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Dicas para usar multímetros

Equipamento capacita o usuário a dimensionar e confirmar grandezas elétricas em obras, instalações industriais, bancadas ou em trabalhos de manutenção

Publicado em: 03/07/2017

Texto: Redação PE


Alguns multímetros possuem câmera térmica que informa o local de origem de um problema elétrico (Divulgação/ Flir)

Instrumento básico para qualquer trabalho com eletricidade, o multímetro é um equipamento capaz de fazer medições de uma pluralidade de grandezas elétricas, como tensão, corrente, resistência, capacitância, entre outras. Ele contém alguns recursos medidores, como voltímetros, amperímetros, ohmímetro, capacímetro e frequencímetro, indicados para trabalhos nos quais é necessário conhecer os valores das grandezas elétricas em manutenção e reparo de instalações prediais, industriais, na bancada do técnico de manutenção e no laboratório de desenvolvimento de produtos.

Os multímetros também são utilizados por quem atua na geração, transmissão e distribuição de energia e na área elétrica em geral, indispensáveis em laboratórios de eletrônica e indústrias dos mais variados segmentos. Os modelos analógicos estão cada vez mais raros, enquanto os digitais são encontrados nas versões portáteis e de bancada. Alguns modelos possuem câmera térmica que informa através da imagem a origem exata de um problema elétrico, possibilitando solucioná-lo com rapidez.

Não é necessário treinamento para o seu uso, mas é preciso fazer a correta seleção da grandeza a ser medida
Ennio Lima

“Além de medir grandezas elétricas, o equipamento possui um display onde exibe a imagem térmica gerada por sensor infravermelho, mostrando a localização do problema e ajudando a identificar pontos quentes”, descreve Carolina Tomba, do departamento de marketing da Flir. De acordo com ela, esse recurso possibilita inspeção a uma distância segura e sem a necessidade de contato direto com painéis elétricos, cabos e conexões. “Assim que identifica algum problema por meio da imagem térmica, o multímetro pode confirmá-lo utilizando avançadas funções de medição”, explica Tomba.

Ennio Lima, gerente técnico de laboratório de calibração da Instrucamp, distribuidora autorizada da Fluke, acrescenta que a necessidade de maior versatilidade trouxe outros diferenciais tecnológicos aos multímetros. “Os modelos possuem detectores de tensão, função de registro de dados, display iluminado para trabalhos noturnos, entradas para sensores de temperatura, medições de capacitância e frequência, entre outros recursos”, informa. Também é possível estabelecer conectividade com smartphones, tablets e armazenagem em nuvens, permitindo que os relatórios sejam vistos de qualquer lugar do mundo.

UTILIZAÇÃO

O multímetro é de uso simples, mas se o usuário não tiver conhecimentos básicos de eletricidade, o instrumento não será efetivo. “A falta de conhecimento básico em eletricidade pode resultar em acidente, principalmente se o equipamento for utilizado em locais ou situações inapropriadas”, salienta Carolina Tomba, da Flir.

Lima adverte que os multímetros sejam utilizados apenas por profissionais da área elétrica ou por pessoas capacitadas. “Não é necessário treinamento para o seu uso, mas é preciso fazer a correta seleção da grandeza a ser medida. A calibração deve ser realizada em intervalos preestabelecidos para conservação e garantia da qualidade metrológica dos instrumentos”, recomenda.

Esse procedimento se estende a todos os instrumentos de medição, que devem ser periodicamente enviados para um laboratório pertencente à Rede Brasileira de Calibração (RBC) do Inmetro – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia –, ou com rastreabilidade conhecida.

CUIDADOS BÁSICOS

Felipe Aleixo, analista de marketing da Instrucamp, distribuidora autorizada da Fluke, destaca que, além de o usuário precisar saber utilizar e extrair as informações do multímetro, ele precisa atentar para alguns pontos, como: seleção adequada da grandeza elétrica a ser medida, utilização da escala apropriada, além dos cuidados básicos como evitar quedas, impactos e garantir que não haja contato com umidade excessiva ou contato acidental com líquidos. “Essas precauções evitam acidentes e ajudam na conservação dos instrumentos”, acrescenta.

Além de medir grandezas elétricas, o equipamento possui um display onde exibe a imagem térmica gerada por sensor infravermelho, mostrando a localização do problema e ajudando a identificar pontos quentes
Carolina Tomba

Carolina Tomba cita outros pontos relevantes, como averiguar se o sistema de proteção do instrumento (fusíveis) está presente e funcionando; certificar-se de que as pontas de prova ou cabos de conexão estão em perfeitas condições de uso; e se o multímetro se apresenta em estado, sem danos aparentes, nem rachaduras na carcaça. “A escala escolhida deve estar de acordo com a ligação efetuada. Um erro nessa hora poderá resultar em acidente”, reforça.

COLABORAÇÃO TÉCNICA

Carolina Tomba, do departamento de marketing da Flir
Ennio Lima, gerente técnico de laboratório de calibração da Instrucamp, distribuidora autorizada da Fluke
Felipe Aleixo, analista de marketing da Instrucamp, distribuidora autorizada da Fluke