O que é Forro de PVC?
Utilizado para revestir, vedar e dar acabamento, é indicado para reformas e projetos comerciais, residenciais e industriais
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Na reforma de casa ou em construções de plataformas de petróleo: o forro de PVC possui um amplo leque de aplicação e marca presença em projetos comerciais, industriais e residenciais. É utilizado para revestir, vedar e dar acabamento em paredes e tetos — além de ocultar redes e estruturas.
Para Djalma Alves, tecnólogo em polímeros e técnico de processos na empresa Bericap, o forro de PVC atende múltiplas necessidades e é crucial em reformas. “É muito usado nessas obras devido à sua praticidade, menor tempo de execução e sistema de operação. O fator econômico e a durabilidade também são determinantes para sua escolha”, afirma.
Luiz Eduardo Ros de Faria, especialista em gestão estratégica em negócios, aponta que, independente do empreendimento, existem três principais vantagens: redução de custos, redução de resíduos na obra e leveza do conjunto após a montagem.
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É 100% reciclável e colabora com a redução de resíduos no pós-obraLuiz Eduardo Ros de Faria
DURÁVEL E RECICLÁVEL
O forro de PVC possui alta durabilidade, já que a matéria-prima Policloreto de Vinila — mais conhecida pela sigla PVC — tem um longo ciclo de vida. “Existem forros aplicados há mais de 20 anos em perfeitas condições”, destaca Alves. O tecnólogo também explica que o produto é sustentável. “O PVC tem 43% de dependência do petróleo. Os outros 57% são provenientes do cloro obtido do sal marinho, recurso renovável na natureza”. “Além disso, é 100% reciclável e colabora com a redução de resíduos no pós-obra”, completa Faria.
O material não propaga chamas e nem é atacado por pragas. Diferencia-se, também, pela resistência à umidade e leveza.
Apesar de todos os benefícios, o produto pode não ser a melhor escolha quando o assunto é isolamento térmico e acústico. “Para aplicações que necessitem de grandes reduções de ruídos ou isolamentos térmicos, isolantes específicos devem ser utilizados”, afirma Alves.
RÉGUAS OU PLACAS MODULARES
O forro de PVC é produzido em réguas ou em placas modulares. Pode ser adquirido em diversas cores — branco, branco-gelo, cinza, bege, marfim e marrom —, e texturas — as mais comuns são lisas, frisadas e caneladas. Também possui diferentes dimensões, com larguras que variam entre 100, 150, 200 e 300 mm e comprimentos de 4 a 7 metros.
Na hora de especificar o forro de PVC o projetista deve levar em conta os tipos (modulares e réguas), as opções de acabamento do produto e as dimensões disponíveis. Cada tipo de empreendimento ditará as melhores alternativas. O comprador também deve ficar atento às normas técnicas. “É importante salientar que, ao adquirir os forros, seja observado se o fabricante participa do PBQP-H (Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat) e se o produto é fabricado de acordo com as normas,” recomenda Faria.
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CONTROLE DE QUALIDADE
A qualidade dos forros é tratada pela NBR 14285-1, que estabelece exigências e requisitos de desempenho para os forros de PVC rígido. A norma considera apenas os forros instalados em edifícios comerciais ou residenciais que desempenham funções de acabamento interno do teto ou de ocultamento de redes e de estruturas do telhado. Além disso, os forros devem estar protegidos contra a ação direta do intemperismo.
É muito usado em reformas devido à sua praticidade, menor tempo de execução e sistema de operação. O fator econômico e a durabilidade também são determinantes para sua escolhaDjalma Alves
INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO
Durante a instalação do forro de PVC é necessário seguir corretamente as instruções de montagem do fabricante para garantir que não haja irregularidades na estrutura de sustentação. “Deve-se evitar impactos mecânicos e o contato com solvente”, adverte Alves. A limpeza não requer nenhum produto especial, podendo ser feita com água e sabão ou detergente neutro.
A temperatura de amolecimento do PVC é 69°C. Portanto, o forro deve ser mantido em temperatura ambiente. Se for ficar exposto à luz — como em postos de combustíveis —, deve ter proteção UV.
Colaboraram para esta matéria

- Djalma Alves da Silva – Graduado em Tecnologia de Polímeros e Processos de Produção Mecânica pela FATEC-SO e Técnico em Plástico pelo Colégio Técnico da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Exerce o cargo de Técnico de Processos na empresa Bericap do Brasil. Atuou como Coordenador de Qualidade e Instrutor de Treinamento na empresa Bericap do Brasil e Colégio Técnico Santos Dumont. Trabalha na indústria de transformação de material plástico há 20 anos.

- Luiz Eduardo Ros de Faria – Formado em Administração de Empresas e especializado em Gestão Estratégica em Negócios.

