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Telhas metálicas ganham mercado

Empresas do segmento investem no aumento da produção para atender a demanda e ampliar a participação

Publicado em: 16/11/2009

Texto: Redação AECweb



Redação AECweb

Telhas metálicas ganham mercado

O setor fabricante de telhas metálicas prevê crescimento também para 2009. “Os índices de crescimento acompanham a distribuição geográfica do Brasil e a estimativa para este ano é de 30% a 50%. Antes da crise financeira mundial, a perspectiva era de crescimento sustentável de 20% em 2009. Se o prognóstico da maioria dos economistas divulgado na mídia se cumprir, poderemos ter um crescimento no ano que vem acima de 10% sobre 2008”, afirma Yavor Luketic, vice-presidente da Abcem – Associação Brasileira da Construção Metálica, dizendo que existem mais de 300 fabricantes de telhas metálicas de diferentes portes no país.

As telhas metálicas são comercializadas no varejo e para construtoras nos segmentos comercial e industrial. O segmento também exporta para alguns países que fazem fronteira com o Brasil. “Ainda não existem informações disponíveis sobre os preços do aço no Brasil para o ano de 2009, porém, as coberturas metálicas e outras soluções em aço para construção civil vêm ganhando mais espaço no mercado devido à rapidez de execução, com a redução de tempo e custos de obra”, observa Luketic.

Empresas do segmento investem no aumento da produção para atender a demanda e ampliar a participação no mercado. “Fecharemos este ano com 2,4 mil ton/mês de telhas de aço. Para 2009, a previsão é de que cheguemos a 3,6 mil ton/mês. Estamos operando com 48% de nossa capacidade produtiva, que é de 5 mil ton/mês e, também, ampliamos a nossa planta”, diz Rosângela Gravia, superintendente da Gravia – Telhas de Aço que atende clientes em todo o Brasil, atuando mais fortemente no Centro Oeste do país. “Nosso principal mercado é o de construtoras, responsável por 60% de nosso faturamento. O restante da receita é representado pelo varejo e consumidores industriais”, conta Gravia, dizendo que também atende o comércio e a indústria.

Tecnologia
Existem diferentes tipologias de telhas metálicas simples para coberturas e fachadas. “Cada uma delas, com diferentes características técnicas e estéticas, adaptando-se às condições climáticas do projeto. Existem telhas do tipo painel termoacústico, com diversos sistemas isolantes: poliuretano expandido, EPS e lã mineral”, diz Luketic. As aplicações do produto dependem dos projetos arquitetônico e estrutural, orçamento, além de outros fatores que cabem ao arquiteto e cliente decidirem.

“A tecnologia dos produtos atuais é semelhante à dos países desenvolvidos, mas há espaço para evoluir em diferentes soluções técnicas, além de novos produtos que podem ser inseridos no mercado quando houver um volume que justifique o ‘payback’ dos investimentos. A maioria dos projetistas especifica os acessórios para acabamento especialmente quando recebem o assessoramento de uma empresa específica, com um departamento técnico adequado”, observa Luketic.

“Normalmente, recebemos a especificação completa que inclui os acessórios, mas a empresa também oferece ao cliente suporte técnico que facilita o detalhamento final dos materiais”, diz Rosângela Gravia, acrescentando que a empresa oferece telha formada em perfiladeira a frio, com os aços: zincado ou galvanizado; galvalume; alumínio; e galvalume pré-pintado.

As telhas termoacústicas são caracterizadas pelo revestimento de telhas metálicas convencionais, com duas telhas constituindo um ‘sanduíche’ ou, simplesmente, uma única telha metálica com revestimento inferior. “Nossas telhas termoacústicas utilizam como matérias-primas o poliureturano e o poliestireno”, diz José Cabana Filho, diretor da Ananda Produtos em Aço Galvanizado.

José explica que o poliuretano possui um baixo coeficiente de condutividade térmica, por isso, oferece resistência nas trocas constantes de calor externo e interno nas edificações, possibilitando uma redução na utilização de equipamentos para refrigeração, redução em problemas de acidentes por fadiga e melhoria no ambiente de trabalho. Já o polietireno proporciona sensível redução dos ruídos externos, e tem em sua composição um retardante a ação de chamas e não absorve água.

Para Luketic, o isolamento termoacústico deve ser considerado como um investimento que propicia melhor qualidade de vida e redução de consumo de energia para as pessoas que trabalham ou habitam nesses ambientes. “Na Europa é praticamente inexistente a construção de novos complexos industriais, comerciais ou residenciais sem isolamento termoacústico. O Brasil, certamente, seguirá esse caminho no desenvolvimento do uso do aço na construção civil”, conclui Yavor Luketic.

Redação AECweb