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Forro de PVC ganha espaço na arquitetura

Propriedades especiais, beleza, facilidade de limpeza e instalação.

Publicado em: 15/09/2008

Texto: Redação AECweb

Propriedades especiais, beleza, facilidade de limpeza e instalação. Conheça mais sobre as características e usos dos Forros de PVC 

Policloreto de Vinila. O nome pode soar estranho, mas a sua sigla é bem conhecida: PVC, um dos materiais mais versáteis disponíveis no mercado. Sempre presente nas conversas de arquitetos, engenheiros e designers da construção civil, o PVC é produzido a partir de 57% de Cloro, proveniente do sal marinho, e 43% de etileno, proveniente do petróleo. Esta participação do petróleo pode diminuir ainda mais, pois já existem projetos como o da Solvey Indupa, que produzirá a resina do PVC a partir do etanol vindo da cana-de-açúcar, em sua unidade localizada na cidade de Santo André no ABC paulista.  O PVC pode ser formulado de maneira a fabricar produtos transparentes ou opacos, coloridos ou brancos, rígidos ou flexíveis. Por tudo isso, o material é uma boa opção para os mais diversos projetos.

Como características, o PVC é isolante térmico e acústico, auto-extinguível, resistente às intempéries e aos vapores químicos. Os produtos provenientes desse material podem apresentar variadas texturas, além da facilidade de limpeza. 100% reciclável, o PVC também apresenta compatibilidade com os materiais da construção civil, tais como cal, cimento, rejunte.

O FORRO DE PVC
Os Forros de PVC foram introduzidos nos anos 60, mas seu uso se destacou mesmo nos postos de gasolina, há mais de 10 anos. Porém, graças às suas propriedades técnicas, beleza e facilidade de instalação e limpeza, seu uso estendeu-se às residências, bancos, escolas, supermercados, igrejas, centros de distribuição e academias. Além de trazerem conforto e segurança, os forros de PVC produzem economia de energia elétrica estimada em aproximadamente 5% com relação ao consumo tradicional de uma residência.

Um exemplo da utilização dos forros de PVC, além dos postos de gasolina, acontece no escritório de Arquitetura "Barbosa & Corbucci", representado pelo arquiteto Jupira Corbucci - especializado em empreendimentos industriais. Corbucci inspirou-se na utilização dos forros em postos de gasolina para utilizá-los em suas obras. Com essa iniciativa, grandes centros de distribuição, a sede dos Correios, bancos e academias passaram a usar os forros de PVC. Nas palavras do arquiteto: "O resultado é bom porque a coloração, pequena quantidade de aparas gerada na instalação, durabilidade, acabamento e custo final obtidos com o material são as principais características desejadas pelo arquiteto e pelo proprietário da obra".

Fabricados pelo processo de extrusão, os forros podem se apresentar com variadas dimensões sob a forma linear ou placas modulares, com variabilidade de relevos e acabamentos, o que possibilita um grande leque de opções para os clientes. Por não ter função estrutural, esses forros necessitam da instalação de um suporte de onde são fixados.

O CONTROLE DE QUALIDADE DOS FORROS
Devido ao crescimento constante e expressivo no mercado, as empresas produtoras concluíram que havia necessidade da elaboração de Normas Técnicas que assegurem a padronização e a manutenção da qualidade. Por isso, a partir de 1995 foi desenvolvido o "Programa de Garantia da Qualidade de Componentes - setorial forro" onde os itens de avaliação são realizados em laboratórios credenciados. Neles são analisados: estabilidade dimensional, resistência ao impacto, teor de cinzas, estabilidade ao aspecto e ao calor, planicidade e marcação indelével.

O mercado de forros de PVC ficou bem melhor estruturado do que há alguns anos. A qualidade dos forros é estabelecida pela norma NBR 14285 que trata basicamente das propriedades da resina e do composto de PVC rígido, do perfil acabado e demais características necessárias ao bom desempenho do forro. Os testes buscam identificar eventuais não conformidades que possam vir a afetar as instalações e a garantir aos consumidores.

Os Programas de Garantia da Qualidade - PGQs, são mantidos pelas empresas dos diferentes setoriais da cadeia do PVC junto ao CEDIPLAC - centro de documentação e desenvolvimento de tecnologias em plástico para a construção civil – que de caráter privado e sem fins lucrativos, atua através de seus programas setoriais.

É também uma antecâmara normativa do subcomitê de construção civil da ABNT (CB 02), onde são discutidas e propostas as normas que envolvam plástico na construção civil.