Forros de madeira proporcionam acústica e design elegante aos ambientes
Indicados para residências e espaços corporativos, têm fácil instalação, variedade de matérias-primas e formatos diferenciados
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Forros de madeira são revestimentos bem-vindos tanto em residências quanto em ambientes corporativos. Alguns modelos oferecem conforto acústico e design diferenciado e, em geral, eles facilitam as instalações elétricas e luminotécnicas.
Nos últimos tempos os forros de madeira têm sido muito requisitados. “A procura tem aumentado devido ao design aliado às propriedades acústicas. Além do sistema de instalação que é fácil de aplicar e remover”, diz Fernando Caldeira, analista de marketing da empresa OWA, fabricante da linha de forros Nexacustic. Planejá-lo durante o projeto é a melhor maneira de evitar possíveis erros e transtornos.
TIPOS
Forros de madeira podem ser fabricados com diversos tipos de madeira. As mais comuns para uso residencial são: Pinus, Cedro, OSB, Perobinha, Cumaru, Jatobá e Ipê. “Essas são as mais indicadas pelas suas propriedades de densidade e facilidade de secagem. Já a Imbuia, Jacarandá, Ipê e Peroba-rosa são resistentes aos cupins. Elas variam as texturas e as cores”, diz Italo Priore, arquiteto, da IBD Arquitetura e Interiores, de São Paulo.
O controle de umidade do ambiente faz toda diferençaClarissa B. Correia
O produto é encontrado também em MDF (Medium Density Fiberboard ou chapa de fibra de madeira de média densidade) mas, nesse caso, é indicado somente para uso corporativo. “Nosso produto é feito em MDF, revestido com melamina amadeirada, podendo também ser laqueado. Existe o MDF Standard que possui um retardante a chamas, ou seja, impede a queima do produto por determinado tempo. Já o MDF ignífugo não pega fogo”, ressalta Fernando.
Outra opção é o MDP, feito a partir de aglomerados de madeira e com custo inferior. Essa opção é porosa e absorve mais umidade comparada ao MDF. Sendo assim, deteriora mais rápido. “Mas as duas são ecologicamente corretas”, completa Italo.
Quem prefere um estilo mais rústico pode optar pelos forros de bambu ou fibra de bambu. “Eles apresentam bom isolamento acústico e são considerados ecológicos. Ficam prontos em três anos após o plantio. Normalmente são usados em áreas externas ou em ambientes temáticos como, por exemplo, um restaurante Japonês”, diz Italo.
FORMAS VARIADAS
Desde ripas simples até o mais conceituado formato. O forro em MDF, por exemplo, traz algumas variações – pode ter a superfície lisa, frisada, perfurada ou ranhurada. É encontrado em duas medidas: réguas de 2740 x 160 mm ou placas quadradas de 625 X 625 mm. Além do teto, podem ser usados como revestimento nas paredes. Mas não são feitos sob medida, já que as réguas e placas são padronizadas de fábrica. “Todos são indicados para espaços que necessitam de qualidade acústica ou apenas para atender a criação de um design diferenciado. Cada forro tem um desempenho acústico, além da estética”, completa Fernando. A escolha do forro depende da necessidade de cada projeto. Lembre-se que essas medidas podem ser diferentes dependendo do fabricante – cada empresa tem os seus critérios.
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ONDE USAR E COMO CUIDAR
Nas residências os forros de madeira são indicados para salas, halls, corredores e quartos. Evite banheiros e cozinhas. Mas o uso não é muito comum. “É possível utilizar esse tipo de forro tanto na área interna quanto na externa. A única questão é o tratamento que deve ser dado a ele quando exposto a intempéries. Procure saber do fabricante qual é o nível de proteção para cada local”, ressalta Italo Priore. “Se não tiver tratamento adequado o material pode acumular fungos, bactérias e se danificar. Por isso, é interessante aplicar um produto que proteja contra cupins a cada cinco anos”, completa. “O controle de umidade do ambiente faz toda diferença”, ressalta Clarissa B. Correia, gerente comercial da Armstrong.
Quando os forros são usados em ambientes corporativos, a qualidade acústica, ou seja, a distribuição do som, fica bem mais agradável. Mas isso não quer dizer que eles isolam os ruídos de um espaço para o outro. O foco é a qualidade de som no ambienteFernando Caldeira
Para os ambientes corporativos os forros são usados em salas de reuniões, escritórios, auditórios e teatros. “Quando os forros são usados nesses ambientes, a qualidade acústica, ou seja, a distribuição do som, fica bem mais agradável. Mas isso não quer dizer que eles isolam os ruídos de um espaço para o outro. O foco é a qualidade de som no ambiente”, explica Fernando Caldeira.
Forros industrializados já vêm com tratamento de fábrica. “Não demandam manutenção, apenas a limpeza com pano úmido”, explica Clarissa. Mas não são indicados para áreas externas, somente para ambientes fechados.
INSTALAÇÃO
A versatilidade é um ponto positivo, pois pode-se brincar com a disposição seja vertical, horizontal, ou diagonal, associando aos inúmeros formatos como ripas, placas, painéis, linear, radial ou curva. A instalação é simples, mas requer mão de obra especializada. Cada fabricante tem uma forma de instalar. Uma das maneiras é ter a primeira régua fixada com um clipe no perfil – as demais são encaixadas entre si com montagens macho e fêmea e presas com um clipe individualmente. Assim, a remoção das mesmas é facilitada. Antes de instalar verifique se o forro adquirido pode ser removido, pois alguns modelos, independente do formato, são fixos.
PREÇOS
Forros de madeira são totalmente customizados, portanto, dependem de cada projeto. “O custo não é somente do forro em si, mas do acabamento, dos perfis e da quantidade de clipes. Se forem usar réguas ou placas são recomendados mais para empresas”, completa Fernando.
Colaboraram para esta matéria
- Fernando Paulino Caldeira – 33 anos, formado em Comunicação Social pela Uniban. MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Santo André, SEO, fotógrafo e Analista de Marketing na OWA Sonex.
- Italo Priore – 24 anos, formado em Arquitetura e Urbanismo pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Sócio-proprietário do escritório IBD Arquitetura e Interiores.
- Clarissa Bivar Correia – 41 anos, graduada em Arquitetura e Urbanismo pelo Mackenzie. Diplomada em Building Construction Management pela New York University.