Construir piscina em edificação existente é totalmente viável
O projeto é sempre antecedido de estudos, tanto para residência quanto condomínio. O desafio é maior quando se trata de implantar o equipamento na cobertura de edifício
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
(Foto: Shutterstock)
Projetar e construir piscina em edificações existentes exige estudo prévio minucioso da estrutura do condomínio ou da residência. A experiência das arquitetas Claudia Passarini e Vanessa Paiva, sócias no escritório Paiva e Passarini Arquitetura, mostra que são comuns os casos em que o terreno, originalmente, possuía o espaço necessário para comportar a piscina, porém a área acabou se perdendo durante a construção.
“Às vezes, é um desafio, mas nós já trabalhamos com diversos formatos e tamanhos de piscina, adaptando à área disponível. Só não é possível quando não há nenhum recuo. Tivemos situações com terreno estreito, mas ainda assim conseguimos implantar a tão desejada raia”, lembra Passarini. “Ainda que o terreno não seja exatamente plano, existem soluções para trazer um visual elegante, como a borda infinita”, completa Paiva.
Residências x condomínios
O projeto pode se tornar mais complexo se a implantação da piscina for em cobertura de edifício existente. Entre as variáveis consideradas pelas profissionais, o primeiro cuidado é com o peso que a estrutura da piscina e a água exercem sobre a laje.
Se após a realização do estudo for constatado que a estrutura não aguenta a carga extra, uma alternativa é optar por materiais mais leves, como a fibra. Além disso, em condomínios, há a obrigatoriedade de implantação de estrutura com acessibilidade, elemento que se soma ao projeto.
“Quando falamos de casas, o processo é mais fácil, pois o equipamento geralmente ficará localizado no térreo. Basta analisar o melhor local do terreno para inserir a estrutura e o objetivo dos proprietários com a piscina – se é para tomar sol ou praticar esportes. Entendendo isso, o desenvolvimento do projeto é mais fácil”, afirma Paiva.
A etapa de construção de uma piscina em área ocupada pelos moradores gera, necessariamente, algum desconforto. De acordo com Passarini, a melhor maneira de evitar que o transtorno se exceda é procurar se ater ao cronograma da obra, para que ela não dure mais que o necessário. “E ter um gerenciamento minucioso dos insumos e da mão de obra, de maneira que tudo ocorra da forma mais fluida possível”, fala.
Estrutura e impermeabilização
A preparação do espaço que vai receber a piscina vai depender do tipo de material. O vinil, por exemplo, não precisa de nada, o próprio material se molda à abertura no chão, enquanto as construídas em alvenaria ou concreto envolvem obra, materiais e equipe. “Também é preciso atentar à impermeabilização da piscina, para evitar vazamentos”, ressalta Paiva.
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Elétrica e hidráulica
Para levar energia elétrica até os motores da piscina, é preciso prever a tubulação seca e, também, espaço no quadro de distribuição da casa. A tubulação hidráulica é outro fator de atenção do projeto e execução da obra, pois inclui a drenagem da piscina. “Há duas opções: ou a água é desprezada através do ralo ou utilizamos um sistema em que ela retorna para a piscina – solução que exige bombeamento”, diz Paiva.
Aquecimento
As arquitetas mencionam a disponibilidade no mercado de quatro soluções para o aquecimento das piscinas: solar, através de placas fotovoltaicas; trocadores de calor; energia elétrica; e gás. Elas apontam sua preferência pelo sistema solar, que é totalmente sustentável e, também, por ter apenas o custo inicial de aquisição. Ao longo do tempo, o sistema fotovoltaico se paga. “No caso de residências, fazemos a previsão de espaço no telhado para as placas, voltadas para o norte”, conta Passarini.
Faz parte do planejamento a escolha de espaço para a casa de máquinas. “Antigamente, ela era totalmente enterrada, o que resultava na frequente entrada de água no local. Em nossos projetos, alocamos a casa de máquinas nos armários laterais das casas e condomínios”, finalizam.
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Colaboração técnica
- Paiva e Passarini Arquitetura – A parceria entre as profissionais Claudia Passarini e Vanessa Paiva é uma prova de que a sofisticação e a técnica trazem excelentes resultados. O escritório Paiva e Passarini já assinou mais de 600 projetos ao longo de dez anos, tendo como pontos de destaque o atendimento aos clientes e a qualidade técnica dos projetos. A dupla imprime a sofisticação de maneira que atenda às necessidades reais das pessoas, engenhosamente combinando a marca Paiva e Passarini com a expectativa dos clientes para realizar sonhos.