Conheça o que existe em pinturas, texturas e tintas imobiliárias
O rol de produtos é imenso, e a nomenclatura pode muitas vezes confundir o consumidor. Tire suas dúvidas e saiba comprar o melhor produto para o seu projeto
(Foto: July P/Adobe Stock)
Na hora de escolher o produto ideal para o acabamento de paredes, portas e piso dos imóveis, muitas dúvidas podem surgir. Afinal, o mercado oferece uma ampla gama de produtos específicos para áreas externas, internas e ambientes molhados, além de outros mais técnicos. Há, também, os itens muitas vezes necessários para o sucesso do serviço, como thinner e pigmentos.
Conheça, a seguir, a definição de cada um deles e suas aplicações.
Corantes – Para quem deseja cores exclusivas e tem alguma noção do resultado de misturas de cores, essa é uma solução interessante e econômica. À base de água, os corantes são encontrados no mercado em diversas tonalidades, bastando acrescentar à tinta branca PVA ou acrílica, até chegar à cor desejada. Lembrar que, depois que a pintura seca, a cor fica mais clara. É importante anotar a proporção utilizada, caso tenha que repintar a parede no futuro.
Esmaltes – Apesar de serem materiais tão diferentes, a madeira das portas e o aço de corrimãos devem ser pintados com tinta esmalte. Mas são contraindicados para alvenaria ou gesso. O produto ideal para áreas internas é aquele à base de água, pois seca mais rápido e tem menos odor, enquanto o esmalte sintético é recomendado para a proteção de elementos externos. Os acabamentos vão do acetinado ao fosco, passando pelo brilhante e metalizado.
Pigmentos – As cores das tintas resultam dos pigmentos que compõem a formulação e têm, também, a função de agregar às tintas maior poder de cobertura. Escolher uma tonalidade nos catálogos dos fabricantes é sempre tarefa desafiadora, afinal, cada uma é composta por diversos corantes. Os pigmentos básicos são o dióxido de titânio, responsável pela tinta branca; o óxido de ferro, que responde pelas tonalidades amarelas e vermelhas; e o prússia, que cria os tons de azul, entre outros.
Pintura eletrostática – Trata-se do método de pintura de metais (alumínio e aço), aplicado normalmente em ambiente industrial. A pintura eletrostática protege esses materiais da corrosão e está presente em esquadrias de alumínio, por exemplo. Em pó ou líquida, a tinta é borrifada sobre o metal que deve estar aterrado. Como os polímeros estão carregados com carga elétrica, ocorre a atração eletrostática. O processo é finalizado em estufa, onde a tinta a pó se funde com o metal e, no caso da líquida, vai polimerizar ou secar, conforme sua fórmula.
Verniz a base de poliuretano – Sua principal propriedade é assegurar elevada resistência à abrasão e danos ao substrato, o que faz dele uma ótima opção para o piso de grandes halls e para a madeira. É encontrado nas formulações à base de água e de solvente, sendo que o primeiro tem secagem mais rápida e menos odor. Os acabamentos são fosco, acetinado e brilhante.
Texturas – Ao optar por texturas, seja para fachadas ou paredes internas, a orientação é buscar por produtos hidrorrepelentes, antimofo e de elevada resistência. A massa acrílica, muito parecida com a tradicional massa corrida, imprime às paredes padrões que dependem da técnica e ferramentas de aplicação. Pode ser desde o espatulado ao efeito ranhura, do chapiscado ao marmorizado ou esponja. O grafiato é a textura que utiliza minerais de alta gramatura, criando aspecto riscado. Todos os produtos são encontrados em cores variadas.
Solventes (thinners / aguarrás) – Há uma diferença importante entre os solventes thinners e aguarrás. Quando o assunto é pintura, os thinners – sim, no plural porque são fórmulas específicas para cada tipo de uso – são empregados para remover e, também, limpar restos de tintas e esmaltes. Mas, jamais para diluição desses produtos. Para esse fim, o produto recomendado é a aguarrás, que também retira manchas de piche, limpa ferramentas e metais cromados, entre outros usos.
