Fixa ou móvel, britagem é opção eficiente para cada tipo de desafio
A ampla utilização da brita no setor da construção promete aquecer a indústria de equipamentos de britagem
Para entender a maneira como a brita é produzida é preciso saber que a instalação do equipamento pode ser fixa ou móvel. A britagem fixa é utilizada quando o empreendedor se propõe a permanecer no mesmo local por um longo tempo – 10 ou 20 anos, por exemplo. Dessa forma, os gastos com obras civis são diluídos ao longo desse período. Já a britagem móvel é indicada para períodos curtos de operação, em que haja necessidade de constantes transferências de local de operação, como obras de construção de rodovias, usinas hidrelétricas, e barragens, entre outras.
“A tendência do mercado brasileiro é que haja um crescimento de plantas móveis e isso já é observado através do incremento das vendas das instalações móveis", informa Walter Ananias, com a experiência de quem gerencia a venda de equipamentos de construção da Metso Brasil. Em sua avaliação, isso se explica pelo fato de a base instalada ser composta por plantas fixas de médio/ grande porte, localizadas próximas aos grandes centros consumidores.
Já as instalações móveis produzem brita ao lado das obras, reduzindo o custo de transporte. “É bom saber que as plantas móveis trabalham, geralmente, sob concessão local e provisória. Muitas vezes a legislação é falha em todos os quesitos ambientais para liberação de funcionamento de conjuntos móveis e toda a estrutura de uma planta de britagem”, ressalta Walter. Isso vale para transporte, detonação de rocha, entre outros processos.
A Metso Brasil produz equipamentos móveis sobre pneus destinados ao mercado sul-americano e oferece linhas móveis distintas para cada aplicação e mercado: “A produção está em sintonia com o mercado internacional em termos de modelos e tamanhos. Cada país tem suas normas de trânsito e limitações de transporte, de acordo com suas estradas. E isso implica em adaptações e ajustes a essas questões".
Maior mobilidade dos equipamentos de britagem
O desenvolvimento de conjuntos de britagem e peneiramento sobre esteiras mudou o conceito desta operação na produção de agregados, na reciclagem e no auxilio às plantas de mineração. A análise é do engenheiro mecânico Luiz Naves, gerente de produtos da Sandvik Construction, ao esclarecer que tais conjuntos utilizam britadores e peneiras do mesmo porte dos empregados em plantas semi-móveis e fixas, trazendo novas soluções e benefícios.Os conjuntos móveis são autopropelidos – com motores diesel – e montados sobre esteiras, o que possibilita a movimentação em terrenos agressivos e com pedregulhos, podendo deslocar em rampas. Não é necessária nenhuma obra civil para sua instalação. “E ainda podem, opcionalmente, ser oferecidos com balanças, detector de metais, extensão de tremonha, revestimentos, proteção da correia, sistema de aspersão de água, sistema de lubrificação automático etc”, sugere Naves.Tecnologia para transformação da brita
O conjunto de britagem primária é composto de alimentador vibratório, britador de mandíbulas ou impacto e correia transportadora de saída e produto lateral. O conjunto móvel de britagem secundário é formado por alimentador de correia, britador hydrocone, ou de Impacto, e transportador de correia. Já o conjunto móvel de peneiramento e constituído por alimentador de correia, ou sapatas, peneira vibratória e transportadoras de produto e retorno.
O gerente da Sandvik garante que a marca oferece produtos que obedecem as normas internacionais de meio ambiente: ”Os modelos são de última geração, com alta tecnologia agregada, como automação, eletrônica, hidráulica. Estamos sempre lançando novos produtos ou introduzindo melhorias tecnológicas nos equipamentos já existentes”.