Recapagem de pneus exige cuidados especiais
Carcaça em bom estado garante longevidade e maior custo benefício.
Com tráfego intenso e operações severas nos canteiros de obras, chega um momento em que os pneus de caminhões e equipamentos precisam de uma recapagem para continuarem trabalhando. Por garantir longevidade e ter um custo menor, esta é uma opção atraente, mas é preciso cuidado e segurança para trabalhar com os pneus nessas condições, caso contrário os riscos de acidentes são alarmantes, já que a banda de rodagem que se solta do pneu pode causar acidentes graves e deixar prejuízos.
Todos os pneus saem de fábrica com estrutura apropriada para receber recapagem. Esse serviço segue normas internacionais de segurança, onde é feita uma série de testes na carcaça, e só depois disso os pneus aprovados seguem para a raspagem antes de receber a nova capa. Depois de vulcanizados a 110º C, podem voltar a rodar.
Se a carcaça estiver em bom estado, o equipamento pode receber de dois a três recapeamentos, com bom custo benefício: De acordo com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), cada serviço custa em média R$ 400 e o pneu pode rodar mais dois anos, se for bem conservado. Um pneu zero km para caminhão custa cerca de R$ 2 mil.
Por isso, os cuidados com a conservação são cruciais no gerenciamento de manutenção da frota. Pneus não são produtos baratos nem para automóveis de passeio. Sua vida útil depende de detalhes na conservação e uso rotineiro. É preciso atentar para as velocidades e cargas máximas permitidas por pneu, que é o determinante para cada tipo de serviço. Respeitar esses limites, utilizando o pneu correto para cada aplicação, é o essencial para o melhor uso do produto e consequentemente da máquina.
O pneu fora de estrada tem ainda a particularidade dos compostos da banda de rodagem que podem ser otimizados para cada aplicação: terra, rocha, calcário, entre outros tipos de solo abrasivos. Além disso, há específicos para motoniveladoras, carregadeiras, moto-scrapers e caminhões que levam em conta as aplicações acima criando nichos específicos para cada um. A pressão de ar utilizada na inflação do pneu deve sempre ser aferida com regularidade, e adequada a cada serviço e aplicação. Evitar o contato dos pneus com óleos e graxas, que reagem com a borracha, também contribui para maximizar a vida útil do pneu.
Se essas condições de pressão não forem acertadas, por exemplo, além de comprometer a segurança do veículo – a estabilidade diminui e o condutor perde a capacidade de manejo – o equipamento consumirá mais combustível.