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Empreender é preciso... temer não é preciso

A nova era de empreendedores chegou e dita o ritmo da dinâmica no mercado. Em tempos de ascensão da internet, agir rápido é mais do que necessário

Publicado em: 02/12/2013Atualizado em: 03/12/2013

Texto: Redação PE

Uma estrofe da poesia “Navegar é Preciso” do imortal Fernando Pessoa dizia assim: “Viver não é necessário; o que é necessário é criar. Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo”. O que o poeta português não imaginava como essas palavras poderiam fazer tanto sentido em pleno século XXI e talvez inspirar um conceito contemporâneo aplicado no universo empresarial: o empreendedorismo.

Hoje, o assunto é tema de vários best sellers expostos nas livrarias do mundo inteiro por desmistificar as características e trajetórias de nomes bem sucedidos, colocando-os no patamar de “rock stars” do universo coorporativo. Em suma, a abordagem sobre este tema chega ao público como uma grande e rentável ‘receita de bolo’ para o sucesso. Consequência talvez da tendência da sociedade moderna de consumir produtos e conceitos pré-fabricados com finais felizes.

Quando se trata de negócios, não é tão simples assim. Não existe uma fórmula, receita, ou mesmo, um "gene do empreendedorismo" embutido no ser humano que automaticamente se adapte a sociedade moderna. Mas o que de fato compõe uma mentalidade empreendedora? Os caminhos para fazer a diferença são intuitivos e a estratégia não está em segundo plano.

Conhecer a necessidade de cada pessoa é a semente para empreender e exige faro, sensibilidade estratégica e um alto grau de percepção. Mas com o dinamismo do mercado e a ascensão da internet, é preciso agir rápido e pensar menos.

“Um dos principais atributos do empreendedor é identificar oportunidades, agarrá-las e buscar os recursos para transformá-las em negócio lucrativo. Mas o medo do fracasso, perfeccionismo, lentidão de análise, preguiça mental são fatores que bloqueiam nosso caminho e são um estorvo para que coloquemos os planos em prática. As pessoas são resistentes por natureza, especialmente às novas ideias”, ressalta Rogério Madureira, consultor de gestão e vendas da empresa ATIPICO que já angariou clientes como Terra Networks, Volkswagen, Unisys, Accenture, Grupo Abril, Magazine Luiza, Bondfaro, Par-Perfeito, entre outros.

Lançar-se no desafio de empreender, seja lá no que for, requer astúcia, estratégia, um pé no chão e a cabeça sempre funcionando como um radar. Ao colocar um negócio em prática pela primeira vez, a sensação é semelhante a do nascimento do primeiro filho. É natural experimentar emoções como ansiedade, alegria, pânico, confusão e alguns enganos são quase que inevitáveis.

Assim são os empreendedores - pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular para quebrar barreiras, correr riscos, criar e dar um sentido maior pra vida sem medir forças para a concretização de um sonho. Não importa o tamanho desse sonho e quanto vai ganhar com isso.

Os sete “pecados capitais" do empreendedorismo, segundo Rogério Madureira

1) Gastar antes de saber exatamente como ganhar

2) Querer “vender” antes de se certificar com precisão, aquilo que as pessoas querem comprar e o que estão dispostas a gastar.

3) Utilizar a propaganda e divulgação na mídia impressa como as únicas soluções para apagar os “incêndios” de má gestão bem como impulsionar o aumento de vendas

4) Iludir-se com a visitação ou visualizações no site do seu negócio e achar que isso resolverá as baixas demandas

5) Colocar o próprio umbigo em primeiro lugar em vez dos interesses do cliente

6) Esquecer-se de que empresas são feitas de pessoas e que negócios são feitos entre pessoas e não entre empresas

7) Menosprezar a própria saúde física, mental e espiritual em detrimento do trabalho


Fonte: Rogério Madureira - consultor (de Negócios, Vendas e Posicionamento no Google) e escritor