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Escadas de madeira dão liberdade arquitetônica aos projetos

Versáteis, essas escadas são desenhadas em vários formatos. Além disso, a madeira é um material nobre, resistente e que valoriza residências ou escritórios

Publicado em: 16/09/2015Atualizado em: 14/01/2021

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket


Escada de madeira da Casa HAZP, projetada pelo Frederico Zanelato Arquitetos (Foto: Pedro Abude).
Por ser um material nobre, acaba se transformando em um item de decoração, enriquecendo o ambiente
Manoela Piton

Escadas de madeira já estiveram em alta há, aproximadamente, duas décadas. Hoje não são a primeira opção de muitos arquitetos pela necessidade de mão de obra especializada, afinal, nem todo mundo tem um excelente marceneiro por perto. Soma-se a isso, o custo elevado – que vai na contramão do desejo da maioria dos clientes.

Há, entretanto, algumas razões para se considerar a madeira na execução de escadas para ambientes internos. A estética que ela confere aos projetos é marcante. “Por ser um material nobre, acaba se transformando em um item de decoração, enriquecendo o ambiente”, afirma Manoela Piton, arquiteta do escritório Piton Arquitetura.

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Edifício residencial Città Giardino, do Sito Arquitetura.
(Foto: Jomar Bragança)

A madeira resiste bem aos esforços de tração, compressão, torção e cisalhamento. E agrega conforto térmico aos ambientes. Além de nobre e resistente, é muito durável. “Se explorada racional e corretamente, é uma fonte renovável e também reaproveitável”, observa a arquiteta Fernanda Galina da Concept Arquitetura & Engenharia.

As escadas de madeira também são muito versáteis, pois, podem ser construídas em diversos formatos. “Podem ser desenhadas retas, em “L”, em “U”, caracol... Isso nos dá liberdade para projetar”, explica Manoela.



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DESVANTAGENS

A madeira de demolição confere visual rústico aos ambientes. (...) Madeiras com texturas mais lisas e sóbrias, combinadas com outros materiais como aço, vidro e concreto, proporcionam um resultado mais sofisticado e moderno
Fernanda Galina

Diferentemente das escadas em alvenaria, revestidas em pedra, as escadas de madeira demandam manutenção periódica. Com o tempo, o material se desgasta e requer a aplicação de um verniz para preservar sua vida útil.

Trata-se, também, de um material sujeito a ações externas, como clima (variação da umidade) e a ataques biológicos de insetos xilófagos, bactérias, fungos e cupins. Além disso, a madeira é altamente combustível, pode ser danificada em contato com água e tende a se contrair e expandir quando há variações de temperatura – tornando-se vulnerável a rachaduras.

A construção da escada de madeira exige, ainda, mão de obra especializada de um marceneiro, não podendo ser realizada pelo próprio pedreiro. “Isso evita desperdício de material e proporciona degraus firmes, nivelados e do mesmo tamanho”, afirma Fernanda.

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Projeto residencial Terra Vista Trancoso, do SQ+
Arquitetos Associados (Foto: Xico Diniz)

ESTILOS

A variedade nos tipos de madeira – com cores e texturas diferentes – associada à criatividade do arquiteto permite inúmeras composições, fazendo com que a escada dialogue muito bem com diferentes elementos de decoração. Sua utilização pode conferir tradição, rusticidade ou modernidade ao ambiente – conforme o acabamento utilizado. “A madeira de demolição tem visual mais rústico. Materiais com texturas mais lisas e sóbrias, combinadas com outros materiais como aço, vidro e concreto, proporcionam um resultado mais sofisticado e moderno”, diz Fernanda.

O desenho também influencia no estilo da decoração. “Se for trabalhada com linhas retas e engastada na parede traz um ar mais contemporâneo; se tiver degraus e corrimão boleado, é um exemplo clássico; com toras de textura mais natural, a escada fica mais rústica”, explica Manoela.

Mais projetos com escadas de madeira:

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Projeto corporativo Rexam Beverage Can, dos escritórios Mareines + Patalano Arquitetura e Ricardo Behrens Arquitetura (Foto: Leonardo Finotti).
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Da esquerda para direita: Hotel Spa NauRoyal, do escritório GCP (Foto: Nelson Kon); e Livraria Cultura de São Paulo,
projetada pelo studio mk27 (Foto:  Fernando Guerra).

Quer ver mais projetos? Acesse a Galeria da Arquitetura, o maior acervo nacional de imagens e informações sobre as realizações da arquitetura brasileira.

Colaboraram para esta matéria

Manoela-Piton
Manoela Piton – é arquiteta formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCAMP), com curso de decoração Marchand'Art. Em 2007, estudou arquitetura na Universidad Politecnica de Valencia (UPV), na Espanha. Depois de passagens por escritórios de arquitetura na região de Campinas, mudou-se para São Paulo e criou, em 2012, seu próprio escritório, o Piton Arquitetura, especializado em layouts corporativos, residenciais e de interiores.
 
Fernanda Galina – é arquiteta formada pela Universidade Paulista (UNIP), em 2003, com especialização em Projetos Sustentáveis pela FUPAM, em 2009. Após trabalhar em escritórios de arquitetura da região de Campinas, trabalhou no escritório AD Arquitetura, do arquiteto Alcindo Dell’Agnese e Associados, em São Paulo, onde coordenou projetos da área de Logística e Indústrias. Desde 2010, atua em seu escritório próprio, o Concept Arquitetura & Engenharia, com ênfase em projetos residenciais.