Compressores de ar ainda são imprescindíveis na construção
Especialistas garantem: nada substitui a aplicação dessa tecnologia em operações específicas de demolição e pedreiras
Embora não tenham tanto destaque como os equipamentos sobre rodas ou esteiras, os compressores de ar continuam com espaço garantido nos canteiros. Há algum tempo, percebeu-se no mercado certa queda na utilização desse tipo de tecnologia, o que se deve, em parte, à maciça entrada dos martelos hidráulicos acoplados em escavadeiras e retroescavadeiras, “casamento” que há anos rouba a cena nos trabalhos de demolição.
Mas os especialistas são unânimes ao afirmar que uma escavadeira não consegue substituir um compressor nos serviços quando há necessidade ar comprimido, já que o martelo é eficiente apenas na parte bruta de uma obra. Além de mais limitado, pode causar vibrações nas máquinas onde é acoplado, exigindo manutenção em curtos intervalos de tempo e rápida substituição de componentes com vida útil reduzida. Os compressores conquistaram maior popularidade em pedreiras, funcionamento de perfuratrizes, fundações prediais, injeção de concreto, limpeza de asfalto e obras de demolições com martelos hidráulicos.
O setor de construção movimenta duas frentes de negócios no mercado de compressores: a primeira abrange modelos até 90 pcm, destinados a obras de saneamento, pavimentação e reforma de rodovias. O segundo envolve os compressores da classe de 900 pcm, utilizados para desmonte de rocha em projetos de construção e mineração.
Uma frota bem estruturada – especialmente as especializas em aluguel de compressores – dispõem desde modelos de 60 a 1050 pcm, a pressão de 7 bar a 25 bar. Os mais indicados para os trabalhos em pedreiras são os de 900 pcm a 8 bar de pressão, que possuem elevado alcance para trabalhar em área com profundidade de até 23 metros de mina. Para profundidades maiores, como as de fundações de prédios, são utilizados modelos de maior pressão, como os de 900 pcm a 25 bar.
Em atividades como limpeza de asfalto são utilizados compressores com 250 pcm a 8 bar. Nos trabalhos de corte de asfalto, nas obras da Sabesp e Comgás, geralmente são utilizados modelos como 80 pcm a 8 bar.
Tão importante quanto a utilização desses equipamentos é o cuidado necessário com sua estrutura. Ao operar em locais de desnível e com excesso de poeira, o compressor funciona com lubrificação irregular e o pó sufoca os filtros, além de aquecer o radiador. Quando um compressor trabalha em pedreira, por exemplo, fica exposto à grande emissão de pó, sufoca o motor e sofre mais vibrações. Por isso é ideal usar mais lances de mangueira para mantê-lo instalado a uma grande distância da área perfurada, evitando maior exposição.