Novas máquinas e equipamentos para obras de infraestrutura
Produtos vão das fôrmas aos equipamentos pesados, como as recicladoras. Veja os lançamentos para sistemas construtivos em concreto
Redação AECweb
A construção das obras de infraestrutura envolvendo a Copa 2014, as Olimpíadas e o pré-sal, vem mobilizando o setor fornecedor de máquinas e equipamentos para a construção civil, especialmente para os sistemas construtivos em concreto. À indústria nacional, se aliam empresas estrangeiras interessadas no emergente mercado brasileiro. ‘Feitos em casa’ ou importados, os produtos vão das fôrmas às recicladoras de concreto, conforme revelam os mais recentes lançamentos do setor. É o caso da brasileira Metax, há 27 anos atuando na produção, locação e venda de escoramentos e equipamentos de acesso, e da norte-americana Efco, líder naquele país em projetos e fabricação de fôrmas metálicas e escoramentos de infraestrutura para a construção em concreto. Elas acabam de criar uma nova empresa, a Metax Efco, para suprir o mercado de formas metálicas para modelagem de concreto ‘in loco’, escoramento pesado e inovações para o setor de construção civil pesada e de infraestrutura. E, ainda, oferecer às grandes obras o apoio de sua equipe técnica internacional no desenvolvimento de soluções.
As três linhas de produtos de entrada da Metax Efco no mercado brasileiro são as formas Hand-e-Form e Plate Girder; e o sistema de torres de escoramento de alta capacidade E-Z Deck White. Destaque para o sistema de formas autorportantes de aço Plate Girder, ideal para estruturas em concreto aéreas e construção de pilares e capitéis de pontes, Ts invertidos, pedestais de colunas, entre outras necessidades. A solução elimina a necessidade de escoramento metálico. Pode ser montada completamente no chão e içada por guindaste. Os andaimes são parte integrante da forma, o que facilita a concretagem do capitel. Proporciona acabamento de qualidade do concreto e resultado arquitetônico.
A Ulma Brasil acaba de lançar seu sistema de fôrmas Enkoform, composto pelas vigas riostra, ht-20 e acessórios complementares de ligação, solução para as mais variadas seções de obras de arte. Sendo um sistema polivalente, é capaz de atender diversas geometrias com uma flexibilidade ilimitada, podendo formar painéis únicos de até 36 m², o que se traduz em menos juntas executivas e alta produtividade de ciclos. A facilidade de desenvolver as fôrmas de acordo com a altura e pressão de concretagem, permite a solução mais adequada para cada obra.
A Anchortec desenvolveu o Desmoltec FMT, desmoldante de fôrmas metálicas feito com matérias primas recicladas, o que colabora para a preservação ambiental. A Resina Tecfix EP é o outro destaque que, por ter baixa emissão de voláteis, também contribui para o meio ambiente. O gerente de negócios em construção da Anchortec, Douglas Calixto, explica que este tipo de resina é utilizada para ancoragens químicas e, injetável com epóxi puro de elevado desempenho, permite o uso em substratos úmidos. “Este produto é ideal para otimizar a realização de serviços de ancoragens reduzindo-se custos de locações de guindastes na montagem de estruturas pré-moldadas, devido ao seu rápido ganho de resistência”, salienta.
OBRAS RESIDENCIAIS
O crescimento do setor imobiliário, por sua vez, fez crescer a oferta de fôrmas plásticas, como as da Astra, desenvolvidas para obras que necessitam de vãos maiores entre os pilares, como as garagens de edifícios onde os pilares ficam mais espaçados. O material utilizado é o polipropileno (PP) com aditivos que aumentam a proteção contra os raios ultra-violeta (UV). Produzidas na cor branca, diminuem a absorção de calor, reduzindo a variação dimensional por dilatação, não acelerando o processo de exsudação. Seu formato é tronco piramidal, facilitando o transporte. A Astra oferece dois processos de montagem das fôrmas: no primeiro, as fôrmas ficam apoiadas sobre painéis de compensado; e no outro, as fôrmas com as abas mais curtas são diretamente apoiadas sobre escoras, dispensa o painel de compensado. Mantendo o escoramento da laje, elas podem ser retiradas e reutilizadas, dando prosseguimento aos pavimentos superiores.
Já a fôrma plástica da Metroform System tem o apelo da reciclagem, resistência e leveza. Segundo Thiago Wolter, diretor da Metroform, o sistema possibilita erguer em até três dias um conjunto de duas casas de 67 m², reduzindo os custos e os prazos da obra. “Esta técnica significa uma redução de até 50% no prazo da obra, além de ser montada com os vãos para janelas e portas, e também com as tubulações elétricas e hidráulicas embutidas”, acrescenta Wolter. Agora, a empresa aposta suas fichas em seu novo sistema para a construção vertical. A técnica consiste na utilização de fôrma plástica em conjunto com um sistema de andaime de trabalho leve, complementado com pisos metálicos e proteções perimétricas, reduzindo o prazo da obra e de mão-de-obra especializada, além da eliminação da grua, resultando numa boa redução de custos.
