Cuidados com uso do macaco hidráulico geram resultados confiáveis
Evite problemas como vazamento de óleo e conexões desajustadas seguindo regras básicas de manutenção
Macaco hidráulico tensiona cabo de aço (Divulgação/ WCH - Weiler)
O macaco hidráulico é a principal solução técnica disponível para tensionar as cordoalhas de aço em lajes e pisos de concreto protendido. Valdeci Nunes, diretor da Geobras Pisos Industriais, explica que o uso desse equipamento resulta em rapidez e redução de custos.
“A produção pode chegar a 7500 m por dia, mas nossa meta é 1000 m diários, de modo a proporcionar um melhor acabamento final”, explica. Na construção de pisos com cabos de aço protendidos, os macacos são utilizados na pré-tensão, antes da concretagem, e também na pós-tensão, etapa em que os cabos são novamente puxados após o endurecimento do concreto.
Para garantir a eficiência desse equipamento e obter bons resultados, é preciso tomar algumas precauções básicas. Conheça, a seguir, quais são elas.
CONEXÕES AVERIGUADAS
Um dos problemas mais comuns decorrentes da falta de manutenção apropriada é o vazamento de óleo hidráulico, que, por sua vez, pode causar a instabilidade da pressão manométrica da força instalada no cabo, gerando resultados equivocados dos alongamentos reais. Marcos Onishi, engenheiro da Protende Sistemas e Métodos de Construções, explica que o vazamento pode provocar, ainda, instabilidade ou cravação inadequada dos cabos.
Quando houver probabilidade de vazamento, as conexões do macaco hidráulico precisam ser averiguadas e substituídas. “O equipamento deve ser revisado e utilizado da maneira correta por profissionais bem treinados”, ressalta Onishi.
O profissional também alerta que todo vazamento de óleo deve ser reparado com limpeza, colocação de serragem na área e coleta da parte contaminada. Há casos em que é necessário posicionar um aparador sob a bomba e o macaco, com capacidade maior do que a do tanque de óleo da bomba hidráulica e do pistão de protensão.
CALIBRAÇÃO
Alguns modelos de macaco possuem cravação hidráulica para minimizar perdas de protensão, além de pega traseira com um único pistão e pega intermediária com dois pistões. Antes de iniciar o trabalho, é preciso checar se todos estão funcionando corretamente, além de verificar a calibração do equipamento e as especificações da operação, como capacidade, área do pistão de protensão e curso final, entre outros aspectos.
“É necessário verificar o funcionamento do pistão de cravação, além da integridade e limpeza da superfície das cordoalhas de aço no local da mordedura da garra”, elenca Onishi.
POSICIONAMENTO CORRETO
“Durante o trabalho, o macaco hidráulico precisa estar posicionado corretamente e não pode virar para os lados, sob risco de perder precisão no tensionamento”, recomenda Nunes. Nessa etapa, também é necessário verificar vazamentos de óleo, observar as calibrações nos intervalos de protensão e na carga final.
A eficiência da cravação precisa ser checada logo após ser realizada, assim como a medição das deformações dos cabos nos intervalos determinados e na força final, e após o retorno do pistão de protensão do macaco hidráulico.
ACONDICIONAMENTO
Onishi informa que, ao término do trabalho, o macaco deve ser acondicionado em local apropriado, protegido contra umidade e livre de resíduos de obra. “Os engates devem ser tamponados com tampas próprias para evitar danos à rosca e vazamento de óleo hidráulico”, recomenda, por fim, o profissional.
COLABORAÇÃO TÉCNICA
- Marcos Onishi, engenheiro da Protende Sistemas e Métodos de Construções
- Valdeci Nunes, diretor da Geobras Pisos Industriais