menu-iconPortal AECweb

Iluminação para áreas externas deve conciliar aspectos estéticos e funcionais

Luminárias, postes e balizamento precisam estar em harmonia com o paisagismo e com a arquitetura. Saiba mais

Publicado em: 17/09/2019Atualizado em: 21/11/2019

Texto: Juliana Nakamura

piso-concreto-colorido
O projeto de iluminação externa deve ser elaborado em alinhamento com o projeto de arquitetura e de paisagismo (foto: Photographee.eu/shutterstock)

Quando se fala em iluminação para áreas externas, a especificação e o dimensionamento correto de equipamentos como luminárias, lâmpadas, postes e balizadores são determinantes para valorizar fachadas, dar destaque ao paisagismo e garantir segurança aos usuários.

Mais do que simplesmente distribuir pontos de luz, esse tipo de projeto exige o uso da luz de forma inteligente, de modo a criar efeitos especiais e hierarquia visual. Além disso, é preciso garantir o atendimento a requisitos funcionais, sem abrir mão do padrão estético desejado.

A luminotécnica para áreas externas deve se basear em um estudo prévio consistente sobre os usos e as necessidades do local. Também precisa considerar que, em alguns casos, uma mesma área pode desempenhar mais do que uma função. “O jardim de um edifício, por exemplo, pode ser usado à noite apenas para circulação. Mas, quando ele é anexo a um salão de festas, precisamos oferecer adicionalmente uma iluminação que atenda uma permanência maior naquele espaço”, exemplifica a arquiteta Suellen Figueiredo.

Luminárias para exteriores e jardins
Luminárias para grandes áreas externas
Iluminação de emergência e balizamento

ILUMINAÇÃO ESTRATÉGICA

O projeto de iluminação externa deve ser elaborado em alinhamento com o projeto de arquitetura e de paisagismo. Afinal, as formas arquitetônicas, os revestimentos, bem como os tipos e dimensões das plantas são elementos importantes para a composição.

Uma etapa importante nesse processo é a demarcação de caminhos e de escadas. Isso pode ser realizado com o uso de balizadores ou spots embutidos no chão, com lâmpadas que não gerem ofuscamento para os usuários.

Para iluminar muros, uma estratégia usual é a instalação de arandelas que criam fachos de luz nas superfícies. Também é uma prática recorrente a inserção de refletores em meio à vegetação, criando um efeito de luz e sombra que torna essas áreas visualmente mais sofisticadas.

Quando o que se busca é dar destaque a uma forma arquitetônica, a um elemento escultural ou a uma planta ornamental, a escolha geralmente recai sobre luminárias com facho de luz direcionado ou embutidas no solo, que permitem iluminar de baixo para cima.

COMO ESCOLHER LUMINÁRIAS PARA JARDINS?

É importante considerar o estilo do projeto e o mobiliário para que tudo fique em harmonia
Suellen Figueiredo

Na hora de especificar luminárias e balizadores para uso ao ar livre, é necessário levar em conta uma série de fatores, como a dimensão da área a ser iluminada e o efeito esperado. “É importante considerar o estilo do projeto e o mobiliário para que tudo fique em harmonia. Também devemos nos atentar para a quantidade de lumens que cada lâmpada e luminária oferecem, do contrário, corre-se o risco de não obter a iluminação, nem o resultado desejado”, salienta Figueiredo.

É preciso considerar, ainda, que os equipamentos ficarão expostos ao tempo e às intempéries. Por isso, é fundamental escolher luminárias e refletores que disponham de um bom índice de proteção (IP superior a 65) e que sejam desenvolvidos para aplicações externas.

QUAL É A MELHOR LÂMPADA?

A definição das lâmpadas influencia muito o resultado do projeto, bem como o consumo de energia do imóvel
Cris Gusmão

Um cuidado imprescindível no projeto de iluminação de áreas externas é escolher uma lâmpada adequada para a aplicação. “A definição das lâmpadas influencia muito o resultado do projeto, bem como o consumo de energia do imóvel”, afirma a arquiteta Cris Gusmão. Segundo ela, de maneira geral, as lâmpadas de LED (diodo emissor de luz) são mais indicadas para essas situações. Isso porque possuem vida útil mais longa, em comparação às demais lâmpadas, e impõem menor gasto de energia elétrica. “Outra vantagem das lâmpadas de LED é que elas são de baixa temperatura, o que evita que as plantas sejam prejudicadas pelo calor”, justifica Gusmão.

A iluminação de áreas descobertas não pode prescindir de cuidados com as instalações elétricas. É altamente recomendável que haja um projeto detalhado, especificando a potência da corrente elétrica, bem como a proteção de fios e lâmpadas.

CONFIRA TAMBÉM

Como projetar a iluminação de salas de aula?

Colaboração técnica

quimico-nitemar-vieira
Suellen Figueiredo – Arquiteta e urbanista formada pelo Centro Universitário Belas Artes, dirige escritório que leva o seu nome, onde desenvolve projetos nas áreas de construção, interiores, reformas, paisagismo e cenografia.
geologo-arnaldo
Cris Gusmão – Arquiteta e urbanista formada pela Universidade Federal do Paraná, com especialização em design e arquitetura de interiores. Possui escritório na Flórida (EUA), onde realiza projetos residenciais e comerciais.