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Critérios de manutenção para máquinas e equipamentos de obra

Na hora de cuidar da manutenção de máquinas e equipamentos, a busca por baixos preços não deve ser o primeiro critério. Segurança e qualidade são prioridades

Publicado em: 22/10/2013Atualizado em: 28/11/2019

Texto: Redação PE

Quando é preciso fazer interferências mais detalhadas de manutenção no equipamento, como substituição ou reforma de algum componente, a busca por preços baixos e orçamentos sedutores coloca, em alguns casos, as empresas em situações embaraçosas. O mercado de locação é atualmente palco para esses dilemas e muitas vezes, optar pelo mais barato acaba saindo caro.

Atualmente, o público consumidor (locadores, proprietários) e os profissionais de manutenção devem estar bem informados sobre a utilização e peculiaridades eletrônicas dos equipamentos, a maioria com tecnologia embarcada que aos poucos veio sendo introduzida nos modelos importados ou fabricados nas plantas brasileiras.

Muitas empresas optam por trocar a máquina com defeito ao invés de substituir alguns componentes. Mas os maiores problemas ocorrem entre pequenas e médias locadoras que não dispõem das mesmas vantagens dos departamentos de rental dos dealers, e não têm musculatura para substituir uma máquina defeituosa com pouco tempo de uso por uma nova.

Os gastos principais em manutenção dos equipamentos de terraplenagem ocorrem após 12 mil horas trabalhadas, para motores, bombas, transmissões e motores hidráulicos. A procura por assistência técnica deve ser criteriosa. Empresas genéricas que fazem todo tipo de serviço em todas as linhas de máquinas não têm credibilidade quanto à segurança e qualidade dos serviços prestados. Neste caso, referências prévias de clientes, procedência e o relacionamento das oficinas com marcas específicas devem ser levadas em consideração.

Aquisição de peças

Os argumentos sobre o que é peça original ou paralela, qualidade certa ou duvidosa, resistência ou fragilidade do material conduzem a todo instante a negociação para equalizar a solução ideal com melhor custo benefício. Porém, a aquisição de peças com durabilidade contestável também pode causar enormes dores de cabeça na manutenção de máquinas. Produtos de má qualidade, logo após o término da garantia, começam a gerar limalha, travamento de engrenagens, rolamentos, desgastes nos eixos, entre outros.

Há várias marcas de boa procedência, mas quem deve fazer o discernimento entre as peças de boa e má qualidade são os distribuidores e lojas revendedoras, que têm de exigir dos fornecedores os certificados de qualidade fornecidos por órgãos regulamentados no Brasil ou no exterior, e não comprar apenas buscando preço baixo.

Curiosamente há muitos fabricantes de peças que não querem ser homologados por montadoras, mas por questões comerciais como margens pequenas de lucro e um comprometimento de exclusividade que muitas vezes não é interessante. O que os especialistas e a grande maioria dos usuários concordam é que a única diferença entre as peças originais e as do mercado paralelo é que enquanto nas primeiras a aferição de qualidade é feita em 100% do lote, nas do paralelo o controle é feito apenas por amostragem.

Fontes: Angelino Carvalho, gerente da Rekom, empresa especializada na recuperação, reforma e reparo de componentes hidráulicos
José Antônio Spinassé, diretor da Satélite Terraplenagem