EQUIPAMENTOS PESADOS
A Kovelis, representando a alemã Bibko Systems, trouxe o equipamento reciclador de concreto que assegura zero resíduo nas usinas de concreto e nas obras. Sua capacidade pode variar de 18 a 30 m³/hora. São oferecidos em vários modelos, desde estacionários, compactos, a unidades móveis. Segundo o diretor da Kovelis, Rainer von Siegert, o sistema é constituído de um eixo sem fim que eleva os sólidos e, nesse caminho, separa a água rica para decantação. O resíduo gerado pelo processo faz a separação de pedras, areia, argamassa e água, com corte de sólidos na ordem de 0,2 mm. Todos os resíduos podem ser reutilizados no processo de fabricação de concreto fresco. “Além dos equipamentos, a Bibko System também fornece o projeto completo para a solução feita sob medida, considerando todas as particularidades específicas da planta”, diz o diretor.
Já o Grupo Convicta, comemorando 20 anos de atuação no mercado de equipamentos para dosagem, transporte e bombeamento de concreto, acaba de apresentar ao mercado a Bomba Lança Convicta Everdigm, equipada com lanças que variam entre 28 m e 54 m, com capacidade de bombeamento superior a 120 m³/h. O equipamento é indicado para aplicações em locais com alta produtividade, como estádios de futebol, edifícios, pontes, barragens e viadutos. Para outras aplicações, a empresa lançou a Auto Bomba Convicta, com capacidade de bombeamento que varia entre 36 e 50 m³/h. Segundo o fabricante, esses equipamentos são montados com um motor auxiliar ou utilizam o próprio motor do caminhão.
A empresa não pára por aí. Lançou, também, uma Central de Concreto Móvel, equipada com uma balança dosadora de agregados, com capacidade nominal de 18 t; esteira transportadora para abastecimento dos caminhões betoneiras; e moega rasga-saco para cimento. O equipamento é instalado sobre uma carreta rodoviária especialmente projetada, permitindo o transporte por meio de um cavalo mecânico ou com o próprio caminhão betoneira. “Outro destaque do Grupo Convicta é o silo móvel, inédito no país, para estocagem de cimento, com capacidade nominal para 70 t, ideal para operar junto à central móvel, aumentando sua capacidade de produção. É solução interessante para obras de canteiros onde não se viabiliza a montagem de centrais fixas”, afirma Jorge Werneck, gerente comercial da empresa.
A Rohr está apresentando o sistema metálico autobloqueante multidirecional Kibloc. É composto por postes dotados de rosáceas a cada 50 cm, onde se encaixam barras em até oito direções (a cada 45°) e que formam torres de diversas geometrias. Como solução para cimbramento, é ideal para o escoramento em cantos de difícil acesso e em alturas não atendidas por escoras. O mesmo material pode ser utilizado em outras fases da obra para a execução de estruturas de acesso como andaimes e escadas. Permite a reutilização em diferentes tipos de estruturas desmontáveis, de forma a reduzir custos e agilizar processos.
Outra novidade da Rohr é o sistema de torre de encaixe Etem, formado por três elementos modulados que se encaixam de forma prática, reduzindo o tempo de montagem e desmontagem. A solução forma torres de varias alturas, com grande capacidade de carga e é aplicável tanto em grandes estruturas como pontes, viadutos, barragens e usinas hidrelétricas, como em vigas e lajes de obras de edificação de médio e grande porte.
A montagem de pré-moldados conta com a inovação da Madal Palfinger, o PK 61.502, inédito no país e com apenas 12 exemplares operando em diversos segmentos, e o PK 100.002 - importado da Áustria desde 2007. Os dois equipamentos apresentam excelente desempenho em aplicações para a construção civil. Possuem grandes alcances verticais e são dotados da Fly Jib que confere flexibilidade de movimentos para posicionar pré-moldados, pallets de tijolos e outros materiais de construção dentro das lajes e por cima de telhados, bem como na montagem de estruturas metálicas. Este diferencial se potencializa com o uso do controle remoto, que permite ao operador controlar a movimentação, se deslocando para visualizar melhor o local onde deve retirar ou depositar as cargas. A capacidade de carga é o que diferencia os dois equipamentos. Com o uso da Fly Jib e as lanças estendidas, o PK 61.502 atinge alturas de até 31 m e movimenta cargas de até 3,3 t. O PK 100.002, com a mesma configuração pode atingir alturas de até 36 m, elevando pesos de até 6,5 t. “A montagem de pré-moldados necessita ser cada vez mais automatizada e segura, e estes dois equipamentos oferecem agilidade, flexibilidade e total segurança na movimentação de cargas”, explica o gerente de produtos da Madal Palfinger, Silvio Gatelli.
A Yanmar trouxe para o país, em junho último, as primeiras unidades da retroescavadeira modelo CBL40 - ideais para utilização em terraplanagem, escavação, transporte de material dentro de obras, pois o modelo possui um peso operacional de aproximadamente 4 t, tração 4X4, com profundidade de escavação de 3 m, e transmissão hidrostática. A CBL40 é própria para aplicação de apoio em obras de construção civil com alto rendimento. “O fato de ser uma máquina compacta, faz com que trabalhe com facilidade onde outras perderiam muito tempo com manobras para realização do serviço”, comenta o supervisor de Vendas, Fábio Miskulin, acrescentando que é equipamento interessante também para obras urbanas, em função de seu alto rendimento e utilização de pequeno espaço em ruas ou avenidas.
Redação AECweb