Mobiliário para hotéis deve aliar conforto e identidade visual
Nas áreas comuns e nos apartamentos deve sempre seguir a mesma linguagem para que o hóspede crie uma identidade única do empreendimento
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
A realização de grandes eventos internacionais no Brasil durante os próximos anos surge como oportunidade para a ampliação e melhoria da rede hoteleira nacional. Programas para incentivar esse crescimento foram criados, como o ProCopa Turismo, iniciativa do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – com o objetivo de financiar a construção, reforma, ampliação e modernização de empreendimentos, de maneira a aumentar a capacidade e qualidade da hospedagem em função da Copa do Mundo de 2014. Os dados mais recentes mostram que R$ 1,034 bilhão foi disponibilizado pelo programa e a aposta é que ocorra um aumento de 15% na capacidade do setor até o início do mundial de futebol. E no momento de construir ou reformar um hotel, ponto que merece atenção especial é o mobiliário.
“Hoje, a questão econômica é muito importante na concepção do projeto de arquitetura de interiores para hotéis e, muitas vezes, se corta a ‘graça’ que seria possível. A cada dia os hotéis estão mais padronizados e internacionalizados, mas posso afirmar que atualmente a hotelaria brasileira está em uma posição muito alta, pois temos hotéis que não deixam a desejar”, ressalta a arquiteta Daniela Facchini, sócia-diretora da FH&S Hotelaria, empresa com atuação focada em projetos de hotéis.
A profissional observa que o modo como o empreendimento será utilizado é determinante no momento de definir qual o programa que o projeto de arquitetura de interiores deve seguir. “A regra para qualquer tipo de hotel é que o mobiliário deve colaborar com a funcionalidade da operação e fluxo de pessoas. Além disso, é recomendado que tenha baixo custo de manutenção e faça a utilização de materiais e acabamentos, preferencialmente, de fabricação nacional. Seguir a lei de acessibilidade, as normas de segurança e as diretrizes estabelecidas pelo Corpo de Bombeiros são aspectos que têm de fazer parte do projeto”, explica Daniela, comentando que as tendências não influenciam nessas regras básicas.
A regra para qualquer tipo de hotel é que o mobiliário deve colaborar com a funcionalidade da operação e fluxo de pessoas. Além disso, é recomendado que tenha baixo custo de manutenção e faça a utilização de materiais e acabamentos, preferencialmente, de fabricação nacional. Seguir a lei de acessibilidade, as normas de segurança e as diretrizes estabelecidas pelo Corpo de Bombeiros são aspectos que têm de fazer parte do projeto
Com o mercado oferecendo opções de hotéis que variam entre as mais diferentes classes e categorias, a escolha do mobiliário pode gerar dúvidas sobre quais as alternativas mais indicadas para cada situação. Sobre essa questão, a arquiteta comenta que o projeto muda em função do padrão e não do tipo de uso do hotel. “Atualmente, todos os empreendimentos têm layout muito parecido, inclusive empregando os mesmos itens”, fala. “Entretanto, independente da classe, em todos os casos o tipo de mobiliário é o mesmo, com itens como cama, criados, mesa de trabalho, sofá ou poltrona, frigobar, entre outros. Vale lembrar que o uso de cores pode acontecer também em qualquer caso”, complementa.
Tendências
Segundo ela, quem decide quais as tendências em mobiliário para cada segmento são os clientes, sendo que opção constante é seguir o padrão da rede à qual seu hotel pertence. “Por exemplo, existem grupos que sempre pedem áreas bem modernas e coloridas. Outros já decidem pelo estilo mais clássico e discreto. Dentro das redes há várias bandeiras, sendo que muitas delas são internacionais e, nesse caso, seguem o padrão mundial”, diz.
De maneira geral, o mobiliário das áreas comuns e dos apartamentos deve sempre seguir a mesma linguagem para que o hóspede, ao entrar no hotel, consiga criar uma identidade única do empreendimento, independente do ambiente em que estiver. “Exceção é o restaurante, área que pode ter seu próprio estilo independente – o que é, inclusive, o mais recomendável. Pois, muitas vezes, há mais de um restaurante no hotel e alguns podem ser temáticos”, complementa. A arquiteta ressalta também que a fabricação do mobiliário é realizada por indústrias especializadas. “Somente tais empresas têm a condição de produzir e, o mais importante, de montar esse tipo de mobiliário”, finaliza Daniela.
Colaborou para esta matéria
- Daniela Facchini – Arquiteta e proprietária da FH&S hotelaria, empresa que existe há 10 anos e atua focada em projetos de hotéis.