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Grama sintética é versátil, prática e tem fácil manutenção

Usada tanto em campos esportivos, quanto no paisagismo e na decoração de interiores, solução tem sido cada vez mais procurada

Publicado em: 31/10/2014

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Redação AECweb / e-Construmarket

Grama sintética

Seja em campos esportivos ou qualquer outro ambiente, a grama sintética é opção que alia desempenho e praticidade. Entretanto, para que o produto proporcione todos seus benefícios, é preciso conhecer as diferentes alternativas existentes no mercado e a situação em que o uso de cada uma é indicado. “Existe a decorativa, ideal para ambientes internos e externos como playgrounds, lojas, salões de festa, terraços, varandas, jardins, espaços públicos, bordas de piscina e condomínios. Há ainda a sintética especial, com aplicação recomendada para áreas esportivas”, afirma Emmanuel Furtado, coordenador de Marketing da Beaulieu do Brasil. “Essa é uma solução ideal, prática e inteligente para gramados”, complementa Marcio Pilatti, assistente de Marketing da Beaulieu do Brasil.

A versatilidade do produto estimula a procura, que vem crescendo nos últimos cinco anos. “O uso da grama sintética esportiva e decorativa tem aumentado em proporções que chegam a 1000%. É um produto fácil de ser localizado, principalmente nas grandes cidades ou por meio da internet”, informa o paisagista Rômulo Cavalcante. “A compra é feita em metros quadrados, sendo que o preço médio no varejo varia de R$ 65 a R$ 125 o m² instalado”, complementa Furtado. Para fins de cálculo da quantidade de grama sintética a ser utilizada, considera-se a largura x comprimento do rolo de grama e não simplesmente a área de instalação.

Grama sintética

MODELOS E COMPOSIÇÃO

Por existirem diferentes modelos de grama sintética, sempre há possibilidade de adaptação para a maioria dos ambientes, porém, como o produto é constituído por fibra sintética, seu uso é desaconselhável em locais onde há possibilidade de contato com fogo. “Mesmo não sendo um material inflamável, ele sofre deterioração no local de combustão”, alerta o paisagista Rômulo Cavalcante, profissional da Arbustus Paisagismo e Grama Sintética.

O produto permite diversas possibilidades criativas de aplicação, além de ser antialérgico, proporcionando ambientes mais seguros e saudáveis
Emmanuel Furtado

A solução pode ser dividida em dois grupos, com base na matéria-prima utilizada em sua fabricação. “Para campos esportivos, o melhor é apostar em um produto composto por fibras em polietileno ou polipropileno, com bases duplas ou triplas que resistem ao atrito gerado pelo esporte e recebem, em sua grande maioria, uma carga superficial de areia sílica selecionada, para evitar o desgaste precoce gerado pelos cristais da areia convencional. Esse tipo de gramado pode receber ainda grânulos finos de borracha, que protegem as pontadas, amortecem a superfície e a ancoragem dos tapetes”, explica.

A composição dos produtos indicados para uso decorativo ou de paisagismo é a mesma, porém as bases são simples ou duplas, dependendo de sua utilidade, possuem alta densidade e a possibilidade de preenchimento superficial de areia, quando possível e necessário. “Geralmente são coladas ao solo quando há piso construído”, diz Cavalcante. Além da matéria-prima, a grama sintética decorativa apresenta outras diferenças em relação à esportiva, como a altura dos fios, já que o produto para uso esportivo geralmente tem um recheio para ancorar os tapetes ao piso e, portanto, apresenta altura maior. “Outra diferença é a base, que demanda maior resistência nos casos esportivos, não sendo tão exigida para uso decorativo”, afirma o paisagista.