Tintas – A diferença entre a látex PVA e a acrílica, ambas solúveis em água, é o desempenho diante das intempéries: a PVA é ótima para ambientes internos, enquanto a acrílica recebe resinas que garantem sua impermeabilidade, o que a torna ideal para áreas molhadas e externas. A tinta epóxi, com base água ou solvente, resiste à umidade e abrasão, portanto, ótima para áreas molhadas, desde box até piscinas. Os esmaltes se destinam à pintura de madeira e aço. As super laváveis repelem a água e podem ser utilizadas em área externa ou interna – escolha interessante para o quarto de crianças.
Tintas anticorrosivas – Epóxi e PU, como alguns esmaltes e vernizes, são tintas que protegem os elementos metálicos da corrosão, isolando a superfície do ambiente externo.
Tintas luminosas – De uso decorativo e em sinalização de segurança, essas tintas brilham no escuro ou sob a incidência de luz ultravioleta. À base de resinas acrílicas, secam rápido, têm ótima cobertura e durabilidade.
Vernizes – Foscos, acetinados ou brilhantes, os vernizes formam um filme, protegendo da umidade elementos em madeira ou concreto, entre outros. Evitam a contaminação por cupins e mofo. Podem ser usados em áreas internas ou externas.
Zarcão – Também conhecido como mínio, é um composto químico anticorrosivo e antioxidante para metais e ferro, como o de portões e esquadrias. Em peças que apresentam ferrugem, é fundamental lixar até eliminar o dano, antes da aplicação. A diluição do zarcão é feita com aguarrás de acordo com a orientação do fabricante.
Tintas epóxi – Têm alta durabilidade e fácil aplicação, mas cheiro forte durante o uso e secagem prolongada. São amplamente utilizadas para cobrir azulejos e recomendadas para piso, vidro, metais, entre outros elementos. É produto à base de água.
Cal para pintura – Solução econômica e sustentável, afinal a cal é natural, tem elevado rendimento e pode durar anos, ou receber retoques, se aplicada e feita a manutenção de forma correta. Vantagem adicional é que a cal não é um filme, portanto, permite a transpiração da parede. A caiação de muros, fachadas e paredes internas pode ser colorida com a diluição de pigmentos. Deve ser aplicada sobre superfície porosa, idealmente o reboco.
Primer – Paredes caiadas são uma das situações que exigem o primer antes da pintura. Como a função desse selador é proteger a parede e fechar os poros da superfície, seu uso se estende a pinturas descascadas, reboco fraco e concreto novo, entre outros. Quando aplicado a uma parede nova, evita que a tinta seja excessivamente absorvida pela superfície, economizando material. Existem, ainda, os primers para madeira que preparam o elemento para receber o verniz ou a tinta.
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Tintas antiflama – Desenvolvidas para retardar o fogo, essas tintas são aplicáveis em alvenaria, madeira e metais. É usual sua aplicação em portas corta-fogo, mas também em lareiras e churrasqueiras.
Tintas minerais em pó – Na verdade, essas tintas são líquidas e vêm prontas para uso. Não descascam, pois se fundem com a superfície. Não têm cheiro e não criam bolhas nem mofam. Fabricadas à base de silicato (minerais), são livres de VOCs (compostos orgânicos voláteis) e, por isso, consideradas ambientalmente amigáveis.
Tintas para telhas – De cerâmica, fibrocimento, metálica ou plástica, todas essas telhas recebem bem as tintas especiais disponíveis no mercado. Protege contra umidade, infiltração e fungos, e prolonga a vida útil das telhas. São dois tipos: as tintas térmicas que contribuem para o isolamento térmico da edificação; e as emborrachadas, que reduzem o calor e o ruído. Em diversas cores, compõem a estética do imóvel.
Tintas com efeitos decorativos – Fabricantes desenvolveram tintas que dão às paredes efeitos decorativos que vão do mármore e cimento queimado à lousa, onde é possível desenhar ou escrever. Disponíveis em amplo leque de tons.