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Saiba como especificar a lâmpada mais adequada para cada ambiente

LED, fluorescente...na hora de escolher a lâmpada certa é preciso analisar a qualidade da iluminação, a eficiência e o consumo, bem como as características do ambiente

Publicado em: 08/01/2013Atualizado em: 18/06/2019

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Redação AECweb / e-Construmarket

As opções de lâmpadas disponíveis no mercado são variadas e, com o avanço da tecnologia, esse é um setor que está em constante expansão. Os produtos estão cada vez mais eficientes e com melhor qualidade.

Para não ficar perdido entre tantas possibilidades, é preciso conhecer os tipos de lâmpadas e a situação ideal para utilizar cada uma delas. “Hoje, o usuário pode escolher entre lâmpadas incandescentes, incandescentes halógenas, fluorescentes compactas e tubulares, de luz mista, a vapor de mercúrio, a vapor metálico, a vapor de sódio, lâmpadas LED e, ainda, outras de menor expressão”, explica Isac Roizenblatt, diretor técnico da Associação Brasileira da Indústria da Iluminação (Abilux).

EspecificaÇÃo

Segundo Roizenblatt, para especificar corretamente o tipo de lâmpada a ser utilizada, o profissional precisa conhecer, em especial, a aplicação e as características técnicas, econômicas, estéticas e ambientais do produto.

As incandescentes ainda são as mais procuradas, devido ao preço baixo e à boa qualidade da luz. Elas funcionam a partir de um filamento de tungstênio e gás inerte. A energia elétrica atravessa esse filamento, que libera calor e luz. São utilizadas, principalmente, em ambientes residenciais.

As incandescentes halógenas têm o mesmo princípio de funcionamento, entretanto, possuem elementos como iodo ou bromo dentro do bulbo, o que aumenta a eficiência luminosa. São ideais para luminárias, lojas, hotéis e museus, por permitirem a criação de efeitos de destaque e de valorização de objetos.

O principal problema das incandescentes é a baixa eficiência. Grande parte da energia que consomem é desperdiçada quando transformada em calor. Por isso, elas estão sendo gradativamente substituídas pelas fluorescentes, que funcionam a partir de uma reação química dentro do tubo da lâmpada. A corrente elétrica estimula os gases que transformam os raios ultravioleta em luz branca. Como geram pouco calor, desperdiçam menos energia. “As lâmpadas fluorescente são utilizadas em residências, áreas comerciais, hotéis e hospitais. Já as fluorescentes tubulares são próprias para iluminar escritórios, escolas, bancos e lojas”, diz Roizenblatt.

As lâmpadas de luz mista e de mercúrio são utilizadas, em geral, em locais grandes como oficinas, indústrias e vias públicas, porém, devido ao alto consumo energético estão em desuso. Já estão disponíveis no mercado produtos que alcançam o mesmo resultado e com um melhor desempenho, como as de sódio.

Para áreas esportivas, é recomendado o uso das metálicas de grande potência. Esse tipo de lâmpada também é utilizado em ambientes comerciais, como shoppings ou lojas, entretanto, neste caso, deve-se optar por aquelas com potência menor.

“As lâmpadas LED estão gradativamente penetrando todas as aplicações e seu maior uso hoje é na iluminação de fachadas, monumentos, destaques em lojas e vias públicas. Porém, seguirão avançando em todas as áreas por suas extraordinárias qualidades”, comenta Roizenblatt.

AplicaÇÃo

A instalação das lâmpadas deve, em especial, respeitar as normas, os regulamentos e as boas práticas para cada caso em particular. “Para que os produtos tenham um desempenho adequado na sua emissão luminosa, depreciação e vida útil é necessário respeitar as especificações publicadas pelo fabricante e que estão, normalmente, disponíveis em sites, catálogos e às vezes em bulas que seguem junto das embalagens”, alerta o diretor técnico.

Qualidade

Cada tipo de lâmpada possui sua norma específica, que é publicada pela ABNT. Caso não exista normatização para determinado modelo, é preciso seguir as normas da IEC - International Electrotechnical Commission - e os regulamentos que são publicados pelo Inmetro.

ManutenÇÃo

A manutenção depende do tipo de produto utilizado, bem como das condições locais. Se todo o sistema de iluminação for instalado corretamente e com material de qualidade, a frequência de manutenção é menor, sendo necessário somente trocar a lâmpada quando ela parar de funcionar.

É bom saber

Roizenblatt lembra que as lâmpadas que menos agridem o meio ambiente são aquelas mais eficientes, que consomem menos energia e que são constituídas de materiais sustentáveis. Outra atenção necessária é no momento do descarte: é recomendável sempre seguir as orientações do fabricante. As lâmpadas por si só não são a solução. É necessário que todo o sistema de iluminação (lâmpada, luminária e equipamento auxiliar) seja adequado, de boa qualidade e eficaz para que todas as vantagens sejam alcançadas e problemas futuros sejam evitados.

COLABOROU PARA ESTA MATÉRIA

Isac Roizenblatt – Engenheiro elétrico formado pela Escola de Engenharia Mauá, mestre em energia pela Universidade de São Paulo (USP) e especialista em iluminação pela Technological University of Eindhoven. Atualmente trabalha como consultor em iluminação e energia na Pro Light and Energy Consultants e exerce o cargo de diretor técnico da Associação Brasileira da Indústria da Iluminação (Abilux).