Sistemas eletrônicos automatizam trabalho de motoniveladoras
Tecnologia de monitoramento e controle dos serviços aumenta a produtividade e reduz o custo de operação dos equipamentos
Motoniveladora no trabalho em campo (Divulgação/ New Holland)
Essenciais em cortes de taludes, aterros e acabamentos em base e sub-base, as motoniveladoras hoje podem ser adaptadas com sistemas eletrônicos integrados na cabine para proporcionar velocidade e precisão aos trabalhos.
Por meio de um painel digital, o operador da máquina consegue monitorar e controlar em tempo real os dados de corte e aterro e mapas 3D na execução de serviços de laminação, cortes em declive, taludes e acabamentos. Assim, consegue obter melhores índices de produtividade, com redução do custo operacional e maior precisão no trabalho.
ELETRÔNICA INTEGRADA À TRANSMISSÃO
O monitoramento eletrônico permite que a lâmina execute automaticamente movimentos de subida, descida e inclinação. De acordo com Rodrigo Sampaio, consultor de produtos da Caterpillar, ao facilitar operações de nivelamento complexas, esses sistemas auxiliam os operadores novos a se tornarem produtivos em menos tempo, além de permitir aos mais experientes trabalharem com mais conforto e eficiência.
“As informações do projeto em tela reduzem a necessidade de estacas, linhas e a quantidade de pessoas no local de trabalho. Quanto menos topógrafos, estaqueadores e verificadores trabalharem ao redor dos equipamentos, menores as chances de acidentes”, salienta.
Para Gleidson Gonzaga, especialista de marketing de produto da Case Construction Equipment, a tecnologia embarcada reduz o prazo de execução das atividades e melhora a eficiência das motoniveladoras. “Antes da implantação desses sistemas, o rendimento desses equipamentos não era o mesmo. Hoje os ganhos são mais significativos. Com o emprego de equipamentos com transmissão automática, a atenção do operador pode se voltar à qualidade do serviço, sem preocupações com a troca de marchas da máquina”, exemplifica Gleidson.
De acordo com ele, as jornadas de trabalho se tornam menos cansativas. “A melhor marcha é engatada automaticamente, de acordo com a faixa de velocidade, tornando o esforço do motor compatível com a exigência do trabalho no terreno”, conta Gleidson.
DIFERENÇA NOS DESLOCAMENTOS
Rafael Barbosa, especialista de marketing do produto da New Holland Construction para a América Latina, compara o desempenho entre motoniveladora com tecnologia embarcada e as demais. “Os modelos tradicionais normalmente trabalham de 2 a 4 km/h, enquanto os que possuem os sistemas eletrônicos instalados realizam operações com deslocamentos de até 8 km/h”, diz Barbosa.
“Se utilizar sistema de orientação, o operador deve fazer a movimentação da lâmina conforme indicação em tela, semelhante ao uso de GPS em um automóvel. Caso opte pelo sistema automático, vai se preocupar com o direcionamento da máquina, pois os movimentos de angular, abaixar e subir a lâmina são controlados pelo sistema”, exemplifica Barbosa.
CONSUMO DE COMBUSTÍVEL
Rodrigo Sampaio, da Caterpillar, aponta que a tecnologia embarcada reflete na planilha de consumo de combustível nas motoniveladoras e pode aumentar a vida útil do equipamento e dos materiais de desgaste. “O número de passadas da máquina é o suficiente para que o trabalho seja bem feito, sem excessos desnecessários ou retrabalhos”, explica.
Para Rafael Barbosa, da New Holland, os responsáveis pelas motoniveladoras têm as informações necessárias para garantir que elas fiquem o mínimo de tempo paradas, além de gerenciar as manutenções preventivas. Gleidson, da Case, lembra que tecnologia é importante, mas não é tudo: “Uma máquina bem cuidada estará sempre disponível, mas a falta de manutenção fatalmente implicará em paradas e intervenções onerosas”, arremata.
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COLABORAÇÃO TÉCNICA
- Rodrigo Sampaio, consultor de produtos da Caterpillar
- Gleidson Gonzaga, especialista de marketing de produto da Case Construction Equipment
- Rafael Barbosa, especialista de marketing de produto da New Holland Construction para a América Latina