Medição eletromagnética mostra desempenho para água e esgoto

Redação PE

O sistema de medição eletromagnética tem apresentado resultados satisfatórios em obras de saneamento realizadas em várias regiões do estado de São Paulo. Normalmente, quando se utiliza um medidor de vazão, são necessários trechos de tubulações livres de singularidades, antes e depois do equipamento, para garantir que o escoamento permita uma medição de vazão confiável. Com o medidor eletromagnético isso não é necessário, o que reduz o valor da obra.

A B&B Engenharia utiliza o medidor eletromagnético Waterflux fabricado pela Conaut em obras da Sabesp. De acordo com o diretor da empresa, Eduardo Bulhões Filho, é possível instalá-lo sem a necessidade de trechos retos. “Economizamos cerca de 20% com redução de tempo e custo nas obras em que estamos realizando para o programa de controle e gestão de perdas da Sabesp. Esses macromedidores são essenciais nesses projetos, pois mensuram os resultados obtidos com o programa”, acrescenta o diretor.

A Sabesp participou do projeto à implantação, fiscalizou as obras executadas pela B&B Engenharia e validou todos os resultados. Além da redução do tempo de duração da obra, foram reduzidas também as interrupção do tráfego viário, que possui grande relevância nas grandes metrópoles, principalmente nas vias com grande movimento.

Implantação do macromedidor na DMC M’Boi Mirim III

Uma das obras da B&B Engenharia com medição eletromagnética foi realizada no Distrito de Medição e Controle (DMC) M’Boi Morim III, que monitora uma parte da Zona Sul de São Paulo, o bairro do Jardim Ângela. Para a instalação do medidor, houve uma parada no sistema de abastecimento e a obra foi concluída em uma noite.

Além disso, a B&B acelerou ainda mais o processo com a realização da pré-montagem dos conjuntos no canteiro de obras. A empresa levou todas as peças já conectadas umas às outras, com as arruelas de borracha e parafusos já instalados. “Com a utilização do medidor sem trecho reto mínimo, alcançaremos uma redução média de 22% do tempo e de 23% do custo na pré-montagem”, informa Eduardo Filho.

Odebrecht Ambiental mede baixas vazões de esgoto

Para Hugo Robson Morinelli, responsável do setor de Hidrometria e Fiscalização da Odebrecht Ambiental, uma das maiores dores de cabeça na medição de esgoto é encontrar equipamentos homologados pelo Inmetro com boa exatidão. Diferentes das tecnologias de medição de água, que são instaladas em conduto forçado e com alta vazão, os de esgoto medem baixas vazões em conduto livre e assim como todos os medidores, precisam trabalhar com seção de medição plena.

O que mais chamou atenção de Morinelli é a capacidade do Waterflux de medir com eficiência em baixas vazões as emissões de esgoto. “Temos um cliente que utiliza poço como fonte alternativa de abastecimento de água, mediante outorga junto ao DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica). Com a implantação do sistema de medição de esgoto, foi possível medir e faturar pelo volume de esgoto gerado por toda planta fabril”, explica Hugo.

Outro cliente da Odebrecht Ambiental possuía uma fossa séptica própria e por isso não estava ligado à rede coletora de esgoto, embora a legislação de saneamento exija que os estabelecimentos estejam interligados à rede disponível. Além disso, a fossa séptica precisa ser regularizada ambientalmente para não ser multada pela CETESB.

“Conversamos com a empresa, orientamos sobre as alterações que precisavam ser feitas, viabilizamos prazos e a medição de esgoto. Nada disso era cobrado anteriormente. Agora, eles pagam pelo volume de esgoto lançado na rede”, conta Hugo.

Instalação com projeto inovador

A Odebrecht Ambiental fez um sifão em uma parte da tubulação em que o medidor permanece com a seção de medição plenamente preenchida durante todo o tempo, garantindo a exatidão das medições. Esse trecho foi uma solução criada pela Conaut especificamente para este caso, encontrando o ponto ideal da implantação do equipamento.

“O controle da medição de esgoto eletromagnético é preciso nos dados e isso é muito importante para empresas de saneamento”, analisa Hugo.

Colaboraram para esta matéria

Hugo Robson Morinelli - Responsável do setor de Hidrometria e Fiscalização da Odebrecht Ambiental