Manipulador telescópico atende a construções leves e pesadas
“Coringas” do canteiro, manipuladores telescópicos são usados para elevar cargas e ferramentas, perfurações, limpeza e montagem – inclusive em indústrias
Ano após ano, as frotas brasileiras de equipamentos se diversificam para atender às necessidades dos trabalhos da construção civil leve e pesada, que avançam em mecanização. Tecnologias que há décadas são utilizadas em canteiros europeus e norte-americanos hoje começam a ser mais empregadas no mercado brasileiro, que está mais híbrido.
Os manipuladores telescópicos são um exemplo dessa realidade. Devido à ampla gama de aproveitamentos e à sua versatilidade, eles são os “coringas” nos canteiros. Usados para elevar cargas e ferramentas nas obras civis, em acarretamentos gerais, perfurações em terra para a instalação de palafitas, enchimento de cofragens de concreto, limpeza do lugar de trabalho e montagem de estruturas, também são aplicados em montagens industriais e na indústria agropecuária, nos trabalhos em silos, no manuseio de cilindros, na limpeza de currais, em escavações e consertos de estradas.
Além disso, são eficientes em indústrias, shopping centers, centros de distribuição, aeroportos ou quaisquer outros locais em que sejam necessárias a movimentação e a elevação de cargas.
Para o diretor administrativo da Toniolo, Busnello, Vilson Busnello, esses equipamentos têm benefícios agregados a pontos estratégicos. “O que nos diferencia no segmento da construção é a capacidade de realizar trabalhos simultâneos em todas as frentes de obra, agregando produtividade e rapidez no cumprimento dos prazos. Investimos em equipamentos e pessoas que nos deem essas condições”, diz Vilson, acrescentando que a empresa tem ampla frota de manipuladores.
Em construção de túneis, por exemplo, essas máquinas não têm tarefa direta de manipulador; são utilizadas para auxiliar no desempenho de funções versáteis, como o apoio na colocação de todas as contenções. “Hoje não se pode trabalhar em alturas acima de 2 metros sem dispor de um item de apoio e segurança. Ele nos dá velocidade e segurança na movimentação de cargas e de pessoas. Isso significa produtividade e reflete em redução de custos”, informa Busnello.
Versatilidade em larga escala
Fora das obras, os manipuladores são empregados na produção de eventos nos quais seja preciso fazer a montagem de palcos, a elevação de telões e de equipamentos de som. Ou mesmo em trabalhos de logística e outros serviços, e na desmontagem de cargas de caminhões e contêineres.
O design aplicado à elevação e ao transporte de cargas é reflexo da simplicidade operacional, no que se refere tanto ao manejo intuitivo dos controles quanto à boa visibilidade em todas as fases do processo de manuseio de cargas.
A aparência e a função de um manipulador telescópico assemelham-se às de uma empilhadeira, mas ele atua como um caminhão-guindaste, com o acréscimo da versatilidade de uma lança telescópica, que pode se estender para a frente e para cima do veículo. No final do boom, o operador pode anexar vários implementos, como cesto para pessoas, garfos paleteiros, caçambas ou plataforma elevatória.
A aplicação mais comum é mover cargas para locais inacessíveis a uma empilhadeira convencional. A máquina é capaz de remover cargas paletizadas de dentro de um reboque, ou colocá-las em telhados e outros lugares altos.
Novidades para o mercado brasileiro
Entre os modelos mais procurados, o P38.13 da Merlo trabalha em serviços que exijam o carregamento de materiais em alturas e distâncias. Sua capacidade máxima de carga é de 3.800 quilos, peso que varia (para menos) conforme a altura (máxima de 12.600 milímetros) e o alcance horizontal (máximo de 11.600 milímetros). O motor da máquina, fabricado pela Perkins, tem 84 cavalos de potência com aspiração e 101 com tubo. O peso da P38.13 é de 8.650 quilos. Sua cabine está equipada com as estruturas ROPS e FOPS, que garantem mais segurança ao operador.
Os manipuladores Sky Trak se completam com a gama de manipuladores compactos JLG, modelos G5-19A e G6-23A, ideais para aplicações em indústrias e locais com pouco espaço de trabalho. Graças ao tamanho e à manobrabilidade, eles são transportados facilmente por lugares estreitos, aos quais outros modelos de equipamentos não conseguem acessar.
A grande variedade de acessórios possibilita a esses manipuladores trabalhar em diversas aplicações, usando garfos, jib, cesto para pessoas e pá de 1 metro cúbico, o que faz com que ele tenha maior produtividade em relação ao tempo. A Sky Trak/JLG dispõe de pessoal técnico especializado para capacitar os operadores que vão operar as máquinas.
“O mercado mundial de manipuladores telescópicos é crescente, e o Brasil está adquirindo a cultura de utilizá-los. Os andaimes não podem mais ser empregados em trabalhos acima de 6 metros nos canteiros; nesses casos, entram os manipuladores”, diz Alberto Moreira, diretor da Machbert, empresa distribuidora dos manipuladores Dieci no Brasil. “Os padrões de segurança dos equipamentos fabricados pela Dieci são elevados. Se alguma movimentação inadequada for feita, ele imediatamente trava”, informa ele, acrescentando que, em 2012, o mercado agrícola europeu demandou maior quantidade desses equipamentos que o setor da construção, em decorrência da crise.
Os manipuladores Dieci têm transmissão 100% hidráulica, automática, o que dá maior sensibilidade à carga que as transmissões powershift. Os principais fabricantes desses equipamentos hoje estão migrando para as transmissões hidrostáticas.
A Auxter distribui o manipulador telescópico agrícola 531-70, referência da JCB para esse nicho de mercado no Brasil. A partir de diferentes acessórios, como garfo, garras, guinchos ou caçamba, a máquina realiza manuseio de materiais, como calcário, big bags, silagem, feno, gesso, na lavoura, em usinas de cana-de-açúcar, na pecuária e também na manutenção desses ambientes no período de entressafra, por exemplo.
“A robustez, a economia de combustível e o design moderno, associados à gama de acessórios que podem ser acoplados às máquinas, garantem versatilidade e alta produtividade do equipamento para as atividades da agricultura e da pecuária. São exemplos: durante o período de preparo do solo para plantio, a manutenção e a limpeza das áreas industriais, silagem, insumos agrícolas”, comenta Fabrício Abe, gerente de produtos agrícolas da JCB.