ESPECIFICAÇÃO

O tipo esportivo tem o uso regulamentado dependendo da modalidade prática. Para o futebol, por exemplo, existe a licença da Fifa para construção de campos oficiais. Uma empresa que consegue qualificar seus campos é digna de nota. Vale lembrar que a cada ano é preciso requalificar o campo, mostrando assim que a qualidade da grama não se alterou
Rômulo Cavalcante

Furtado comenta que, atualmente, há uma demanda crescente pelas gramas sintéticas decorativas, para aplicação em casas e até escritórios. “O produto permite diversas possibilidades criativas de aplicação, além de ser antialérgico, proporcionando ambientes mais seguros e saudáveis. Já em projetos esportivos é uma opção bastante utilizada no Brasil”, analisa. Quando o arquiteto opta pelo uso da grama sintética em seu projeto, precisa analisar o local, tipo de solo e a intensidade do fluxo de pessoas. É importante também conhecer as características de cada tipo de produto disponível no mercado. “Para ter acesso a essas informações, é possível entrar em contato com especialistas que atuam nas fábricas, distribuidores e representantes”, recomenda Cavalcante.

INSTALAÇÃO

Segundo Furtado, a instalação da grama acontece de forma semelhante à de um carpete. “Sobre o contrapiso regular e limpo, é feita a fixação com a utilização de cola”, explica. Cavalcante complementa, abordando outras soluções de instalação: “Há diferentes maneiras. Como a aplicação feita diretamente na terra ou ainda sobre uma camada de areia, lona plástica, contrapiso asfáltico, telhados, lajes ou concreto. A fixação pode ser mediante colagem, pregada com pinos de aço ou somente acomodada com ancoragem de recheio superficial, dependendo do uso”.

Grama sintética

MANUTENÇÃO

“A manutenção da grama sintética é realizada de maneira bem fácil, sendo necessário somente deixar o produto livre de sujeiras”, lembra Pilatti. Nos casos em que a solução é usada no paisagismo, sem recheio, geralmente a lavagem é feita com jato d’água sem alta pressão, para evitar fragilizar as pontadas. “Já em campos esportivos, a limpeza é feita mediante escovação, mantendo o recheio superficial nivelado e sem permitir que as fibras fiquem expostas mais do que o necessário para cada modalidade esportiva. A frequência da manutenção é determinada pela frequência de utilização e das chuvas que, pela ação da gravidade, influenciam a movimentação do recheio”, explica Cavalcante.

QUALIDADE

Pilatti destaca que, por ser decorativa, a grama sintética usada para paisagismo não tem norma técnica específica. “As normas seguem os padrões comuns de revestimentos para piso”, afirma. Por outro lado, o tipo esportivo tem o uso regulamentado dependendo da modalidade prática. Para o futebol, por exemplo, existe a licença da Fifa para construção de campos oficiais. “Uma empresa que consegue qualificar seus campos é digna de nota. Vale lembrar que a cada ano é preciso requalificar o campo, mostrando que a qualidade não se alterou”, destaca Cavalcante.

Grama sintética

VANTAGENS

Dentre as principais vantagens do uso da grama sintética, Cavalcante destaca a questão ecológica, pela não necessidade de irrigação, e estética, por manter a qualidade visual independentemente de iluminação ou agentes climáticos. “Há, ainda, o fator térmico. Por ser um material sintético, dependendo do local a ser aplicado, o gramado sintético será pouco mais quente do que a grama natural, porém não mais do que um piso de cimento”, indica. Outras vantagens do uso são mencionadas por Furtado, como a proteção UV, fácil manutenção e a segurança proporcionada para crianças e animais domésticos.

Colaboraram para esta matéria

Rômulo Cavalcante
Rômulo Cavalcante – Desde 2004 atua como paisagista. Sempre buscando inovações e soluções para seus projetos, trabalha em parceria com arquitetos, engenheiros agrônomos, designers, produtores de plantas ornamentais, jardineiros, metres de obra, engenheiros civis, projetistas e instaladores de irrigação, entre outros. É integrante da equipe profissional da Arbustus Paisagismo e Grama Sintética.
Emmanuel Augusto Gomes Furtado
Emmanuel Augusto Gomes Furtado – É coordenador de Marketing há 12 anos na Beaulieu do Brasil. Graduado em Marketing e pós-graduado em Comunicação Cultura e Artes pela PUC–PR. Tem especialização em Design pelo Instituto Lemon School.
Marcio Pilatti
Marcio Pilatti – Assistente de marketing na Beaulieu do Brasil. É graduado em Direito e tem especialização em áudio e vídeo.