menu-iconPortal AECweb

Variação climática exige cuidados especiais com equipamentos

Aridez, clima seco e calor podem ter grande influência no sistema de arrefecimento do motor

Publicado em: 26/03/2015Atualizado em: 07/04/2015

Texto: Redação PE



Os seres vivos não são os únicos a sentirem os efeitos das irregularidades climáticas. As variações afetam também o “organismo” das frotas e exigem mais preparo de alguns componentes e cuidado redobrado com a manutenção, especialmente em regiões brasileiras submetidas ao sol forte, dilúvios ou geada.


Locais mais quentes e úmidos, por exemplo, o desempenho dos equipamentos é comprometido. Nesse caso, as máquinas devem possuir um sistema de arrefecimento preparado para operar nessas condições. “A interferência climática ocorre em especial sobre o conjunto de arrefecimento, fluidos da máquina, além do sistema de partida do equipamento”, afirma Hugo Magno, consultor de desenvolvimento de mercado da Sotreq. “Já em cidades mais frias, a dificuldade maior é na cabine. Normalmente, são problemas relacionados a visibilidade do operador”, diz.


Por outro lado, Nei Hamilton, diretor comercial da JCB, diz que as máquinas mais modernas são preparadas para qualquer variação climática, embora algumas regiões exijam atenção.


“No passado, o impacto do clima comprometia o funcionamento dos equipamentos. Hoje, com os avanços tecnológicos, a interferência climática é quase nula. Em algumas regiões a durabilidade das máquinas é afetada em função da salinidade do ambiente, como no litoral, principalmente se os cuidados de manutenções não forem observados, explica Nei Hamilton”.


Sistema de arrefecimento deve ser bem projetado


Em geral, o sistema de arrefecimento da máquina não reage muito bem com as variações do clima. Para prevenir qualquer avaria sob essas condições, os equipamentos precisam de uma manutenção apurada (conforme as especificações do fabricante) no radiador, filtros e fluidos da máquina. Limpeza periódica também é uma prática recomendável nessa situação.


“Aridez, clima seco e calor possuem maior influência no sistema de arrefecimento do motor e do sistema hidráulico. Já a umidade e excesso de chuva podem ocasionar oxidação dos conectores e módulos eletrônicos”, diz Nei Hamilton, da JCB.


Operações peculiares, como aterros sanitários e ambientes com muitas partículas em suspensão, também requerem atenção especial. “É essencial ter um sistema de arrefecimento bem projetado. Desde radiadores com capacidade de troca de calor, espaço para circulação de ar, até compartimentos que permitam fácil acesso e limpeza, além de fluidos apropriados para operação em climas quentes”, diz Magno, da Sotreq.


Especialistas recomendam


Tanto a JCB quanto a Sotreq alertam que o consumidor precisa estar atento para os períodos de manutenção e usar sempre as peças de reposição recomendadas pelo manual de operação e manutenção do fabricante.


Outro ponto importante é que, dependendo da operação, o nível de severidade não é apenas climático, mas também de contaminação e de partículas suspensas. É fundamental ter uma limpeza periódica e apropriada da máquina, além de fazer revisão periódica dos equipamentos em rede autorizada.



Colaboraram para esta matéria



Hugo Magno – consultor de desenvolvimento de mercado da Sotreq
 
Nei Hamilton – diretor comercial da JCB.