Conheça as diferenças entre mármore natural e sintético
Com superfícies monolíticas, produto industrializado possui resistência a impactos e a manchas superior em relação à rocha natural. Saiba como comprar
Os mármores sintéticos combinam alta resistência ao impacto e baixa porosidade, proporcionando maior impermeabilidade a manchas em relação ao mármore natural (Foto: Litvinova Oxana/Shutterstock)
O mármore é um dos materiais mais valorizados na arquitetura, em projetos que almejam visual sofisticado e atemporal. Mas o fato de se tratar de uma matéria-prima extraída da natureza, encontrada somente em regiões com atividade vulcânica, levou a indústria ao desenvolvimento dos mármores sintéticos.
Esses materiais reproduzem as tonalidades suaves e a superfície brilhante das rochas naturais. Eles também combinam alta resistência ao impacto e baixa porosidade, proporcionando maior impermeabilidade a manchas em relação ao mármore natural. Há, ainda, vantagens relacionadas à sustentabilidade, já que as rochas sintéticas podem incorporar partículas de mármore que seriam descartadas no meio ambiente pelas pedreiras.
Hoje, o mercado oferece uma ampla variedade de rochas sintéticas, com desempenhos distintos. A maioria delas é produzida com altos teores de pedras naturais como mármore, quartzo e granito, combinadas a resinas aglutinantes.
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Vantagens das rochas sintéticas
O arquiteto Guilherme Torres explica que rochas sintéticas de qualidade possuem diversas vantagens sobre as rochas naturais. “Esses materiais permitem ser trabalhados em uma infinidade de texturas ou em cores perfeitamente uniformes, sem as manchas ou veios que encontramos no granito e no mármore”, comenta ele. “As rochas sintéticas também podem ser esculpidas em qualquer formato, sem nenhuma emenda visível, além de que são ultra resistentes ao impacto e a altas temperaturas”, continua Torres.
“O principal atributo das pedras sintéticas é sua baixa porosidade, que resulta em um material resistente a manchas e com alta durabilidade. Em contrapartida, a repetição e reprodução dos veios é menor”, comenta o arquiteto David Bastos.
“O fato de o mármore sintético proporcionar uma superfície mais homogênea, facilita a realização de eventuais ajustes, que ficam imperceptíveis quando necessários”, acrescenta a arquiteta Camila Giongo, lembrando que as rochas sintéticas apresentam, via de regra, preços menores em comparação às versões naturais.
De modo geral, o mármore sintético pode ser aproveitado em todas as situações que exijam revestimento interno. Mas aplicações muito comuns são em bancadas de cozinha e pias, e em peças de mobiliário. “Nas bancadas de trabalho, em cozinhas, espaço gourmet e área de serviço, as pedras sintéticas resistem melhor ao entrar em contato com a sujeira dos alimentos e produtos de limpeza”, cita o arquiteto David Bastos.
A especificação desse tipo de material deve considerar as exigências de cada aplicação. Isso porque há rochas sintéticas que não são indicadas para uso externo ou em local com forte incidência de raios solares, por exemplo.
Como é feito o mármore sintético?
Diferentes rotas tecnológicas podem ser utilizadas na produção de rochas ornamentais artificiais. A mais comum prevê a mistura de todos os componentes seguida da deposição em uma forma submetida a vibro-compressão a vácuo. O processo leva à compactação e à aglutinação dos elementos agregados. O material é, então, curado, serrado e polido.
Como comprar rochas artificiais?
Ao selecionar um fornecedor de mármore, seja natural ou sintético, é importante adotar alguns cuidados. “Além da reputação e tempo de mercado, deve-se analisar a capacitação e conhecimento técnico da empresa em trabalhar com esses materiais”, cita Guilherme Torres.
“Outros critérios a serem analisados são o prazo de entrega, a qualidade e os acabamentos disponíveis, principalmente de meia esquadria”, adiciona Camila Giongo. Para garantir a procedência e especificações técnicas, uma boa prática é selecionar um produto submetido a ensaios de qualidade realizados por institutos de credibilidade.
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Colaboração técnica
- Guilherme Torres – Arquiteto e designer, é fundador do Studio Guilherme Torres, que tem em seu portfólio mais de trezentos projetos, alguns deles vencedores de prêmios brasileiros e internacionais.
- Camila Giongo – Arquiteta e urbanista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, está à frente de escritório em São Paulo onde desenvolve projetos residenciais e corporativos, incluindo acompanhamento e gerenciamento de obra.
- David Bastos – Arquiteto e urbanista com escritórios em Salvador (BA) e em São Paulo (SP). É autor de projetos residenciais e corporativos no Brasil e em outras localidades, como a costa da África, Suíça, Portugal, Estados Unidos e Peru.