os painéis é de maneira mista, ou seja, juntamente com outros sistemas construtivos, como madeira, alvenaria, concreto armado ou aço pesado.

A solução é compatível com as construções secas e obras convencionais, com blocos ou tijolos. E apresenta vantagens em relação aos demais produtos disponíveis no mercado. “Por exemplo, o material é capaz de suprir algumas das restrições apresentadas pelo drywall, elemento não indicado para áreas externas ou molhadas”, destaca Pontes.

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PLANEJANDO A INSTALAÇÃO

No momento de planejar a instalação, o ponto de atenção deve estar no projeto estrutural, elaborado por um calculista habilitado e que emita a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica). O profissional precisa garantir a correta distribuição de cargas provenientes dos pavimentos superiores ou, até mesmo, da cobertura da edificação. Essa preocupação é importante, pois as placas não são elementos estruturais, mas sim de fechamento.

“É a estrutura da obra e a correta fixação que garantem a estabilidade do produto aplicado e, consequentemente, a qualidade do acabamento”, informa Pontes. O uso dos painéis em conjunto com o Light Steel Framing resulta em paredes mais finas do que as de alvenaria ou de blocos de concreto. “Assim, haverá interessante ganho de espaço e é fundamental que o projeto arquitetônico saiba aproveitar essa vantagem”, diz Kaschny.

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FERRAMENTAS NECESSÁRIAS

Antes de iniciar o procedimento de instalação, é preciso que o responsável já deixe separadas as ferramentas que utilizará.

Parafusadeira Tesoura (usada no corte dos perfis)
Serra mármore (para corte das placas)
Trena, prumo de face e cordão ou laser (para marcação e nível).
Desempenadeira (para tratamento de juntas)
• Espátula (para tratamento de juntas)
• Agitador de massa (pode ser do modelo acoplável na parafusadeira)

MÃO DE OBRA

É sempre recomendado que o profissional que executará o trabalho seja especializado e tenha experiência nesse tipo de obra. “Assim como para qualquer sistema construtivo, a mão de obra deve ser qualificada”, destaca Pontes. Contar com instaladores preparados é fundamental para garantir a qualidade final da construção.

PASSO A PASSO

O procedimento de instalação é rápido e necessita de prazo muito menor se comparado com as construções tradicionais
Thiago Dorlhac Kaschny

Apesar de necessitar de mão de obra especializada, a instalação das placas cimentícias é bastante simples. “O procedimento é rápido e necessita de prazo muito menor se comparado com as construções tradicionais”, conta Kaschny. Basicamente, o sistema é composto por perfis de aço galvanizado (guias e montantes) que são fixados com uso de parafusos específicos.

“As placas cimentícias são acopladas sobre a estrutura, também utilizando parafusos próprios”, destaca Kaschny. A instalação tem sempre que respeitar o afastamento de 3 a 5 mm entre os painéis. Na sequência, é realizado o tratamento da junta, etapa em que é permitido deixar a placa aparente, mostrando aspecto de cimento, ou então, finalizá-la com pintura, texturas ou revestimento cerâmico.

Nos projetos com placa cimentícia aparente, a recomendação é que seja aplicada uma pintura incolor para proteção da superfície. “Todo processo de construção moderno e tecnológico exige precisão. Por isso, devem ser cumpridas à risca as recomendações do fabricante. Em especial, no que se refere ao vão entre as estruturas, ao distanciamento dos pontos de fixação e aos acabamentos”, recomenda Pontes.

CUIDADOS NA INSTALAÇÃO DE PLACAS CIMENTÍCIAS

Durante a instalação, alguns cuidados precisam ser tomados. Por exemplo, evitar que sejam formados ângulos de 45º entre as fixações dos cantos e vértices das placas. “As distâncias recomendadas são de 5 cm em um sentido e 10 cm no outro”, informa Pontes. Também é importante alternar as linhas de fixação de duas placas localizadas no mesmo montante, assim não são acumulados muitos furos na mesma região, evitando que o perfil fique fragilizado.

A distância de fixação dos parafusos de uma mesma linha, na posição dos montantes, tem que estar sempre entre 20 e 30 cm. “As mesmas medidas devem ser obedecidas nas fixações das linhas de guias”, diz Pontes.

VANTAGENS

Com o procedimento de instalação realizado de maneira satisfatória, o sistema proporciona uma série de vantagens. Entre as principais estão a impermeabilidade, o fato de não ser elemento inflamável e de ter resistência a flexão e intempéries, além de imunidade contra fungos, insetos, roedores e oxidação.

As placas cimentícias trazem também benefícios para a própria obra, com a possibilidade de elaborar cronogramas mais definidos e gerar menos resíduos
Gabriel Pontes


“As placas cimentícias trazem também benefícios para a própria obra, com a possibilidade de elaborar cronogramas mais definidos e gerar menos resíduos”, complementa Pontes. Há, ainda, ganho de área útil e menor sobrecarga nas fundações e lajes — paredes executadas com os painéis podem chegar a 1/10 do peso de estrutura semelhante e construída com a alvenaria tradicional.

A solução ainda proporciona maior facilidade na execução com relação aos demais sistemas da edificação. “A sequência construtiva e os espaços internos existentes entre as estruturas e as placas simplificam a aplicação das instalações elétricas, hidráulicas, de telefonia, entre outros”, ressalta Kaschny. “Se, no futuro, forem necessárias manutenções desses sistemas, as placas cimentícias permitem que o trabalho seja realizado sem a necessidade de quebradeira”, finaliza o especialista.

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Colaboração técnica

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Gabriel Pontes – Arquiteto e Urbanista (Faculdade de Belas Artes de São Paulo) especializado em Sistemas Construtivos desde 2004 com referências nacionais e internacionais. Gerente de Marketing com MBA pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Também responsável pela equipe de Consultores Técnicos da Eternit para o desenvolvimento de mercado e de soluções técnicas para projetos de construções industrializadas de alta tecnologia.
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Thiago Dorlhac Kaschny – Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo e MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Atualmente é Gerente de Produtos Diferenciados na Brasilit, atuando fortemente na linha de Construção Industrializada, Telhas Metálicas e Shingle.