menu-iconPortal AECweb

Obras na Zona Leste de SP visam melhorar o tráfego na região

Complexo Viário do Polo Institucional de Itaquera concilia obras, fluxo de equipamentos e escavações sem comprometer o fluxo no local

Publicado em: 02/12/2013Atualizado em: 10/10/2019

Texto: Redação PE

Com a finalidade de melhorar o tráfego da Zona Leste de São Paulo, a implantação do Complexo Viário do Polo Institucional de Itaquera, via de acesso à Arena Corinthians, está entre as prioridades da capital paulista nas obras conveniadas entre a prefeitura e o governo do estado.

A dificuldade operacional está sendo contornada com o ajuste do projeto às condições do local, sem causar transtornos ao trânsito, já que são feitos desvios de fluxo para as vias próximas. As obras incluem uma série de adaptações, como a nova avenida de ligação Norte-Sul entre a Av. Itaquera e a Av. José Pinheiro Borges (Nova Radial) e seu respectivo conjunto de viadutos; nova avenida de ligação entre a Av. Norte-Sul e a Av. Miguel Inácio Cury; adequação viária da ligação entre a Av. Miguel Inácio Cury e a Estação Corinthians-Itaquera do metrô; e adequação viária da Radial Leste, com a implantação de uma via expressa em mergulho (pista subterrânea), nas proximidades da Estação Corinthians-Itaquera.

Na parte subterrânea dessa via haverá um túnel com 500 metros de comprimento para desnivelar a Radial Leste e passar por baixo de um cruzamento, construído no método alemão Cut and Cover, no qual é feita a escavação do terreno, a execução da estrutura e o posterior aterro.

Movimentação de terra e fundação

A terraplenagem envolve de 300.000 a 400.000 metros cúbicos de movimentação de terra, que estão sendo compensados no corte e no aterro, ou seja, utilizados no próprio local, restando para transporte até o bota-fora aproximadamente 100.000 metros cúbicos. Não envolve grande quantidade de remoção de material porque se trata de uma ampliação do complexo viário em local de grande fluxo. Mas os equipamentos rodoviários, como fresadoras de asfalto, rolos compactadores, retroescavadeiras e equipamentos compactos, serão bastante utilizados.

A fundação é realizada com o sistema de estacas escavadas (estacões ou tubulões), sem a presença de bate-estacas. Na construção do túnel será necessária a cravação de estacas, de acordo com as exigências técnicas e a geologia do terreno. Na obra serão utilizados cerca de quatro bate-estacas, dez equipamentos de fundação, cinco guindastes, trinta máquinas da Linha Amarela e cinquenta caminhões.

De acordo com a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), para agilizar o tráfego no local após as obras serem concluídas está sendo construída uma via expressa, sem semáforos, eliminando os cruzamentos, que causam enormes gargalos nos horários de pico.

As obras foram iniciadas no mês de agosto do ano passado pelo Consórcio Vizol, formado pela Construtora OAS e pela S.A. Paulista de Construções e Comércio, com prazo de conclusão de vinte meses.

Nova Radial – Jacu Pêssego

As obras de implantação das alças de interligação entre a Nova Radial (Av. José Pinheiro Borges) e a Av. Jacu Pêssego começaram em abril e estão em pleno vapor. Nesta segunda fase serão investidos 61,4 milhões de reais. O governo paulista obteve desconto de 21% na obra, gerando uma economia real de 16,3 milhões de reais ao Tesouro Paulista.

As novas alças viabilizarão a interligação entre a Nova Radial e a Av. Jacu Pêssego, dois dos principais eixos viários do extremo leste, facilitando o acesso à Marginal Tietê e ao Rodoanel Sul para aqueles que atingem a Av. José Pinheiro Borges.

Os dispositivos também vão melhorar a locomoção dos torcedores que passam pela região nos dias de jogo, criando uma alternativa pela Marginal Tietê e pelo Rodoanel Sul (por meio da Av. Jacu Pêssego), aliviando o tráfego na Radial Leste.

Fonte: Pedro da Silva – Engenheiro da Dersa-SP
Foto: Guilherme Lara Campos