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Pisos vinílicos permitem paginações criativas: veja dicas de instalação

Com sua variedade de cores e texturas, o material está presente nos projetos mais arrojados, mas também em residências, área da saúde e corporações

Publicado em: 28/04/2021Atualizado em: 25/10/2022

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Pisos vinílicos
Os pisos vinílicos estão presentes nos mais variados tipos de projeto (Foto: Divulgação/Tarkett)

O mercado oferece ampla gama de pisos vinílicos em mantas, placas ou réguas. Recentemente, surgiram novos padrões como o de ladrilho hidráulico, palha, cimento queimado e sisal, além de variedade de texturas e cores. “As placas, que no passado só existiam em pequenos formatos de 30 x 30 cm, ou no máximo 60 x 60 cm, agora chegam a 1 m x 1 m”, diz a arquiteta Glênia Silveira Francisco, gerente de Marketing da ACE Revestimentos.

Hoje, o material está presente em praticamente todos os segmentos de obras, dos residenciais aos corporativos, hospitalares, hoteleiros e de ensino. Independentemente do uso do ambiente, são inúmeras as possibilidades de paginações criativas. É o caso dos projetos de interiores mais ousados para escritórios contemporâneos, que compõem o piso vinílico em cores quentes com o carpete tradicional – disponível, hoje, em diversos formatos, inclusive réguas.

A mistura de tons claros e escuros é bem-vinda em qualquer local. A combinação da cor amadeirada escura com o tom mais claro e suave do vinílico, aplicado em formato régua, é sugerida por Bianca Tognollo, gerente de Marketing Latam da Tarkett. Nas áreas de descompressão, é possível usar padrões que remetem à grama, dando um toque de natureza, segundo Glênia.

Espinha de peixe, duas opções

Está em alta a instalação do piso vinílico na paginação escama de peixe, ou espinha de peixe. “Não só com réguas em formatos tradicionais, por exemplo, 18 cm x 120 cm, mas também nas linhas de produtos com formatos menores, que remetem aos antigos tacos de madeira, agora resgatados pelos vinílicos em leitura moderna”, diz Glênia. A paginação espinha de peixe consiste na instalação de réguas intercaladas para desenhar um padrão. “O segredo da paginação é o alinhamento, instalando as réguas em ângulo diagonal ao ambiente”, diz Bianca, indicando a instalação correta no desenho abaixo:

Espinha de peixe

As sensações do 3D

Com a mistura de cores e formatos, como as formas geométricas, é possível criar profundidade e perspectiva, que emergem de forma criativa sobre o revestimento
Bianca Tognollo

Os ambientes ganham vida com a paginação 3D, que causam sensações a quem vê. “Com a mistura de cores e formatos, como as formas geométricas, é possível criar profundidade e perspectiva, que emergem de forma criativa sobre o revestimento”, diz Bianca, indicando os vinílicos em placas, disponíveis com diferentes dimensões e espessuras.

Geométricos, abaixo a monotonia

Nos ambientes corporativos, as formas geométricas também estão em alta, criando movimento, quebrando a monotonia e instigando a criatividade dos usuários. É possível obter formas hexagonais, triangulares ou retangulares, entre outras. “Elas podem ser instaladas, cortando o piso vinílico, ou simplesmente utilizando formatos existentes, por exemplo, piso vinílico produzido já no formato hexagonal”, recomenda Glênia.

Dama e layout aleatório

Simulando o jogo de tabuleiro, o piso dama é o mix de dois tons intercalados, um mais claro e outro mais escuro. Bianca Tognollo sugere os vinílicos em preto e branco. “Mas se a opção é por um ambiente mais ousado, nada impede usar outras cores”, propõe. Outra sugestão é o piso vinílico com réguas em sentido aleatório. Segundo ela, basta instalar as réguas lado a lado, mas em alturas diferentes, sem seguir um padrão. “As ranhuras, os nós e as nuances do amadeirado irão se mesclar, resultando nas imperfeições naturais da madeira”, comenta.

