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Parafusadeira: aprenda como escolher e usar

Parafusadeira ou furadeira e parafusadeira? Saiba quando usar cada equipamento para alcançar os melhores resultados em diferentes trabalhos

Publicado em: 09/04/2021Atualizado em: 04/05/2023

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

ParafusadeiraÉ importante considerar qual trabalho será executado antes de escolher a parafusadeira (Foto: bogdanhoda/Shutterstock)

A parafusadeira é uma ferramenta que, por meio de regulagem específica, possibilita controlar o aperto/profundidade do parafuso utilizado. “Esse recurso impede o excesso de aperto, para não danificar a peça reparada ou montada pelo usuário”, explica Marcelo Batista, promotor Técnico da Dewalt.

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Já a furadeira e parafusadeira, além do controle para aperto, oferece a opção de regulagem que ativa o modo furadeira. Alguns modelos de equipamentos possuem, também, a opção de furar com impacto, utilizada para trabalhos em superfícies como as paredes de alvenaria.

“Em ambos os casos, não se utiliza o recurso de ‘impacto’. Basta que, para cada demanda, o usuário troque o sistema de trabalho na própria ferramenta – perfuração ou parafusamento”, explica João Curado, gestor da área de Treinamentos da Divisão de Ferramentas Elétricas da Bosch Brasil.

Furadeira e parafusadeira

Apesar da possibilidade de um equipamento cumprir as duas funções, furadeira e parafusadeira são ferramentas elétricas distintas. Muito úteis em diversas atividades, desde trabalhos de carpintaria até consertos domésticos, se diferenciam por sua função. Enquanto a furadeira é usada para fazer furos em superfícies, a parafusadeira é utilizada para fixar parafusos.

Ambas podem ser encontradas em diferentes modelos e tamanhos, com opções com ou sem fio, e possuem diferentes tipos de brocas e pontas para se adaptarem a diversos materiais e tamanhos de parafusos ou furos. A escolha entre uma furadeira e parafusadeira dependerá do trabalho que precisa ser realizado.

Como escolher a parafusadeira?

Para escolher a parafusadeira ideal é preciso considerar diferentes aspectos. Entre essas características estão a alimentação da ferramenta (bateria ou com fio), a potência (que vai de 9,6 V a 18 V), o controle de torque (que modera a força aplicada na ponta da parafusadeira) e se o equipamento terá ou não função de impacto.

Como em todo trabalho, o profissional tem melhores resultados quando utiliza as ferramentas adequadas para cada tarefa a ser realizada. Curado aconselha considerar, sempre, a finalidade de utilização da parafusadeira, acessórios e materiais, pois tudo isso irá influenciar no tempo, na qualidade do resultado do trabalho, na segurança do profissional e na satisfação do cliente.

Batista indica que a busca se atente ao que o modelo entrega, com base nas características citadas, as funções de regulagem e capacidade de furo ou aperto. Na dúvida, basta buscar ajuda de um profissional técnico por meio dos canais oferecidos pelo fabricante, vídeos de aplicação e sites, entre outros meios de informação.

“A excelência nos resultados de um trabalho começa na escolha certa da parafusadeira ou de qualquer outra ferramenta”, afirma Batista.

Como usar a parafusadeira?

Para usar a parafusadeira, é necessário regular os parâmetros de aperto de acordo com a aplicação. “Para obter o melhor desempenho, é preciso utilizar o controle de aperto/profundidade de acordo com o uso, que pode ser desde o trabalho em uma parede em drywall ou a montagem de um móvel em madeira até a execução de estruturas metálicas”, diz Batista.

Além disso, para melhor utilização da parafusadeira, é importante optar pelos acessórios adequados para cada trabalho, respeitar os limites máximos de diâmetro de broca para cada tipo de material e verificar sempre a voltagem do equipamento antes de ligá-lo.

Cuidados com a parafusadeira

O principal cuidado no uso da parafusadeira é respeitar as indicações do fabricante, de acordo com o tamanho do acessório a ser utilizado. “Com base no tamanho do encaixe e, também, nas faixas de torque que a ferramenta entrega”, destaca Batista, lembrando que adaptações e usos de acessórios maiores que os indicados, por meio de adaptadores, podem danificar a máquina.

De acordo com Curado, ao manusear qualquer tipo de ferramenta, a orientação é seguir corretamente as indicações do manual. “Respeitar as especificações de cada uma delas, além de trajar os EPIs, a fim de garantir a qualidade e segurança durante os trabalhos realizados”, comenta.

Tipos de parafusadeira

A parafusadeira de impacto tem maior força de trabalho (torque) e é direcionada para trabalhos mais robustos em materiais rígidos, como madeiras maciças (duras) e/ou metais nas junções de partes.

De acordo com Batista, a parafusadeira de impacto com encaixe de 1/4 é uma ferramenta que durante a aplicação de aperto ou desaperto, ao encontrar resistência do parafuso, aciona automaticamente o impacto no sentido horário ou anti-horário.

“Esse dispositivo auxilia no aperto ou desaperto em trabalhos de montagem ou reparação, sejam eles industriais (MRO – manutenção, reparo e operação), automotivos, construção civil, entre outros”, diz Batista.

Já as chaves de impacto são iguais no conceito de aperto com impacto, com a devida atenção à capacidade de torque e tamanho de parafusos. “Mas diferem ao observarmos que, na parafusadeira de impacto, o encaixe do acessório é de 1/4 e, nas chaves de impacto, podem variar entre 3/8, 1/2 e 3/4, de acordo o torque necessário”, comenta Batista.

As chaves de impacto, segundo Curado, são as ferramentas ideais quando a atividade exige mais força de trabalho (torque). “São utilizadas para apertos de porcas e parafusos com diâmetros maiores e que necessitam de fixação extra na junção de tubulações, juntas, chapas metálicas de maiores espessuras etc.”, conclui.

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Colaboração técnica

Marcelo Batista – Formado em Marketing, tem mais de 15 anos de experiência no mercado de máquinas e ferramentas, atuando em vendas técnicas e desenvolvimento de mercado nos segmentos automotivo, industrial e profissional. É promotor técnico na Dewalt.
 
João A. Curado – Formado em Administração de Empresas pela PUC Campinas, com pós-graduação em Gestão de Negócios pelo SENAC-SP. É gestor da área de Treinamentos da Divisão de Ferramentas Elétricas da Bosch Brasil.