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Soluções em vernizes conservam fachadas contra pichações

Produtos impedem a impregnação das tintas em revestimentos e facilitam a remoção com uso de tíner ou lavadoras de alta pressão

Publicado em: 06/07/2016Atualizado em: 07/07/2016

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

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Limpeza de pichação com lavadora de alta pressão (Jacques Durocher/shutterstock.com)

Para conservar prédios, monumentos e outras edificações contra pichações, o mercado oferece soluções antipichação para fachadas. Tratam-se de vernizes que formam uma camada protetora sobre a superfície do revestimento, impedindo a impregnação de tintas no material e permitindo a remoção sem danificar a aparência da fachada.

Após a aplicação do verniz, a limpeza das pichações – realizadas geralmente com sprays aerossóis que aderem facilmente nas superfícies – pode ser repetida inúmeras vezes com o uso de solventes para tintas diluentes (tíner) ou lavadoras de alta pressão.

VERNIZES PREVENTIVOS

Os vernizes permitem que a fachada pichada possa ser limpa e, por isso, sua aplicação deve ser feita antes que as tintas atinjam a superfície sem tratamento. No geral, são indicados para áreas já pintadas, podendo ser aplicados também em concreto aparente, pedras decorativas, elementos naturais, entre outros.

Os métodos de aplicação e o desempenho dos vernizes sobre as fachadas variam conforme o fabricante do produto. Em alguns casos, pode ser necessário preparar a superfície com seladores ou primers que compatibilizam a química do verniz ao substrato.

OPÇÕES DO MERCADO

A solução da Denver, o Denverniz Antipichação, oferece resistência à alcalinidade do substrato. No entanto, o consumo da solução varia em função das características de absorção da superfície onde será usado. “Após aplicado, fornece total condição de limpeza em casos de pichações, sem necessidade de retocar ou reaplicar o verniz”, diz Flávio de Camargo, gerente técnico e de marketing da Denver Impermeabilizantes.

A proteção antipichação quartzolit da Weber, em algumas situações, requer o preparado prévio da base com outras soluções que permitem a imprimação para o selamento de superfícies. “Após a cura, forma uma película lisa altamente aderente e de elevada estabilidade química que impede a impregnação de tintas de pichação”, aponta Gisele Lucio Soares, chefe de produto da linha de impermeabilizantes da Weber.

Já o Bautech antipichação, fabricado pela própria Bautech, requer maior rigorosidade com o tempo de aplicação. O produto possui dois componentes, chamados de base A (catalisador) e base B (pré-dosado), que devem ser combinados antes do uso em tempo pré-determinado. “Após o profissional misturar corretamente, o verniz deve ser aplicado em até 50 minutos. Passado esse tempo, o produto não pode ser utilizado”, explica Ismael Schiavetti Labão, gestor comercial do varejo de São Paulo da Bautech. O produto tem durabilidade estimada de 15 anos e não permite a aderência de nenhuma tinta disponível no mercado.

O SW Ultra Proteção Antipichação, da Sherwin-Williams, também é fornecido com componentes A e B que devem ser misturados antes da aplicação. “Forma-se uma película que, ao contrário das superfícies porosas, não absorve a tinta spray e poderá ser limpa facilmente”, indica Marcel Picheli, gerente de serviços de produtos da América Latina das Tintas Sherwin-Williams.

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A aplicação dos vernizes preventivos deve preceder
a pichação (Jacques Durocher/shutterstock.com)

VANTAGENS E DESVANTAGENS

Além de proporcionar uma via que facilita a remoção das tintas, os vernizes antipichações também podem agregar resistência química contra intempéries, como a ação do enxofre, do C02 e dos raios UV — o que também impede o amarelecimento da superfície.

O custo estimado desses produtos, no Estado de São Paulo, varia de R$ 300,00 a R$ 400,00. Em locais onde as pichações costumam ser frequentes, o uso do verniz pode representar aumento de lucratividade, pois reduz a necessidade de pintura e repintura das fachadas.

Por proporcionar acabamento de aspecto brilhante à superfície, os vernizes podem descaracterizar a aparência de determinados revestimentos.

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Colaboração técnica

Flávio De Camargo – Gerente técnico e de marketing da Denver.
Gisele Lucio Soares – Chefe de produto da linha de impermeabilizantes da Weber.
 
Ismael Schiavetti Labão – Gestor Comercial do Varejo de São Paulo da Bautech.
 
Marcel Picheli – Gerente de serviços de produtos da América Latina das Tintas Sherwin-Williams.