menu-iconPortal AECweb

Subcobertura para telhados: conforto térmico em qualquer estação

Excelentes isolantes térmicos, elas mantêm o calor no ambiente durante o inverno e inibem a entrada dele no verão

Publicado em: 21/09/2015Atualizado em: 03/03/2021

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

mantas-de-aluminio-em-subcobertura-de-telhado

Faça chuva ou faça sol, as subcoberturas para telhados – também conhecidas como mantas térmicas ou mantas isolantes – proporcionam conforto térmico a ambientes residenciais e comerciais. Algumas contam, ainda, com outra propriedade – o isolamento acústico. “Além disso, podem impermeabilizar o telhado, evitando vazamentos”, afirma Wendel Lima da Silva Andrade, técnico da área de desenvolvimento de produtos da Isover.

Tratam-se de mantas instaladas por baixo das telhas ou sob a cobertura servindo como barreira na transmissão do calor e protegendo o forro, a laje, o madeiramento e, principalmente, os ambientes internos de possíveis goteiras. “As subcoberturas trazem um ganho para as construções, pois servem como barreira de água impedindo que haja infiltração, goteiras e mofo caso as telhas se quebrem ou se desloquem. Além de evitar que a madeira utilizada na estrutura sofra apodrecimento causado pelo acúmulo indevido de água”, afirma a arquiteta Marina Florezi, coordenadora de projetos da ACS Incorporadora, que atua na região de Campinas.

VERÃO X INVERNO

As subcoberturas minimizam as trocas térmicas entre os ambientes externo e interno, proporcionando, assim, um ambiente confortável no verão e no inverno – as duas estações mais rigorosas do ano. “No verão, a subcobertura reduz a radiação térmica (calor) de fora para dentro, proporcionando um clima mais agradável às edificações. E, no inverno, a subcobertura reduz as perdas de calor produzidas no ambiente, fazendo, desta forma, a construção esfriar mais devagar”, explica a arquiteta.

VANTAGENS

No caso das subcoberturas metálicas há também a proteção contra ruídos. Mas outras vantagens podem ser acrescentadas à lista. São elas: facilidade na instalação, economia com ar-condicionado e, consequentemente, menor consumo de energia – o que, em tempos de crise pluvial e elétrica, vale muito. “Em residências que possuem climatização a economia pode chegar a 30% em relação a um telhado tradicional”, afirma Rodrigo Ratão, gerente técnico e de marketing da Isover.

No verão, a subcobertura reduz a radiação térmica (calor) de fora para dentro, proporcionando um clima mais agradável no interior da edificação. E, no inverno, a subcobertura reduz as perdas de calor produzidas no ambiente, fazendo, desta forma, a construção esfriar mais devagar
Marina Florezi

Por ser de fácil instalação, uma grande vantagem é ela poder ser aplicada com a construção pronta. “No entanto, para melhor desempenho, é aconselhável a retirada das telhas e a instalação correta da manta entre os caibros, contra caibros e as ripas, fixadas com grampos, pregos ou parafusos. Neste caso, a abertura dos rolos deve começar de baixo para cima”, orienta a arquiteta Marina Florezi.

Em telhados prontos em que não é desejável a retirada das telhas, é necessário verificar com o fornecedor do produto como é seu desempenho, pois a subcobertura deverá ser aplicada por baixo das telhas e fixada na própria estrutura com pregos. Neste caso, a abertura dos rolos deve começar de cima para baixo.

Baixe agora o e-Book que apresenta “8 passos para aumentar a eficiência das equipes e reduzir perdas nas obras”.

TIPOS

Existem diversos tipos de subcoberturas no mercado, sendo diferenciadas pela necessidade de aplicação – residencial ou comercial – e tipo de proteção desejada. Em geral, são formadas por folhas de alumínio presas a uma trama de fibra de vidro de polipropileno, filmes plásticos metalizados, espumas plásticas de poliestireno, de polietileno ou de polipropileno com uma, duas ou nenhuma face metalizada, em alumínio. Abaixo seguem alguns exemplos de indicações de aplicação.

Uma face de alumínio - As mantas com uma face de alumínio são mais usadas para evitar goteiras e infiltrações e atendem às exigências mínimas como isolante térmico.

Duas faces de alumínio - As mantas com duas faces em alumínio, além de evitarem goteiras e infiltrações, têm alto desempenho para o conforto térmico.

Duas faces de alumínio + Fibra de vidro - As mantas com duas faces em alumínio e com fibra de vidro em sua composição têm, além da maior eficiência na isolação térmica, maior durabilidade.

Duas faces de alumínio + Fibra de vidro + Plástico Bolha - As mantas com duas faces em alumínio, com fibra de vidro e uma camada de plástico bolha em sua composição proporcionam excelente isolamento acústico.

COMO ESCOLHER

Um ponto muito importante a ser observado no momento da escolha das subcoberturas é o desempenho do produto em situações de incêndio. Atualmente, em alguns Estados, os produtos precisam atender a legislações ou instruções do Corpo de Bombeiros.

Particularmente em São Paulo, existe a Instrução Técnica IT 10, que estabelece as condições a serem atendidas pelos materiais de acabamento e de revestimento empregados nas edificações, para que, na ocorrência de incêndio, restrinjam a propagação de fogo e o desenvolvimento de fumaça. Os produtos são testados e classificados conforme seu desempenho ao fogo, sendo uma classificação de Classe I a Classe VI. Para ser classificado como subcobertura necessita ser Classe I ou Classe IIA, no mínimo.

Colaboraram para esta matéria

 
Marina Florezi – Formada em Arquitetura e Urbanismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Fez matérias complementares durante um ano em Milão no Politécnico di Milano e tem Pós-Graduação em Gerenciamento de Empreendimentos da Construção Civil pela Universidade Mackenzie. Atua como Coordenadora de Projetos na ACS Incorporadora.
 
Wendel Lima da Silva Andrade – Graduado em Engenharia Civil, atua na área técnica da Saint-Gobain Isover, líder mundial no segmento de mantas térmicas e acústicas, como Desenvolvedor de Produtos, tendo mais de sete anos de experiência.
Rodrigo Ratão – Formado em Engenharia Mecânica e com MBA em Engenharia da Qualidade, é gerente técnico e de marketing da Sant-Gobain Isover, líder mundial no segmento de mantas térmicas e acústicas. Também é Coordenador da comissão técnica da ABNT, responsável por revisões e criação de normas relativas ao setor de construção civil. .