Metrô SP – A segunda fase das obras da Linha 4 está a pleno vapor
Já em 2014, a linha passará a ter 12,8 quilômetros de extensão com cinco novas estações
Junto às inúmeras frentes de obras para ampliação do metrô de São Paulo, está em andamento a segunda fase das obras da Linha 4 – Amarela. Com previsão de entrega para setembro de 2014, os trabalhos abrangem a construção de novos acessos, acabamento de obras civis e instalações de equipamentos em mais quatro estações: São Paulo-Morumbi, Fradique Coutinho, Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie.
Para ligar a estação São Paulo-Morumbi à estação Vila Sônia, será construído no local outro trecho em túnel com cerca de 1,5 quilômetro, além da própria estação e de um terminal de ônibus. Após a conclusão das obras, já incluindo a estação Vila Sônia, a Linha Amarela passará a ter 12,8 quilômetros de extensão e onze estações.
Em paralelo, o metrô agiliza a terceira fase da linha, que vai estender o percurso, até o município de Taboão da Serra, com aproximadamente mais 3 quilômetros de extensão. Com entrega prevista para 2016, a estação nesse município será a primeira do metrô fora da capital.
Histórico da Linha 4
O projeto começou a ser executado em 2004 e foi inaugurado oficialmente em maio de 2010, com a entrega das estações Paulista e Faria Lima. Idealizado desde os anos 1940, o traçado da Linha 4 – Amarela esteve presente em todos os estudos para implantação do metrô em São Paulo. Ele só se consolidou em 1968, recebendo, naquela ocasião, o nome de Linha Sudeste-Sudoeste.
Em forma de "parábola", o trajeto conectaria os bairros de Pinheiros e Sacomã, passando pelo Centro e, cortando a Linha Leste-Oeste do metrô nas estações República e Pedro II. A consolidação do projeto ocorreu apenas em 1993, já não constando mais o trecho Sudeste, incorporado a outras diretrizes de expansão do metrô e a melhorias dos trens metropolitanos.
O projeto definitivo visava à expansão da malha ferroviária e ao aumento da qualidade dos serviços com a interligação entre todas as atuais linhas do metrô paulistano.
Métodos construtivos
Até 2014, prazo estimado pelo governo para inaugurar a Linha Amarela em sua totalidade, há muita obra pela frente. Nos bastidores, já existem homens e máquinas trabalhando dia e noite com um interessante histórico de execução civil, cujo enredo se fundamenta na tecnologia de ponta e na logística.
A escavação da primeira fase do projeto foi iniciada no dia 3 de março de 2007, executada pelo shield EPB (Earth Pressure Balanced – Escavadeira de Pressão Balanceada de Terra). O equipamento foi projetado especialmente para atender às demandas específicas da obra naquela ocasião.
Fabricado pela empresa Herrenknecht AG no sul da Alemanha, ele custou cerca de 30 milhões de euros, pagos pelo Consórcio Via Amarela, composto pelas construtoras Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez, Camargo Correa e Alstom. O megatatuzão, como ficou conhecido, pesava 1.800 toneladas e tinha 75 metros de comprimento.
Segunda fase – NATM
Já para a segunda fase do projeto foi implantado o método NATM, ou novo método de tunelamento austríaco. De acordo com especialistas, é uma ótima alternativa para construções de túneis e estações subterrâneas de grandes dimensões. Uma das vantagens é a adaptabilidade da seção de escavação, que pode ser modificada em qualquer ponto, de acordo com as necessidades geométricas.
Este método exige dos engenheiros um acompanhamento detalhado e constante para que nada saia errado. Por meio de detonações seguras e com a ajuda de perfuratrizes, escavadeiras, marteletes, entre outros inúmeros equipamentos, o túnel ganha forma.
Quando a escavação está concluída são feitos a drenagem e o revestimento com o concreto projetado como suporte, associado a outros elementos como cambotas metálicas, chumbadores e fibras no concreto, em função da capacidade autoportante do maciço.