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Conheça métodos para recuperação de pisos de pedras

Aplicação de seladora, repolimento e impermeabilização são algumas soluções

Publicado em: 03/04/2014Atualizado em: 03/12/2019

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Pisos de pedra

Existem várias situações que exigem a recuperação dos pisos de pedras. “Quando as rochas perdem o brilho é necessário polir novamente o material ou então aplicar produtos químicos que devolvem a luminosidade – é o que chamamos de seladora, mas que não proporcionam o mesmo resultado do polimento. Já para tirar manchas e sujeiras, o ideal é usar produtos à base de detergente. Se as manchas forem amareladas – em geral relacionadas ao ferro – a recuperação é mais complicada e deve ser feita por empresa especializada, assim como o repolimento”, explica o geólogo Eduardo Brandau Quitete, pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

Quando as rochas perdem o brilho é necessário polir novamente o material ou então aplicar produtos químicos que devolvem a luminosidade – é o que chamamos de seladora, mas que não proporcionam o mesmo resultado do polimento. Já para tirar manchas e sujeiras, o ideal é usar produtos à base de detergente. Se as manchas forem amareladas – em geral relacionadas ao ferro – a recuperação é mais complicada e deve ser feita por empresa especializada, assim como o repolimento

Outro problema, mas não tão comum, é a descamação do piso. “A pedra fica como se estivesse descascando e perde o brilho. É um problema grave que, normalmente, tem a ver com água, como infiltração e umidade. A água sai do solo, ou da argamassa e substratos e evapora na superfície, cristalizando os sais. Esse problema se chama subeflorescência. Quando acontece, uma das melhores formas de resolver é retirar as pedras e refazer o serviço”, afirma o geólogo.

Serviços mal executados, de acordo com Quitete, também acabam acarretando a necessidade de troca completa da pedra. “No caso da argamassa não ter sido bem feita, a pedra começa a quebrar, o que ocorre normalmente nas quinas. E a melhor maneira de resolver o problema é refazer a colocação, para garantir que não haverá umidade subindo do solo, atravessando o contrapiso, a argamassa, e chegando na rocha novamente”.

 

LIMPEZA E MANUTENÇÃO

De acordo com o geólogo, a melhor maneira de realizar a limpeza das pedras para tentar evitar as manchas é varrendo ou aspirando. E nunca usar ácido muriático porque, em geral, estraga. “Para a maior durabilidade dos pisos é comum o uso de impermeabilizantes. São produtos aplicados na superfície da rocha e que não afetam a estética. Mas antes de passar em todo o piso, é recomendado fazer um teste em uma área menor, restrita, para verificar se o resultado ficou bom”, sugere.

ESCOLHA ASSERTIVA DA ROCHA PODE EVITAR DESGASTES

Na hora de especificar o material é preciso considerar o local de instalação

O granito é a principal pedra utilizada em pisos corporativos e comerciais. “Ele é composto por diferentes tipos de rochas, de grão fino, médio e grosso e cores como cinza, branca, vermelha e marrom. Outro grande grupo de rochas são os mármores. Eles são menos resistentes que os granitos para uso em pisos, por apresentarem um desgaste mais pronunciado”, afirma o geólogo Eduardo Brandau Quitete, pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

Quem determina qual o tipo de piso a ser usado, de acordo com Quitete, é o arquiteto. “O shopping Dom Pedro, em Campinas, possui um espaço onde o piso é de madeira. Se é possível usar esse material, então, com certeza, a opção pelas rochas também é viável. Entretanto, a escolha deve ser feita ciente das consequências. Se o profissional especifica o mármore para um local de alto tráfego, em alguns lugares será necessário preparar o piso e, normalmente, em um ano ele perderá totalmente o brilho. É preciso que o profissional tenha esse conhecimento”, recomenda.

A principal vantagem do mármore é a estética. “As pessoas consideram que o mármore tem aspecto mais nobre. É a única vantagem, porque em todos os outros aspectos o granito é melhor, com maior durabilidade e custo equivalente”, afirma o geólogo. A vida útil dessas pedras depende da maneira como serão usadas. “Em uma residência, o mármore pode durar de dez a 20 anos. Mas se a casa tiver crianças e elas entrarem com areia onde está o piso, esse tempo de vida pode ser reduzido para dois, três anos. E em shopping centers, provavelmente, não durará um ano por causa do tráfego intenso de pessoas. Já o granito pode chegar a cinco anos. Porém, nem todos os mármores e granitos são iguais. Existem padrões estéticos diferentes e composições que tornam a pedra mais frágil ou resistente. No momento da compra é importante que o especificador exija do fornecedor o ensaio do produto, certificando-se de que, realmente, é o mais adequado para aquela situação”, orienta.

Colaborou para esta matéria

Eduardo Brandau Quitete – Mestre em engenharia mineral pela Universidade de São Paulo (USP); graduado em geologia pelo Instituto de Geociências (IGc-USP) em 1991. Em 1993 se formou em gemologia pelo Gemological Institute Of America, GIA, Estados Unidos. Atualmente trabalha no Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) na Pesquisa e Desenvolvimento, Centro de Tecnologia de Obras de Infraestrutura, Laboratório de Materiais de Construção Civil. Linhas de pesquisa: ensaios de caracterização tecnológica de rochas.