Conheça soluções para construir um deck bonito, durável e de baixa manutenção
PVC, cimento e cerâmica são algumas opções para quem quer ‘fugir’ da madeira
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Além do uso da madeira e do cimento para a composição de um deck, o atual aquecimento do mercado levou as empresas do setor a lançarem novas opções de materiais. “Existem decks fabricados a partir de plástico mesclado com serragem de madeira, que utilizam garrafa pet e tubos de pastas de dentes reciclados, e até aqueles feitos com casca de arroz – leve, resistente e bonito –, mas que ainda não estão disponíveis no mercado nacional”, afirma a arquiteta e paisagista Daniela Sedo, responsável pelo escritório Daniela Sedo Paisagismo.
Para a escolha do melhor material, é importante levar em consideração a disponibilidade para manutenção e o local em que será aplicado. “Hoje, muitas pessoas escolhem os materiais da casa, desde revestimento de piso até a cortina, com base na manutenção que o produto requer. Com o deck não é diferente”, explica Daniela.
Para quem não quer se preocupar com isso, o ideal é fugir da madeira – uma boa opção são os de PVC que simulam o material. E para casas de praia e/ou em cidades muito úmidas, como Ubatuba, uma ótima solução é o eco deck – que pode ser de plástico reciclado ou feito com matérias-primas renováveis – e que reage melhor à intensa exposição à chuva e sol.
Quando a opção é madeiraPara quem não abre mão da sofisticação da madeira, a mais recomendada é a itaúba, que pode ser frisada ou lisa, dependendo do uso. “Ela é mais resistente a mudanças climáticas, à chuva e requer manutenção a cada dois anos, no máximo, quando é aconselhável aplicar camadas de impermeabilizantes especiais. A opção da lisa é mais indicada quando se quer criar espaços para deitar e tomar sol. Já a frisada, indico para caminhos ou passagens que demandem melhor aderência”, explica.
Instalação e Manutenção
Hoje, muitas pessoas escolhem os materiais da casa, desde revestimento de piso até a cortina, com base na manutenção que o produto requer. Com o deck não é diferente
Os decks de plástico possuem a mesma instalação do deck de madeira e o ideal é que ela seja feita por um bom marceneiro ou empresa especializada. Para os de madeira, a manutenção requer mais cuidados principalmente em áreas externas. “Dependendo das condições do local, ela pode ser feita a cada seis meses ou até dois anos. É fácil perceber quando está na hora de lixar e envernizar a madeira, pois a superfície fica esbranquiçada e com aspecto envelhecido”, esclarece a arquiteta que ainda aconselha: “Para proteger e aumentar a durabilidade do deck, a sugestão é envernizar. Existem diversas opções de vernizes no mercado, coloridos e incolores, e também com ou sem brilho”. Já os decks de plástico não precisam de cuidados extras.
Para a colocação do deck de cimento e cerâmica, o recomendado é que seja um profissional com experiência, uma vez que será necessário preparar uma base sólida, como um contrapiso para o assentamento. “Esses dois tipos são assentados com argamassa como um porcelanato”, explica a profissional. Para proteger e também dar um ‘toque’ especial aos decks de cimento ou cerâmica, Daniela cita produtos que se assemelham à função do filtro solar. “Eles devem ser aplicados sobre a tinta que cobre o cimento ou a cerâmica. Deixa mais bonito, além de aumentar a vida útil do deck”, afirma.
Relação custo-benefício
Hoje, muitas pessoas escolhem os materiais da casa, desde revestimento de piso até a cortina, com base na manutenção que o produto requer. Com o deck não é diferente
Há pouco tempo o eco deck era mais caro do que a madeira, mas atualmente o valor já é muito similar. “Em alguns casos chega a ser mais barato, devido à sua produção em escala”, explica Daniela. Com valores aproximados, o grande benefício do eco deck é não ter custos adicionais com manutenção. E eles têm ainda o apelo da sustentabilidade.
Especialmente nos decks de cimento e cerâmica, o valor de instalação é maior devido ao preparo exigido para recebê-lo. O de cimento apresenta também mais problemas com a durabilidade da superfície colorida, que desbota e trinca com mais facilidade. Já a cerâmica tem apresentado ótima durabilidade e dispensa manutenção. “Uma dica para quem estiver escolhendo um deck é, preferencialmente, conversar com alguém que já tenha utilizado alguma solução semelhante por mais de dois anos, no mínimo”.
Como a maioria das soluções é nova no mercado, só é possível saber das diferenças de qualidade após o uso, e isso acontece a partir de cinco anos de experiência. “Outra ideia é procurar por empresas que já tenham realizado testes em seus produtos, que comprovem a qualidade e durabilidade prometida”, conclui.
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