Comparativo de caminhões pesados para construção
Hora de fazer um check list na produtividade da sua frota e conferir o que de melhor o mercado oferece em veículos na faixa de até 40 toneladas
Os caminhões são veículos cuja utilização vai muito além do sistema de transporte de cargas rodoviárias ou do escoamento da economia brasileira. Eles auxiliam os trabalhos com equipamentos para construção em escavação, movimentação e transporte de material para os bota-foras. No setor de mineração, distribuem areia e brita extraídas das pedreiras para as regiões metropolitanas.
O transporte na construção exige, sobretudo, a movimentação de grandes volumes de material com o menor custo possível. Para isso, a simplicidade de funcionamento e a disponibilidade dos equipamentos são elementos essenciais. Além disso, as montadoras estão atentas a itens como ergonomia, sustentabilidade e redução de danos ao meio ambiente.
Ao escolher um caminhão, é preciso pensar em tudo: capacidade de carga, confiabilidade, maior disponibilidade, conforto e segurança para transportar a curtas ou grandes distâncias, em locais sem pavimentação, pistas de cascalho e em mau estado de conservação, com topografia acidentada e muita poeira. Por isso, o motor precisa ser forte o bastante para oferecer o mais elevado torque.
Leque de opções
No segmento da construção, a MAN Latin America conta com o modelo Constellation 26.280 6x4 De acordo com a fabricante, o veículo é indicado para operações fora de estrada e construção civil devido a robustez necessária a essas aplicações. Ele vem equipado com o motor MAN D08 na versão de 280 cavalos e 6 cilindros, que atende às normas de emissão de gases do PROCONVE P-7 graças à tecnologia EGR, que dispensa o uso do aditivo ARLA 32.
Nesse modelo, a transmissão é sincronizada, agregam inovações tecnológicas e de segurança, tornando a condução do veículo mais simples e confortável, melhorando a produtividade, com durabilidade e baixo custo operacional nas mais diversas condições de terreno.
Os caminhões da linha Axor da Mercedes-Benz, com destaque para os modelos 4140 e 4144, são lembrados nos quesitos robustez, resistência, baixo custo de manutenção e durabilidade do trem de força. São acompanhados por novas tecnologias que não estavam incorporadas aos modelos anteriores da linha Axor: vidros e travas elétricas, retrovisores elétricos e ar-condicionado de fábrica.
Esses veículos fazem parte da linha de caminhões extrapesados da Mercedes-Benz, desenvolvida para aplicações fora de estrada. Eles possuem 40 toneladas e são ideais para os setores de mineração e de construção civil pesada devido ao seu desempenho em terrenos mais difíceis e acidentados.
Para essas versões, os eixos traseiros motrizes HD7 e HL7, com bloqueio longitudinal e transversal, têm capacidade de 16 toneladas. Além disso, são equipados com tomada de força para acionamento de báscula. O câmbio é o G-240 ComfortShift, de dezesseis marchas, com um sistema de trambulação, em que o acionamento para troca de marchas é realizado por um conjunto de válvulas eletropenumáticas não existindo ligação mecânica entre o seletor de marchas (alavanca) e o câmbio. Não há mais alavanca de mudança de marcha, e sim um joystick.
Os engates são eletronicamente selecionados e a marcha escolhida é engrenada depois de pressionado o pedal da embreagem. Possui sistema de segurança que protege o motor, a embreagem e a transmissão contra situações extremas de rotação e torque. A marcha engrenada é mostrada no display do painel de instrumentos. Em casos de emergência, é possível o engate da marcha a ré, neutro, segunda e quinta marchas por meio dum botão seletor.
A montadora italiana Iveco, subsidiada pelo Grupo Fiat, conquista cada vez mais popularidade nos canteiros. A empresa disponibiliza para o mercado nacional três modelos extrapesados da linha Iveco Trakker 720 T 42, 380 T 42 e 380 T 38, todos de configuração 6x4, mas com especificações diferentes em relação aos motores.
Todos os modelos têm em comum a robustez do chassi. Para as aplicações do caminhão plataforma no transporte de cana-de-açúcar e madeira e nos setores de mineração e construção, há duas opções de entre-eixos, de 3.500 e 4.500 milímetros. Em ambos os casos, o PBT técnico do produto é de 41 toneladas.
A cabine conta com barra estabilizadora e suspensão com quatro pontos de apoio, o que contribui para suavizar movimentos, melhorar o conforto geral do motorista e do passageiro. No interior, os bancos têm nova padronização e oferecem ao motorista suspensão pneumática de série. O volante pode ser regulado na altura e no alcance. O climatizador de ar é de série e o ar-condicionado é item opcional. O painel tem desenho funcional, com superfícies planas, de fácil limpeza e manutenção.
Já a Scania conta com o modelo G440 CB 6x4, com motor a diesel de seis cilindros em linha com injeção direta de combustível em conformidade com níveis de emissões Proconve Fase P7. É equipado, inclusive, com sistema de injeção PDE com unidades injetoras, cabeçotes individuais, quatro válvulas por cilindro, turbo compressor, intercooler e sistema de tratamento de gases SCR.
Esse veículo possui um sistema de freios totalmente pneumáticos de duplo circuito e ação direta, com circuitos independentes para freios dianteiros e traseiros, de estacionamento e de emergência. O compressor de dois cilindros é montado do lado direito do motor, movido pelas engrenagens de distribuição, lubrificado e arrefecido pelos mesmos sistemas do motor.
O freio de estacionamento é do tipo Spring-Brake (mola acumuladora), com atuação de emergência, ou seja, em caso de falta de ar no sistema, ele pode ser desativado aplicando-se ar comprimido por meio de uma válvula na cabine; já o freio motor automático funciona com interruptor, para ativação e desativação no painel de instrumentos.