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Pontes Laguna e Itapaiúna aliviam tráfego na Zona Sul de São Paulo

Entregues no primeiro semestre deste ano, as obras integram as etapas de mobilidade da Operação Urbana Água Espraiada

Publicado em: 17/10/2016

Texto: Redação PE


Construção da Ponte Laguna, com equipamentos embarcados em balsa (Divulgação/ SPObras)

A Operação Urbana Água Espraiada vem ampliando a infraestrutura viária na região das avenidas João Dias e Chucri Zaidan, na Zona Sul de São Paulo/SP, com duas novas pontes sobre o Rio Pinheiros: Laguna e Itapaiúna. Elas foram construídas para desafogar o tráfego intenso de veículos e estão interligadas com outras obras viárias, como prolongamento de avenidas e vias subterrâneas.

De uma margem à outra do rio, existe um vão de 113 m. A Ponte Laguna tem 360 m e foi construída na altura da Rua Laguna para tráfego em sentido da Granja Julieta ao bairro do Morumbi. Ela conta com ciclovia e passarela de pedestres, o que deve facilitar ainda mais a circulação. No sentido contrário, a Ponte Itapaiúna estende-se por 340 m e interliga as ruas Itapaiúna e Chucri Zaidan, na outra margem do Rio Pinheiros.

“O bairro do Morumbi e a comunidade Paraisópolis terão o trânsito amenizado, principalmente nos horários de pico”, afirma o gerente operacional da Odebrecht Infraestrutura, o engenheiro Paulo Oliveira.

ITAPAIÚNA: DESAFIOS SUPERADOS

De acordo com Oliveira, as obras de construção da Ponte Itapaiúna foram ágeis graças a um conjunto de fatores, como um favorável posicionamento topográfico. Também foi decisiva a adoção da técnica de balanço sucessivo, que consiste em projetar a estrutura por meio de avanços hidráulicos e é utilizada para evitar escoramentos e impactos no rio. Foram usadas, além disso, fôrmas com rápido processo de movimentação.

“Obtivemos uma economia de, aproximadamente, 30% possibilitada pela rapidez do sistema hidráulico do balanço sucessivo. Se não fossem essas tecnologias, seria necessário construir dois pilares centrais para suportar a ponte, o que exigiria mobilização de equipamentos embarcados em balsas, como martelos, guindastes e outros recursos operacionais que encareceriam o projeto”, esclarece o engenheiro.

Oliveira explica, ainda, que o solo nas margens é ruim e que, por isso, foi preciso criar blocos de fundação com estacas cravadas. Na alça da ponte que sai da Marginal Pinheiros do lado de Interlagos, a Odebrecht utilizou uma torre de escoramento de até 10 m de altura e treliças de 15 m de comprimento.

O trânsito da marginal também era um fator preocupante e, de acordo com Oliveira, foi preciso utilizar perfis metálicos especiais com 15 m de comprimento para que os gabaritos atingissem altura mínima estipulada pela CET, de 10 m de atura, a fim de não paralisar o fluxo de carros.

LAGUNA: EQUIPAMENTOS EFICAZES

A construção da Ponte Laguna teve uma movimentação operacional diferenciada, com 38 equipamentos que intensificaram o trabalho na parte de fundação. O destaque foi uma plataforma flutuante equipada com guindastes de 140 t e 45 t, além de guinchos de atracação, passarela flutuante e perfuratriz.

Os desafios no trabalho com a frota embarcada são sempre grandes, mas, segundo o corpo técnico da SPObras, outras situações exigiram um esforço ainda maior. “A preocupação com o trânsito no local, o atendimento às normas ambientais, as desapropriações e as interferências de concessionárias de serviços de água, energia, gás e transporte público foram pontos desafiadores no andamento da obra”, explica o engenheiro Omar Ayoub.

Ele elenca alguns pontos da preocupação constante em atender às exigências da Licença Ambiental de Instalação (LAI), incrementada com a implantação de projeto de compensações ambientais (TCA 180/14). “No decorrer da obra, foram realizados monitoramento e programa de proteção à fauna e de manejo ambiental; monitoramento de níveis de pressão sonora e vibração; investigação de risco à saúde humana e de áreas contaminadas; além do monitoramento de qualidade do ar”, diz.

Com cerca de 20 mil m³ de concreto utilizados, os sistemas construtivos empregados na execução da Ponte Laguna foram o concreto estrutural armado, o concreto protendido e, assim como na Itapaiúna, também o balanço sucessivo.

COLABORAÇÃO TÉCNICA:

  • Paulo Oliveira, gerente operacional da Odebrecht Infraestrutura
  • Omar Ayoub, engenheiro da SPObras