Paginação

Piso, parede e teto

Além de ambientes que requerem estímulo ao movimento, como as academias, os pisos coloridos são bastante empregados em áreas de saúde, especialmente os produtos em manta. Nesse segmento, tendência recente é a aplicação do vinílico na parede e até mesmo no teto. “Por ser colado, tem a vantagem econômica e a facilidade de instalação e rapidez, se comparado com a madeira”, destaca Glênia. No Hospital São Matheus (RJ), a proposta foi sinalizar o posto de enfermagem com o piso vinílico no piso, na parede e no teto. O padrão empregado delimitou o espaço em relação ao vinílico do piso do corredor, onde foi usada manta em cor clara.

Uma opção muito interessante nessas coleções de produto de parede é a personalização, onde se pode imprimir qualquer imagem que esteja em alta resolução, tornando o espaço exclusivo e personalizado
Glênia Silveira Francisco

Ela explica que, em parede, o ideal é sempre direcionar para revestimentos vinílicos específicos para esse fim, que podem ser decorativos e, ao mesmo tempo, técnicos. São produtos de PVC com grande facilidade na limpeza e manutenção, além de não manchar ou desbotar. Ao contrário do piso, o revestimento vinílico de parede é mais leve e mais fácil de instalar.

“Uma opção muito interessante nessas coleções de produto de parede é a personalização, onde se pode imprimir qualquer imagem que esteja em alta resolução, tornando o espaço exclusivo e personalizado”, ensina Glênia Francisco, contando que, na área de saúde, é recorrente utilizar na cabeceira da cama o mesmo piso do chão, como executado no Hospital Quinta D’Or.

Pisos vinílicos
No Hospital São Matheus, o vinílico foi usado no piso, na parede e no teto (Foto: Divulgação/ACE)

O clássico tijolinho

Em residências ou nos escritórios, uma das paginações mais clássicas é a do tijolinho. “Trata-se da instalação dos pisos em régua, de modo que os ‘rejuntes’ fiquem bem alinhados com o centro das peças da fileira anterior. Na hora da instalação, é recomendável que o posicionamento das peças seja marcado, com lápis ou barbante, para a centralização das réguas ser exata”, ensina Bianca Tognollo

Instalação

É fundamental para a instalação de um piso vinílico que a base esteja firme, plana, seca, limpa e isenta de resíduos. “É importante solicitar ao fornecedor uma vistoria prévia, para avaliar as patologias existentes no local e prever as correções necessárias”, explica Glênia Francisco. O projeto deve definir o sentido de instalação do material, de maneira que as emendas ou cortes de topo das mantas ou das placas não coincidam com a entrada do local, o que pode prejudicar a estética.

Bianca Tognollo informa que a perda de material em paginação normal é de 10%, chegando a 20% nas mais elaboradas. De acordo com Glênia, as perdas dependem muito da paginação. “Por exemplo, uma placa quadrada cortada na transversal, formando um triangulo, será totalmente aproveitada, sem perdas. Porém, se for cortada em um formato hexagonal, toda a ‘rebarba’ será descartada”, explica, lembrando que os pisos que já vêm de fábrica cortados em formatos hexagonais ou outro formato geométrico não sofrem perda.

Especificação

A especificação do piso ideal – em manta, placa ou régua – depende da paginação e do uso do local. “Placas e réguas são mais comuns. Temos algumas mantas em tonalidades de cinza, que permitem brincar bastante. A união dos recortes não é feita com cordão de solda, mas sim com solda fria”, explica Bianca. As mantas, reforça Glênia Francisco, são o tipo mais utilizado na área de saúde, inclusive com cores, para criar ambientes mais alegres.

Em projetos criativos, é preciso tomar cuidado com os modismos. “Uma cor que hoje está em alta pode não ser mais adequada daqui a dez anos, quando o piso ainda estará novo”, conclui Glênia.

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Colaboração técnica


Bianca Tognollo – Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo com MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (2006). É especialista em gerenciamento estratégico de marketing pela Columbia Business School (EUA). Foi arquiteta da Lukscolor e coordenou ativações de marca na Tintas Coral. É gerente de Marketing América Latina da Tarkett, desde o final de 2006.

Glênia Silveira Francisco – Formada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Anhanguera - UNIDERP-MS (1989) e pós-graduada em Marketing na ESPM (2001). Mais de 20 anos de experiência em pisos vinílicos para áreas corporativas e hospitalares. É gerente de Marketing da ACE Revestimentos.